Disfunções do Assoalho Pélvico

Na maioria das vezes é confundida com Incontinência Urinária
Na maioria das vezes é confundida com Incontinência Urinária

Fisioterapia

27/01/2013

Por falta de informação, vem crescendo o número de mulheres com disfunções do assoalho pélvico, que na maioria das vezes é confundida ou progride para a Incontinência Urinária. Esta disfunção se inicia com fraqueza da musculatura do assoalho pélvico e pode ser tratada com um simples programa de reeducação perineal.

Podendo acometer mulheres de todas as faixas etárias, a maior incidência é nas que estão na menopausa e pós-menopausa. Isso ocorre porque nesta fase há uma diminuição da produção de estrogênio, hormônio feminino que é produzido pelos ovários. É importante uma avaliação para o tratamento adequado, para cada caso (podendo ser cirúrgico ou não).

Após o esclarecimento de todas as dúvidas da paciente, o médico poderá indicar o melhor método. Hoje existem profissionais de Fisioterapia especializados em Ginecologia e Obstetrícia, que atuam nestas disfunções, buscando reeducar a musculatura perineal e com resultados comprovados em pesquisas, sobre a eficácia do tratamento.

Dos problemas gerados pelas disfunções do assoalho pélvico está o prolapso das estruturas pélvicas (queda), conhecida popularmente como bexiga caída. Os prolapsos podem acontecer devido a vários fatores, entre eles: constipação intestinal, alteração pulmonar (tosse crônica devido à alteração de pressão intra-abdominal), hipoestrogenismo, etc.

O problema detectado precocemente tem maiores chances de não evoluir e assim ter resultados em menos tempo de tratamento. O trabalho do fisioterapeuta, além da reeducação perineal, é também o de reeducação global (já que ocorre um desequilíbrio entre as musculaturas perineais e abdominais tendo grande influência), exercícios respiratórios e trabalho de fortalecimento iniciando-se por posturas sem ação da gravidade (sentada e deitada) evoluindo para postura com ação da gravidade (em pé) que é quando ocorrem as maiores queixas.

É preciso procurar um médico sem constrangimentos, fazer uma avaliação e tirar todas as dúvidas, uma avaliação inadequada pode levar a diagnóstico incorreto e indicações cirúrgicas desnecessárias. Com diagnóstico correto e precoce, um tratamento adequado será iniciado trazendo resultados também precocemente e evitando problemas futuros.

O Fisioterapeuta especializado nesta área poderá, através de exercícios simples e orientações, prevenir e tratar estas disfunções, visando sempre à saúde e o bem-estar das pacientes.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Cristiane Regina de Barros

por Cristiane Regina de Barros

Cristiane Regina de Barros Pós-Graduada em Fisioterapia em Obstetrícia pela PUC-PR Graduada em Fisioterapia pelo CEUNSP - ITU Especializada em Método Shantala, Uroginecologia, Ergonomia e ATM. E-mail: crisbarros_fisio@hotmail.com fisiosaudeitu@hotmail.com

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