Inspire, Expire e Não Pire: Ginástica Laboral como promotora de Saúde do SUS

Ginástica Laboral como promotora de Saúde do SUS
Ginástica Laboral como promotora de Saúde do SUS

Fisioterapia

17/04/2014

INTRODUÇÃO

O trabalho, ao longo dos séculos, e as atividades laborais propostas aos homens e mulheres como condição de vida, passou por várias transformações na organização. É pelo trabalho que os homens e mulheres realizam-se, transformam-se, aperfeiçoando constantemente suas formas de agir. É a partir desta transformação que o ser humano desenvolve um processo de aprendizagem dos seus limites e de suas potencialidades.


Desde a Revolução Industrial, a sociedade vive em um mundo de tecnologia e equipamentos avançados, exigindo do trabalhador uma forma de produção automatizada e repetitiva. As competências humanas não se orientam como a âncora do emprego, porém, exige-se do trabalhador a capacidade de adaptação extrema àquilo que o mercado de trabalho oferece-lhe como alternativa de sobrevivência, submetendo-o à execução de qualquer atividade que lhe garanta o cumprimento mínimo necessário à sua sobrevivência (MAZZARINO, 2011).


O problema do capitalismo é que, aqui como em qualquer parte, ele destrói as possibilidades humanas por ele criadas. Estimula, ou melhor, força o autodesenvolvimento de todos, mas as pessoas só podem desenvolver-se de maneira restrita e distorcida. As disponibilidades, impulsos e talentos que o mercado pode aproveitar são pressionados (quase sempre prematuramente) na direção do desenvolvimento e sugados até a exaustão; tudo o mais, em nós, tudo o mais que não é atraente para o mercado é reprimido de maneira drástica, ou se deteriora por falta de uso, ou nunca tem uma chance real de se manifestar (BERMAN, 2007).


O taylorismo surge no campo da organização do trabalho, como o Método denominado de Organização Científica do Trabalho, objetivando a racionalização do processo produtivo na tentativa de disciplinar pessoas como se elas fossem máquinas destituídas de vontade e reflexão, delegando a padrões, normas a função de operar o processo de produção (CAMPOS, 1998).


Segundo Spilkf et al (2009), todo o trabalho na contemporaneidade é marcado por uma revolução técnico industrial, logo, o aumento da produtividade, a redução dos custos e a introdução de novas tecnologias, impõem aos trabalhadores alterações significativas na sua forma de trabalhar.


Uma das principais características do corpo humano é ser dinâmico, adotando as mais diversas posições para os diversos fins, estando ele em posição estática ou dinâmica. Contudo, a busca do conforto e funcionabilidade induzem a constantes variações na postura, para a realização das atividades, estando o indivíduo em posição sentada ou ereta (SILVA; BASTOS, 2009)

Durante toda a fase produtiva, o corpo sofre alterações decorrentes dos esforços os quais é submetido, portanto, o ritmo excessivo de trabalho, a postura inadequada, os movimentos repetitivos, os esforços e situações de trabalho causadores de estresse e fadiga, assim como as condições físicas inadequadas dos postos de trabalho causam tensões no corpo. As tensões ainda podem ocasionar falta de atenção laboral e acidentes de trabalho (SANTOS et al, 2007).


Essas alterações impuseram novos modos de adoecimento dos trabalhadores e/ou novos modos de manifestação de patologias associadas ao trabalho como a Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).


O termo LER foi adotado no Brasil e está sendo, aos poucos, substituído por DORT. A terminologia DORT é considerada a mais adequada, pois em sua denominação não aponta causas definidas, englobando vários outros estados dolorosos (fadiga, parestesia, sensação de peso e dor), sem a necessária presença da lesão tecidual.


LER/DORT é descrita pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) como uma síndrome clínica, caracterizada por dor crônica, com ou sem degeneração de tecidos, que se manifestam principalmente no pescoço, região escapular e/ou membros superiores em decorrência do trabalho e sendo frequentemente causa de incapacidade laboral temporária ou permanente. Assim, são espécies de LER/DORT, as neuropatias compressivas, como a "síndrome do desfiladeiro torácico" e a "síndrome do túnel do carpo", as tendinites, epicondilites e tenossinovites, as fibromialgias e assemelhadas (BRASIL, 2003).


É pertinente enfatizar que elas respondem por 80 a 90% dos casos de doenças profissionais registrados nos últimos anos pela Previdência Social. Visando aprofundar o impacto das doenças ocupacionais, as estatísticas afirmam que o número de casos registrados no sistema de informação de agravos e notificação (SINAN), no período de 2007 a 2011, foi de 42 casos somente no município de Sobral. Observa-se que 20 casos, destes notificados, evoluíram para a incapacidade temporária destes trabalhadores (BRASIL, 2012a).


Consequentemente surgem, no indivíduo, com todos os sintomas relacionados ao adoecimento, a tensão emocional e o sofrimento psíquico devido, principalmente, à sua incapacidade para exercer suas atividades diárias em casa e no trabalho, representando perdas financeiras para o trabalhador, para a empresa e para o governo (BRASIL, 2012b).


Cabe ressaltar que acidentes e doenças relacionados ao trabalho são agravos previsíveis e, portanto, evitáveis. Parece-nos que, no processo de consolidar-se enquanto campo no Brasil, a saúde do trabalhador ganha um lugar: o Sistema Único de Saúde (SUS). Fica então assegurado no campo de atuação do SUS, um conjunto de ações de vigilância e assistência, visando à promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos a riscos e agravos advindos dos processos de trabalho (BRASIL, 1990).


É importante salientar que, atualmente, as ações em Saúde do Trabalhador, no âmbito do SUS, têm se desenvolvido de forma isolada e fragmentada das demais ações de saúde. O sub-registro das informações sobre a real situação de saúde dos trabalhadores, a falta de planejamento e implementação de ações práticas e a escassez e inconsistência de instrumentos importantes para a melhoria da vida e trabalho, dificultam a definição de prioridades na construção de políticas públicas efetivas.

O atual sistema de segurança e saúde do trabalhador carece de mecanismos que incentivem medidas de promoção, responsabilizem os empregadores, propiciem o efetivo reconhecimento dos direitos do segurado, diminuam a existência de conflitos institucionais, tarifem de maneira mais adequada as empresas e possibilite um melhor gerenciamento dos fatores de riscos ocupacionais (BRASIL, 2004).


No sentido de garantir o acesso a uma atenção qualificada, com a finalidade da promoção da melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros, o Ministério da Saúde institui, em 2012, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) e exige que sua atuação seja executada de forma multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial.
Abordar as questões de Saúde do Trabalhador nesta perspectiva inovadora significa ampliar o olhar para além do processo laboral, considerando os reflexos do trabalho e das condições de vida dos indivíduos e das famílias, envolvendo uma abordagem integral do sujeito, a responsabilização, o acolhimento e a integralidade (O`NEILL, 2003).


Segundo a política (Brasil, 2012b), a categoria trabalho deve ser incorporada como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da comunidade, uma vez que mudanças identificadas nas situações e nas atividades de trabalho realizadas expressam, entre outros, o crescente aumento da prevalência de doenças relacionadas ao trabalho, acarretando a diminuição da qualidade de vida do trabalhador.


A qualidade de vida resulta do tratamento humano, da gentileza, da leveza nas relações, da possibilidade de expressão de pontos de vista divergentes, do relacionamento sincero, do respeito aos ausentes e do orgulho pelo que se faz. Atenção, elogio e consideração constituem ingredientes indispensáveis quando se busca lealdade, qualidade e produtividade (SUCESSO, 2002).


Assim, com a implantação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) houve um crescente avanço à saúde dos trabalhadores, por qualificar as práticas de saúde. Esta rede é composta pelos polos matriciadores espalhados por todo o território nacional e tem viabilizado disseminação das ações em saúde do trabalhador em toda rede de serviços do SUS.


A PNSTT traz que a Atenção Primária à Saúde (APS), e mais especificamente a Estratégia Saúde da Família (ESF), deve o espaço de acesso à atenção qualificada para estabelecer o nexo causal entre o quadro de morbimortalidade verificado no âmbito dos processos de trabalho de um determinado território. A APS balizada pela integralidade, territorialidade e continuidade com cuidado é o espaço de possíveis ações sobre os determinantes dos agravos decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos.


Sobral, cidade situada na região norte do estado do Ceará, tida como referência na Atenção Primária á Saúde, tem sua Rede de Atenção à Saúde do trabalhador composta por um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e pelas unidades sentinelas (Centro de Reabilitação, Santa Casa, Policlínica, Centro de Atenção Psicossocial, Centro de Especialidades Médicas, dentre outros). Estes espaços de referência identificam, investigam e notificam casos de doenças, agravos e/ou acidentes relacionados ao trabalho.


Na APS de Sobral, o cuidado aos trabalhadores é realizado impreterivelmente na proposta de educação permanente, entretanto, as ações promocionais ainda são muito pontuais, insuficientes, diga-se, escassas.
O foco da promoção da saúde está na qualidade de vida, indo para além da prevenção de enfermidades. Desse modo, surge em 2012, um programa de melhoria da qualidade de vida no trabalho, um grupo de ginástica laboral, com enfoque ampliado de saúde, praticado no Centro de Saúde da Família (CSF) de forma voluntária e coletiva pelos funcionários na hora do expediente no território do Sinhá Sabóia em Sobral.


O grupo surgiu da observação da rotina do CSF, na tentativa de assegurar o cuidado e efetivar práticas de saúde aos trabalhadores, bem como da criticidade ao termo ginástica, com enfoque puramente corriqueiro, tedioso e reprodutivo.


Foram utilizadas várias estratégias de aula, como: alongamento, relaxamento, soltura, massagem, brincadeiras, dinâmicas de grupo, utilizando por algumas vezes materiais como, bastões, colchonetes e bolas, bem como uma série de exercícios básicos, e outros mais específicos, de acordo com a função desenvolvida, com a intenção de reduzir dores, fortalecer a musculatura e reeducar posturas. Para tanto, foi bem planejado o cuidado com o momento, já que consistia numa pausa ativa no trabalho, servindo para quebrar o ritmo da tarefa que o trabalhador desempenhava, funcionando como uma ruptura da monotonia. Vale ressaltar que essa atividade era realizada dentro da jornada de trabalho, com sessões de 10 ou 15 minutos e a adesão era voluntária.


A inserção do pesquisador neste grupo foi desde sua criação, como cuidador, que além de pensar na sua organicidade, procurava acrescentar ao momento reflexões sobre relações interpessoais e aspectos motivacionais no ambiente de trabalho.


Diante deste cenário de indicadores, rede de cuidados, motivações pessoais, este trabalho torna-se relevante pela iniciativa de proporcionar ferramentas indispensáveis e diferenciadas, ampliando o escopo de ações de Saúde do Trabalhador, a partir de algumas problematizações: De quem é a responsabilidade da APS no cuidado da saúde do trabalhador? Quem os profissionais da APS reconhecem como cuidadores?


2. OBJETIVOS

Geral: analisar o potencial dos grupos de ginástica laboral na promoção da saúde dos trabalhadores da APS de Sobral

Específicos:
• Fazer levantamento dos grupos de ginástica laboral existente na APS;
• Descrever a organicidade destes grupos;
• Compreender a percepção dos trabalhadores quanto às potencialidades e desafios dos grupos laborais na promoção da saúde dos trabalhadores;
3. METODOLOGIA

3.1 Tipologia do Estudo


Este trabalho, no intento de responder as problematizações surgidas e os objetivos formulados, caracteriza-se por ser uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa.


Gil (1994) esclarece que os estudos exploratórios buscam proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses e os descritivos tem por objetivo principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou estabelecimento entre determinadas variáveis.


Na pesquisa qualitativa não existe preocupação em generalizar os resultados, proporciona ao pesquisador reduzir a distância entre a teoria e os dados, pois trará a compreensão dos acontecimentos pela sua descrição e interpretação.


Reforçando o pensamento de Minayo (2004), “a abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável em equações, médias e estatísticas”.


3.2. Cenário de Estudo

Realizou-se em dois Centros de Saúde da Família (CSF), Sinhá Saboia e Terrenos Novos, no quais aconteciam os grupos de Ginástica Laboral, ambos no município de Sobral no Estado do Ceará.


3.3.Sujeitos da pesquisa

A amostra inicial foi composta por 24 participantes, no entanto, 5 no momento da convocação não aceitaram participar, sendo assim a amostra relevante foi composta por 18 participantes, dentre eles, 12 do CSF do Sinhá Sabóia, pela larga disponibilidade de participantes e somente 6 do CSF dos Terrenos Novos, pela limitação de amostra.


Todos os participantes dos grupos eram funcionários dos CSF formados por trabalhadores de diversas categorias: 5 Agentes Comunitários de Saúde, 1 enfermeiro, 3 auxiliares de serviços gerais, 3 auxiliares de enfermagem, 3 auxiliares administrativos, 3 auxiliares de farmácia.


Foram incluídos os trabalhadores dos dois CSF, participantes dos grupos de ginástica laboral, de ambos os sexos, assíduos a mais de três meses que concordassem em participar da pesquisa. Vale ressaltar que se utilizou como critério de seleção a diversidade, sendo escolhidos profissionais que contemplem as diversas categorias e a saturação das informações para fechamento do tamanho final da amostra de informante (FONTANELLA; RICAS; TURATO, 2008).


3.4 Métodos e Procedimentos para Construção dos Dados

Nesta pesquisa, os dados foram construídos a partir de entrevistas semidirigidas. Por meio desta técnica, coletaram-se dados combinando perguntas fechadas que possibilitam um direcionamento ao que se quer apreender e perguntas abertas que criam espaço do entrevistado ficar livre para discorrer sobre o tema proposto. Os tópicos foram utilizados para iniciar e fomentar o processo dialógico.


A coleta de dados foi realizada em fevereiro de 2014, de segunda a sexta, no horário de expediente. O roteiro da discussão foi composto por um conjunto de tópicos para entrevista com os profissionais participantes (APÊNDICE A), versando sobre: 1.Motivos para participação do grupo,2. Surgimento e funcionamento do grupo. 3. Potencialidades e desafios dos grupos laborais, 4. Condições de trabalho, 5. Mudanças sentidas, 6. Responsabilidade da APS no cuidado da saúde do trabalhador.


O processo da entrevista foi coordenado por um facilitador. Para resguardar questões pessoais, o profissional cuidador de um dos grupos, que também é o pesquisador, não facilitou as entrevistas.

3.5. Método de Análise dos Dados

Para atingir os resultados almejados, foi utilizado o método denominado “Análise de Conteúdo”. Esse método propõe encontrar respostas para os questionamentos formulados, além disso, diz respeito à descoberta dos elementos inerentes ao conteúdo manifesto (BARDIN, 1977). Foi realizada uma leitura flutuante e a pré-análise do material.


3.6. Aspectos Éticos da pesquisa


Foram sucintamente explicados aos participantes os objetivos e garantia dos princípios éticos, regulamentados pela resolução 466/12, por parte do pesquisador, com seu devido consentimento a partir da leitura, concordância e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B). A pesquisa foi analisada e autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual Vale do Acaraú, sob número CAAE 26521614.1.0000.5053.


4. ANÁLISE E DISCUSSÃO

4.1
. “Cuidar de mim é mais difícil, quando vou cuidar de mim é tarde”: Rotina de Trabalho x Qualidade de vida

A intensificação laboral é traço característico da modernidade e tem levado ao consumo desmedido das energias físicas e espirituais dos trabalhadores, uma vez que exige cada vez mais, o limite máximo funcional e ignora o tempo de repouso necessário para restaurar a relação entre mente, corpo e ambiente (ELIAS, 2006).


Muito cansada, muito tensa, às vezes estressada. Na verdade, quando eu chego em casa só penso mesmo numa boa cama e dormir. Não tenho vontade de mais fazer nada (Enfermeira 2).


Cuidar de mim é mais difícil, quando vou cuidar de mim é tarde (Auxiliar de serviços gerais).


O corpo humano adapta-se ao ambiente a procura de uma posição mais confortável e funcional, logo a postura ideal é a posição do corpo que envolve o mínimo de estiramento e de tensão das estruturas osteomusculares, gastando menos energia e obtendo-se o máximo de eficiência no uso do corpo, no entanto, a pessoa, muitas vezes, assume posturas inadequadas, devido a falta de consciência postural e principalmente, as intensas, desgastantes e massacrantes jornadas de trabalho, o que se comprova no relato da maioria dos trabalhadores da Atenção Primária de sobral.


Atuo na sala de vacinas... me desloco bastante, fico muito tempo em pé e mudo muito de posição... no fim do dia estou esgotada fisicamente (Técnica de enfermagem).


Sinto-me acabada. É um rojão muito grande, aqui no posto tem muita gente, não dá nem pra sentar (Atendente de Farmácia).

A maioria das reações adversas, induzidas pelo trabalho como: ansiedade, estresse, depressão ocorrem quando a demanda do trabalho é alta e o grau de controle do trabalhador sobre o trabalho é baixa, portanto o aumento da responsabilidade, decorrente do aumento da autonomia, provoca na prática, mais carga de trabalho e maior tensão entre os trabalhadores, afetando negativamente a saúde (ARAÚJO et al, 2003).
Sou enfermeira e o pior é o acolhimento, que é desumano. Atendo 40 a 50 pacientes por turno. Não posso deixar de atender(Enfermeira 1).


Sou polivalente, a gente faz uma coisa aqui, uma coisa açula É muita tarefa pra executar. A rotina é de muita responsabilidade (Técnica de enfermagem).


Para a ergonomia, as condições de trabalho são representadas por um conjunto de fatores interdependentes que atuam direta ou indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados do próprio trabalho. Neste sentido, a abordagem ergonômica, cujo objeto é o trabalhar e as regulações decorrentes desta prática, se torna indispensável à vigilância dos riscos advindos das condições e dos ambientes e processos de trabalho. A má adaptação do mobiliário, a falta de manutenção em equipamentos e ferramentas e a ausência de recursos materiais e humanos para execução do número de atividades que realizam são algumas das queixas elencadas pelos profissionais no ambiente produtivo (ABRANCHES, 2005).


Passo muito tempo sentada... as cadeiras normalmente não são confortáveis (Auxiliar administrativo).


O trabalho ocupa um espaço muito importante na vida de todo indivíduo, sendo que muitas vezes passa-se mais horas dentro de nosso local ocupacional do que em casa, resultando na necessidade da criação de propostas diferenciadas para melhoria e incentivo da qualidade de vida do trabalhador ativo (SOUZA, 2010).


É de 7:00 às 12:00 como agente de saúde, ai tiro uma hora de almoço, ai 13:00 a 13:30 to voltando, continuo como agente de saúde, quando dá 16:00 já entro aqui como auxiliar até às 20:00, são três expediente que eu dô (Agente de Saúde).


O trabalho afeta todas as dimensões da vida humana: física, afetiva, intelectual e espiritual. As relações de solidariedade e cooperação no cotidiano de trabalho, essenciais para a saúde e segurança dos trabalhadores, são atualmente substituídas pela competitividade e produtividade, contribuindo para a falta de qualidade de vida no trabalho, o que produz naturalmente, impactos importantes nos resultados das organizações, como: índices de absenteísmo e rotatividade e custos altos de assistência médica.


Segundo Pereira (2006), a qualidade de vida no trabalho resulta do equilíbrio dinâmico que envolve os aspectos físico, psíquico e social, onde são respeitadas as necessidades e limitações do ser humano, resultando num crescimento pessoal e profissional. Batista (2010) complementa que a qualidade de vida pode ser definida como momentos de lazer e descanso aliados à prática de exercícios laborais dentro das organizações, logo é de destacar que o centro da qualidade de vida dentro do sistema de trabalho deve ser o indivíduo.


4.2. Entre Desafios e Potencialidades: e assim caminha o grupo


O ritmo de trabalho, com o advento da modernidade, passou a ser ditado pelo relógio, porém é necessário ressaltar que a mão de obra nesse sistema foi afetada, portanto é preciso que os gestores proporcionem condições necessárias aos funcionários, mas principalmente a qualidade de vida dos mesmos. Assim, as entrevistam apontam que a ginástica laboral foi incluída após sugestão dos trabalhadores à gestão como uma forma de cuidado à saúde.


“Já fazia fisioterapia e continuava sentindo muitas dores... foi mais uma oportunidade de melhorar...” (Técnica de enfermagem)


“Nós profissionais estávamos precisando melhorar o nosso dia de trabalho.” (Agente de Saúde)
A Ginástica Laboral pode atuar positivamente na saúde do trabalhador, uma vez que consiste basicamente na realização de exercícios específicos de alongamento e de fortalecimento muscular, tentando impedir que se instalem vícios posturais durante as atividades habituais. É praticada no ambiente produtivo, direcionada para a musculatura mais requisitada durante a jornada de trabalho, com sessões de 10 ou 15 minutos. Se destaca pela fácil implantação, baixo custo, pouco tempo necessário a sua realização e pelos rápidos resultados obtidos. A pesquisa mostra que a inovação exercida nessa nova modalidade, adicionando exercícios de coordenação motora e relaxamento, além da redução do estresse psicológico, forma vínculos e estimula a participação no grupo (MARTINS, 2005).


Fazíamos alongamento, a gente dançava, tinha uma parte de dança né que alongava o corpo todo, depois tinha relaxamento, a gente deitava, ele colocava uma música e a gente relaxava (Auxiliar administrativo).


Evidencia-se mudanças positivas após a entrada dos trabalhadores no grupo de ginástica laboral, sendo relatado uma melhora da condição física geral, aumento do ânimo e disposição para o trabalho, controle do estresse, em como na diminuição de acidentes de trabalho. Neste sentido, a implantação de um programa diferencial de Ginástica Laboral busca despertar nos trabalhadores a necessidade de mudanças do estilo de vida, e não apenas de alteração nos momentos de ginástica.


Quando estava fazendo, me sentia super bem, relaxada. Parece que descarregava mais aquela adrenalina de estresse e ansiedade. Parece que ficava tudo ali (Agente de Saúde).


Me sinto bem, quando eu chego em casa eu sou mulher pra limpar, pra varrer, pra tudo (Auxiliar administrativo).


Porque só trabalhar e não fazer uma atividade física, eu acho que fico assim, ansiosa, travada (Atendente de farmácia).


A postura adotada pelos funcionários nos centros de saúde pesquisados em Sobral, no seu dia de trabalho, caracteriza-se por ser pobre em termos de qualidade, destacando-se os movimentos realizados de forma repetitiva, e a permanência de uma má postura, tornando os funcionários propensos a apresentar desconfortos ou problemas posturais. A atividade física diária, exemplificada na renovada ginástica laboral, além de promover a consciência corporal, contribui para a lubrificação das articulações, uma vez que alongar os músculos libera as tensões, aumenta aflexibilidade, melhora a circulação sanguínea, desintoxica as células, diminuindo assim a incidência de dores musculares e vícios posturais (BLOEMER, 2002).

Eu tava com uma dormência, dor nas costas, nas articulações. Tava com falta de sono, aí o professor me deu muita força pra ir e eu fui. Tudo mudou! (Auxiliar de serviços gerais).


As aulas decorrem em um ambiente descontraído, em que cada exercício e cada movimento são encarados com alegria e entusiasmo, estimulando assim, a descontração, a integração, o autoconhecimento e autoestima, proporcionando uma possível melhora no relacionamento interpessoal e do homem com o meio que o cerca. O aumento dos ciclos de amizade fortalece a autoestima e promove uma maior socialização. Esse olhar mais atento com o outro, reflexo do vínculo e da intimidade, seja na atenção dirigida (respeito), seja no cuidado com as atividades, continua a ser uma experiência curadora de grande força (BERGAMASCHI, 2002).


O professor é uma pessoa muito popular e deixa a gente muito a vontade. A gente tando perto dele não tem tristeza não! (Agente de Saúde).


O pouquinho que eu participava já dava aquela levantada no astral (Atendente de Farmácia) .


Dentre os desafios estão: a vergonha, falta de tempo, dificuldade para se ausentar do setor, interesse, além de destacarem que o local/espaço não é adequado para atividade.


Porque assim, como é num espaço de horário de trabalho, a gente não tem um espaço adequado nem uma hora pra fazer isso (Auxiliar administrativo).


Eu me sentia com vergonha (Auxiliar de serviços gerais).

Na hora do grupo eu fico na sala de aerosol, aí as vezes ficava as pessoas chamando e eu tinha que ficar saindo pra atender (Técnica de enfermagem).
As principais barreiras enfrentadas pelos programas de qualidade de vida no trabalho são a sua concepção assistencialista e a ênfase na produtividade. As práticas de cuidado tem foco puramente assistencial, atuando como medidas compensatórias dos desgastes provocados pela tarefa de trabalho e não solucionando os problemas efetivos, os quais comprometem a saúde, o conforto e a segurança. No que se refere a produtividade, a crítica consiste quando os programas preconizam o bem-estar de modo secundário, tendo como meta maior o aumento da produtividade. O grande desafio está em construir os alicerces no trabalho com caráter promocional, portanto são necessárias atuações interdependentes: nas condições de trabalho, na estrutura organizacional e nas relações sociais. (DIAS, 2009)


Uma vez pautada no conceito ampliado de saúde, a ginástica laboral aperfeiçoada torna-se uma das estratégias de promoção da saúde, uma vez que suas potencialidades implicam e confirmam o compromisso à qualidade de vida dos trabalhadores do SUS, estimulando e fortalecendo o protagonismo dos sujeitos no cuidado à saúde.



4.3. “E quem cuidará de nós?” A saúde do Trabalhador e Atenção Primária em Sobral

A VIII Conferência Nacional de Saúde contribuiu para reafirmar à sociedade brasileira a saúde como direito de cidadania e dever do Estado provê-la. O Pacto de Gestão define as responsabilidades do Município, do Estado e da União com a saúde da população brasileira, elencando a Atenção Primária como prioridade do município executá-la e assegurá-la. Entretanto, o SUS ainda não incorporou, de forma efetiva, em suas concepções, paradigmas e ações, o lugar que o “trabalho”, evidenciado na saúde do trabalhador, ocupa na vida dos indivíduos e suas relações com o espaço socioambiental. As entrevistam evidenciam as precárias condições de trabalho, a sobrecarga e as responsabilidades pela saúde dos trabalhadores do SUS.


A gente não tem tempo pra gente, tempo pra frequentar uma academia, fazer algo que possa melhorar a nossa saúde, o nosso bem-estar (Agente de Saúde).


Uma pessoa só faz duas, três coisas. A gente se esforça muito (Técnico de enfermagem).


A responsabilidade é de cada um de nós! Eu acho que cada um de nós temos que fazer a nossa parte, de cuidar da nossa saúde como cuidar da saúde do outro e é tipo uma troca (Agente de Saúde).


A saúde define-se como um processo dinâmico, expresso no corpo, na pessoa, no trabalho, nas condições de vida, nas dores e no prazer, enfim, em tudo o que acompanha uma história, individual em sua singularidade, mas coletiva pela influência das múltiplas lógicas inscritas nesse processo, portanto, a saúde do trabalhador não pode ser medida somente por seu grau de adoecimento e afastamento do trabalho. Assim, vem ganhando espaço, os programas de pausas com exercícios, e cada vez mais cresce o envolvimento de profissionais das áreas de fisioterapia e educação física, visto o potencial relevante a termos de promoção de saúde. Entretanto, essa prática é mais comum no setor privado, não existindo evidências no setor público. (RIGOTTO, 2003)


Sobral, com sua trajetória relevante em saúde da família, por valorizar e acreditar na consolidação da ESF incorpora novos profissionais a suas equipes, os do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) e da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF), assumindo o compromisso de proporcionar a integralidade do cuidado em saúde.


A RMSF surge com a iniciativa de expandir as práticas promocionais, dirigindo o olhar preferencialmente ao coletivo de indivíduos, tendo como principal campo de ação a construção de grupos. Oxigenam e inovam ao trazer à tona, em sua abrangência de ações, a saúde do trabalhador, incluindo o que chamamos de “Cuidando do Cuidador”, um programa de melhoria da qualidade de vida do trabalhador, tendo a ginástica laboral como uma das ferramentas.


Entretanto, fica constatado na pesquisa, que a rotatividade destes profissionais, prática comum, dificulta a continuidade do cuidado com os trabalhadores e após o levantamento de dados, observa-se que os 02 únicos grupos de ginástica laboral existentes no município são facilitados por residentes, reconhecendo-os como atuais cuidadores e multiplicadores da Saúde do Trabalhador.


... desde que haja oportunidades e profissionais no local pra dá continuidade. (Técnico de enfermagem)


Pagar um profissional pra cuidar da gente, porque só a gente pra tratar da população, e quem cuida de nós? Existe um negócio, “cuidando do cuidador” que eu acho muito importante pra nós que temos uma carga horária pesada, como eu por exemplo(Atendente de farmácia).


Poderia trabalhar com regularidade a ginástica laboral em todas as unidades de saúde (Enfermeira).


Imperativos históricos, de ordem técnica, normativa e legal, definem que o processo de construção da atenção integral a saúde dos trabalhadores no SUS, na atualidade, passa necessariamente, pela Atenção Primária. A ESF é a forma privilegiada de concretizar a atenção primária, trabalhando com o cuidado num território adscrito, entretanto, ironicamente, como fica a saúde do enorme contingente de trabalhadores que não moram nesse território? Como fica o processo de empoderamento do sujeito quando inexiste promoção da saúde do trabalhador para essas pessoas que talvez sejam as mais preparadas para assumir o comando desse processo? Corremos o risco de considerar que a responsabilidade pela atenção a eles cabe ao “plano de saúde” que se ocupa prioritariamente de medidas de atenção curativa, procurando recuperar parte da saúde perdida pelo trabalhador para permitir que ele volte ao trabalho. Quem se ocupa da promoção e da manutenção dessa saúde?


Acredita-se que o passo principal, imprescindível, para o sucesso é que o gestor da atenção primária assuma, de fato e de direito, a responsabilidade pela saúde de todos que estão sob a sua jurisdição. Estima-se que ele deixe de ser apenas a figura de um gerente de unidade de saúde, e trabalhe na perspectiva da coresponsabilização, utilizando da intersetorialidade para a integralidade neste cuidado. Entre as características da atenção primária que favorecem a inserção de ações na saúde do trabalhador destacam-se o enfoque da territorilização, uma vez que permite o reconhecimento e/ou a identificação das situações de risco para a saúde, dando concretude as relações produção/trabalho/ambiente e saúde, bem como a proposta de redes de atenção á saúde, onde a APS é considerada como centro de comunicação dessa rede horizontal, responsável por resolver a grande maioria dos problemas de saúde.


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O corpo é a principal ferramenta para o trabalho humano. São, portanto, inegáveis os ganhos quando se permite ao trabalhador tomar consciência do valor do seu corpo, respeitando seus limites e poupando-o de males plenamente evitáveis.


A Ginástica Laboral, atualmente aperfeiçoada, é um programa que têm gerado bastantes resultados positivos, apesar do pouco tempo de implantação em algumas unidades de saúde de sobral. Tais progressos estiveram relacionados à melhoria no desempenho pessoal no trabalho, melhora na postura durante a jornada de trabalho, bem como redução das queixas físicas.


Associando-se a Ginástica Laboral à saúde em um contexto onde o ambiente de trabalho e o estilo de vida estão interligados, o que constatamos nesta nova modalidade, observa-se a necessidade de abertura de espaços promotores de saúde no ambiente de trabalho, buscando mudanças mais humanizadas entre os trabalhadores, proporcionando assim mudanças em seus hábitos cotidianos, bem como o desenvolvimento do empoderamento do sujeito de sua corresponsabilidade enquanto ter saúde.


Percebe-se que se é nas organizações que passamos a maior parte de nossas vidas, natural seria que as transformássemos em lugares mais agradáveis e saudáveis para a execução de nosso trabalho, logo, estima-se que se invente um novo sistema produtivo, capaz de elevar a qualidade de vida no trabalho. Experiências como a aplicabilidade da Ginástica laboral, com enfoque ampliado de saúde, reflete indicadores positivos à satisfação e motivação do trabalhador, assim como na comunicação interpessoal, potencializando qualquer rotina de trabalho.


Ressalta-se a importância da continuidade das ações, primando por um trabalhador mais ativo, satisfeito e integro, em sua totalidade.
6. REFERÊNCIAS

ABRANCHES, Sueli Soldati. A situação ergonômica do trabalho de enfermagem em unidade básica de saúde. Tese apresentada à escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP - Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental. Linha de Pesquisa: Saúde do Trabalhador. Ribeirão Preto, 2005.

BARDIN L. Análise de Conteúdo. 1a.ed. Lisboa: Edições 70; 1977.

BATISTA, Álamo Alexandre da Silva. Análise da qualidade de vida no trabalho utilizando um modelo de regressão logística / Álamo Alexandre da Silva Batista. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Ponta Grossa, 2010.

BERGAMASCHI, Elaine Cristina; DEUTSCH, Silvia; FERREIRA, Eliane Polito. Ginastica Laboral: possíveis implicações para as esferas física, psicológica e social. Atividade Física e Saúde, São Paulo, v.7, n.3, 2002.

BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

BLOEMER, R. Postura e desconforto corporal em um ambiente de trabalho informatizado [Monografia]. Tubarão: Unisul, 14 p, 2002.

BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências. Diario Oficial da União (em itálico), Brasília, DF, 20. setembro. 1990.

BRASIL. Ministério da Previdência Social. Instrução Normativa INSS/Dc N° 98, De 5DeDezembro de 2003 – Anexo Seção I: Atualização Clínica das Lesões por Esforços Repetitivos (LER) Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Diário Oficial da União, Brasília, 2003. Disponível em: <http:www.mps.gov.br.> Acesso em: 04 abril 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas .Área Técnica de Saúde do (a) Trabalhador (a)- COSAT. Política Nacional de Saúde do (a) Trabalhador (a)-Proposta para Consulta Pública - Documento em elaboração. Versão preliminar para discussão. Brasília. Janeiro de 2004. Disponível em:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/proposta_pnst_st_2009.pdf.> Acesso em: 04 maio 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilancia em Saúde. Departamento de Vigilancia em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Dor relacionada ao trabalho: lesões por esforços repetitivos (LER): distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilancia em Saúde. Departamento de Vigilancia em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. – Brasília: Editora do Ministério da saúde, 2012a.

BRASIL. Portaria n. 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Brasília, DF, 23. ago. 2012b.

CAMPOS, G. W. S. O Anti-Taylor: sobre a invenção de um método para co-governar instituições de saúde produzindo liberdade e compromisso. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, p. 863-870, out./dez. 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102311X1998000400029&script=sci_arttext>. Acesso em: 19 mar. 2011.

DIAS, Elisabete Costaet al. Saúde Ambiental e saúde do trabalhador na atenção primária à saúde, no SUS: oportunidades e desafios. Ciência e Saúde Coletiva, 14 (6): 2061-2070, 2009

ELIAS, marisa Aparecida. NAVARRO, Vera Lúcia. A relação entre o trabalho, a saúde e as condições de vida: negatividade e positividade no trabalho das profissionais de enfermagem de um hospital escola. Revista Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.14, n.4, jul/ago, 2006.

FONTANELLA, B.J.B; RICAS, J; TURATO, E.R. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. In: Caderno de Saúde Pública, 24(1): 17-27. Rio de Janeiro: jan, 2008.

GIL, A. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2a.ed. São Paulo: Atlas; 1994.

MARTINS, C. O. Repercussão de um programa de ginástica laboral na qualidade de vida de trabalhadores de escritório. 2005. 13. f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Centro Tecnológico – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

MAZZARINO, A. C. A. Comunicação e educação na re/construção do indivíduo. Sorocaba, SP, 2011.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8ª ed – São Paulo: Hucitec, 2004.

O`NEILL, M. J. Os princípios das cadeias musculares naLER/DORT: O Desafio de Vencer. São Paulo: MADRAS, 2003.

PEREIRA, Vívian Cortines. Qualidade de Vida no Trabalho. Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes - Programa de Pós Graduação em Gestão de Recursos Humanos. Rio de Janeiro, 2006.

RIGOTTO, Raquel Maria. Saúde Ambientl & Saúde dos Trabalhadores: uma aproximação promissora entre o verde e o vermelho. Revista Brasileira de Epidemiologia, vol. 6, n.4, 2003.

SANTOS, A. F. et al. Benefícios da ginástica laboral na prevenção dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Arq. Cienc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 11, n. 2, p. 99-113, maio/ago, 2007.

SILVA, K. S. B; BASTOS, T. T. Aplicação da Ginástica Laboral com o propósito do bem estar no ambiente de trabalho. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação), Universidade da Amazônia. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, curso de fisioterapia, Belém, 2009.

SOUZA, Fabiana K. N, ZIVIANI, Fabrício. A qualidade de vida no trabalho correlacionada à prática da ginástica laboral. Revista Científica do Departamento de Ciências Jurídicas, Políticas e Gerenciais do UNI-BH. Belo Horizonte, vol. III, n. 1, jul-2010.

SUCESSO, Edina de Paula Bom. Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

SPILKF, A et al. O trabalho na contemporaneidade e suas implicações na subjetividade dos trabalhadores.Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, v. 43, n. 1, p. 165-179, Abril 2009.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Odemir Pires Cardoso Junior

por Odemir Pires Cardoso Junior

Fisioterapeuta de formação pela Faculdade Integrada do Ceará (Estácio de Sá). Especialista em Saúde da Família e Comunidade, com caráter de Residência Multiprofissional pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, Sobral/CE. Especializando em Terapia Intensiva pela ESP/CE. Experiencia como Docente do Curso Técnico para Agentes de Saúde pela ESP/CE, em Fortaleza e Cascavel, ambos no Ceará.

Portal Educação

UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93