Método Hidropilates

Princípios do Pilates na água
Princípios do Pilates na água

Fisioterapia

01/03/2013

O Hidropilates é a integração do conceito Pilates nem programa de série de exercícios em imersão, ou seja, no ambiente aquático.

O método se baseia em princípios e norteia o profissional a aplicação do método.

A respeito dos princípios do Pilates na água, merecem cada qual uma atenção especial. É o que veremos a seguir.

• Concentração – Quando o indivíduo está concentrado, ocorre uma melhora na qualidade do movimento. Dessa forma, sua postura também será incrementada e assim ocorrem menores riscos de lesão. A concentração na realização dos movimentos, o fazem ter maior graça e fluidez.

• Centragem – Todos os movimentos começam a partir do centro do corpo e se movem para fora.

• Respiração –
A respiração é muito importante na realização dos movimentos. Ela foca e acalma a mente. Reduz a pressão sanguínea e melhora a qualidade do movimento.

• Controle – A concentração combinada a respiração gera um aumento do controle. Dessa forma, é possível produzir resultados positivos e menores riscos de lesão.


• Fluidez – Os movimentos do método são graciosos e fluídos. Esses movimentos não devem ser nem estáticos e isolados, recrutando assim, uma gama maior de grupos musculares. Tratando o indivíduo como um todo.

• Precisão – Cada exercício tem um alinhamento preciso para todo o corpo e um padrão de respiração.

• Isolamento integrado – A intenção é usar todo o corpo, focando na estabilidade e no movimento, da musculatura ativa (ARGO, 2007, p.2,3).

Usar a imaginação para conectar a mente e o corpo. É o que sugere o método Pilates adaptado ao meio aquático. É importante sempre enfatizar a sensação do movimento de acordo com a realização do movimento.

No “Curso Internacional de Pilates na água”, realizado pela Carol Argo, a precursora do método, do no qual tive a feliz oportunidade de estar presente, pude observar uma série de palavras e frases sempre usadas pela mesma no decorrer do programa. Vamos a elas.

Sintam a relação da caixa torácica com a pelve.
Escorreguem as costelas para baixo na direção da pelve durante a flexão e o oposto na extensão.
Deslizem as escápulas para baixo.
Alonguem pelo topo da cabeça e pelo dorso do pescoço.
Abdominais para dentro e para fora.
Assoalho pélvico para cima.
Levem a perna para longe.
Mantenham as clavículas abertas e para fora.
Mantenha a cabeça alinhada com a coluna.
Enrolem o tronco a partir das costelas (ARGO, 2007, p.4) [6].

“O método se baseia em postura, alinhamento e movimento. Preconizando que, a qualidade do movimento é mais importante do que a quantidade.” Carol Argo

Objetivos do Método


• Alongar os músculos – A água proporciona um aumento da amplitude de movimento (ADM), devido as propriedades físicas.

• Estabilização e força do centro – O indivíduo que se apresenta ao meio líquido precisa fazer uma força para manter-se em pé e em equilíbrio. As propriedades físicas estão presentes desde a entrada do paciente na piscina, durante, e, até mesmo de iniciar a atividade ou exercício em si. Após os exercícios o paciente ainda estará sendo submetido aos efeitos dessas propriedades.

• Prevenção de lesões – Devido à flutuabilidade e força de gravidade, o paciente, sente alívio das tensões e aumento do espaço articular quando está em imersão, prevenindo-o de possíveis lesões articulares, por esse relaxamento articular.
• Diminuição do estresse e das dores nas costas – Além dos aspectos físicos da imersão, pode-se também contar com a temperatura da água. Como foi proposto anteriormente, a água quente provoca hipotonia fisiológica, ou seja, o relaxamento da musculatura.

• Melhorar a postura – O fato de a força de flutuação ser uma força para cima tem consequências importantes no ambiente aquático terapêutico. Ajudando assim, o corpo humano flutuante na manutenção de uma postura de cabeça para fora ereta.


• Aumentar o equilíbrio e a coordenação – É necessário concentração e foco na atividade dentro na piscina. Assim, os pontos equilíbrio e coordenação são submetidos ao suporte máximo de necessidade de condição espacial e de tempo.

• Melhorar a desempenho atlético – O exercício aeróbio proporciona ao indivíduo um incremento dos sistemas circulatório, respiratório, renal e ativação dos mecanismos de termorregulação. Esse incremento se deve ao exercício em si, pois os estudos identificaram que o treinamento realizado na água produz adaptações fisiológicas semelhantes ao treinamento executado em terra., ou seja o treinamento aquático podendo ser usado para aumentar ou manter o condicionamento cardiovascular (HALL e BRODY, 2001, p.294).

• Ser eficaz na pós-reabilitação – Com incremento no alongamento, fortalecimento e relaxamento muscular e articular.

• Aumentar a consciência corporal – Os diferentes níveis de profundidade, a força de gravidade, a densidade, a força de flutuação e a pressão hidrostática, fazem uma verdadeira dança aquática, e, o indivíduo precisa vencer essas forças, para a realização dos movimentos e exercícios aumentando assim esses níveis de consciência corporal, indispensáveis para a sua reabilitação e incremento da saúde física, mental e emocional.

• Melhorar a autoestima – O indivíduo experimenta em imersão, sensações que não são conseguidas no ambiente em terra, devido às propriedades físicas da água. Ele vivencia uma viagem ao tempo, até a vida intrauterina, que podem ser de grande valia nessa linda e poderosa jornada, fazendo-o sentir bem e em plena saúde em todos os aspectos (ARGO, 2007, p.2).

Indicações do Método

Como os movimentos são executados através da resistência da água, proporcionam um trabalho desafiador, podendo assim, ser modificado para diferentes níveis de condicionamento físico e indivíduos.

A grande maioria das pessoas pode realizar o método Hidropilates, com certa atenção para os grupos especiais que são os obesos, idosos, fibromiálgicos, artríticos, gestantes e problemas músculos esqueléticos ainda descompensados.

Ainda se aplica o método aos atletas e pacientes pós-gestacionais.

As contraindicações relativas e absolutas são parâmetros para os indivíduos que não poderão se beneficiar do método.

Contraindicações do Método

Devemos lembrar que o paciente vai entrar em um ambiente aquático e ainda, com outros pacientes, portanto devemos exigir que todos os pacientes, que vão utilizar o mesmo meio líquido, atestado médico dermatológico.

Contraindicações relativas:
• Hipertensão arterial controlada
• Anemia ou outros distúrbios sanguíneos
• Disfunção tireoidial
• Disritmia cardíaca
• Diabetes
• Obesidade excessiva
• Histórico anterior de vida excessivamente sedentária
• Falta de peso excessiva
• Infecções generalizadas (garganta, ouvido, gastrointestinal)
• Alergia ao cloro
• Hidrofobia – deve ensinar primeiramente o controle respiratório para o paciente.
• Lentes de contato
• AIDS – os pacientes não devem ser tratados no meio líquido, quando há cortes na pele. (THOMSON, SKINNER e PIERCY, 1994, p.456,457) [5].

Contraindicações absolutas:
• Doenças cardíacas graves e em evidência
• Tromboflebite
• Hipertensão séria e descompensada
• Erupções na pele que não cicatrizam
• Diabetes descompensada
• Escaras abertas
• Incontinência urinária e fecal
• Feridas infectadas
• Traqueostomia
• Embolia pulmonar recente (SOVA, 1998. 6 p.) [4]

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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