Assistência terapêutica para disfunções temporomandibular

O primeiro objetivo é controlar a dor
O primeiro objetivo é controlar a dor

Fisioterapia

25/01/2013

Da mesma forma que o diagnóstico das disfunções temporomandibular e dor orofacial (DTMS), necessita de uma abordagem interdisciplinar, seu tratamento também só ocorre de forma integral com a atuação de diversas categorias de profissionais. Os mais frequentemente envolvidos são médicos, odontólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos.
       
A disfunção temporomandibular é uma doença que, depois de instalada, quase sempre possui caráter crônico e progressivo. Portanto, o ideal é a prevenção e o tratamento precoce destas alterações, o que certamente proporciona melhores resultados e menos sequelas.
       
Tratamento medicamentoso
       
O primeiro objetivo é controlar a dor sem eliminá-la totalmente, o que apenas encorajaria o uso indevido da articulação. A dor funcional serve para lembrar o paciente que deve evitar um determinado movimento, permitindo que os tecidos traumatizados se recuperem.
       
Os analgésicos leves e os anti-inflamatórios não esteroides são úteis para combater a dor contínua. Drogas que induzem o relaxamento muscular, diminuindo o espasmo dos músculos envolvidos também podem ser úteis.
       
Medicamentos ansiolíticos, com efeito, sedante ou calmante e ação mio relaxante também podem ser indicados.
       
É importante ressaltar que o uso de drogas deve ser realizado somente após avaliação e prescrição médica, devendo-se evitar a automedicação, que pode levar a danos à saúde geral do paciente, além de interferir no diagnóstico adequado das disfunções.
       
Tratamento cirúrgico
       
O tratamento das disfunções temporomandibular e dor orofacial (DTMS) raramente é cirúrgico. Entre as principais indicações cirúrgicas estão: hiperplasia unilateral do processo condilar da mandíbula (aumento de volume da cabeça da mandíbula, resultando em assimetria facial); síndrome do primeiro e segundo arcos branquiais (hipoplasia unilateral da mandíbula); osteoartrite; artrite reumatoide com anquilose instalada; luxação grave e recorrente; fraturas; anquilose; presença de tumores ou cistos.
       
A cirurgia de ATM pode ser fechada (artroscopia) ou aberta (artrotomia).

Na artroscopia, é introduzida uma cânula com uma lente para vídeo no espaço articular superior. Pode ser feita uma incisão lateral para permitir a introdução de instrumentos para biópsia, remodelação de disco articular e lise de adesões.
       
O aspecto mais importante é a melhora da abertura da boca. As complicações são raras. A sequela mais comum é a persistência dos sintomas. Pode ocorrer infecção, fístula sinovial, má oclusão, lesão do ramo temporal do nervo facial, lesão articular e crepitação. Das complicações mais graves, as mais comuns são perda auditiva e paralisia facial.
       
Na artrotomia, normalmente o objetivo é reparar o disco deslocado ou retirá-lo. A decisão entre reparar ou remover o disco é tomada durante o ato cirúrgico. Os pacientes devem ser advertidos quanto à possibilidade de persistência de crepitação, desordens mastigatórias e dor ocasional, além da paresia facial.





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