A importância dos rins na regulação da pressão arterial
Os rins podem regular a pressão arterial
Farmácia
27/05/2015
Os rins podem regular a pressão arterial pelo aumento ou pela diminuição do volume sanguíneo. Essa regulação é por meio de um mecanismo hormonal, chamado sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Quando a pressão cai até valores inferiores a normalidade, o fluxo sanguíneo pelos rins diminui, fazendo com que o rim secrete a importante substância chamada renina para o sangue. A renina atua como uma enzima convertendo uma das proteínas plasmáticas, o substrato da renina, no hormônio angiotensina I. Esse hormônio tem efeito pouco intenso sobre a circulação e é rapidamente convertido em um segundo hormônio, a angiotensina II, por meio da enzima conversora (ECA).
Essa enzima conversora é encontrada apenas nos vasos de menor calibre dos pulmões.
A angiotensina II permanece no sangue por pouco tempo, apenas de 1 a 3 minutos, por ser inativada por outras enzimas, encontradas no sangue e no tecido, e chamadas coletivamente de angiotensinas. Não obstante seu reduzido tempo de ação, e que está circulando no sangue, a angiotensina II produz vasoconstrição nas arteríolas, fazendo a pressão aumentar até o seu valor normal.
Além do mecanismo hormonal dos rins, outro importante sistema hormonal também participa da regulação da PA: É a secreção de aldosterona pelo córtex da suprarrenal. Esse córtex secreta hormônios corticoides, um dos quais, a aldosterona, controla o débito renal de água e de sal.
A aldosterona participa da regulação da seguinte forma: quando a pressão arterial cai a valores muito baixos, a falta de fluxo sanguíneo ideal pelo corpo faz com que os córtices suprarrenais secretem a aldosterona. Uma das causas desse efeito é a estimulação das glândulas suprarrenais pela angiotensina II que é formada quando ocorre a baixa da PA. Essa aldosterona exerce efeito no rim. Como consequência a água e o sal ficam retidos no sangue, aumentando o volume sanguíneo, normalizando a PA. De modo inverso, a PA aumentada inverte esse mecanismo, de modo que os volumes líquidos e, consequentemente a pressão arterial, diminuam.
Bibliografias:
Guyton, Arthur C.. Fisiologia humana. 6.ed. RIO DE JANEIRO: Guanabara Koogan, 1988. 564p.
Vander, Arthur J.; Sherman, James H.; Luciano, Dorothy S.. Fisiologia humana: os mecanismos da função de órgãos e sistemas.. SAO PAULO: McGRAW - HILL, 1981. 834p.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Marcely Quaresma Mendonça
Acadêmica de Farmácia da Associação Brasileira de Ensino Universitário (UNIABEU).
Técnica em Análises Clínicas pelo Instituto Martin Luther King (IMLK).
Cursos de atualização em Fisiologia Humana, Interpretação de Exames Laboratoriais e Bioquímica Clínica.
Funcionária técnica no Laboratório de Saúde Pública de Belford Roxo e Hospital Universitário Graffrée e Guinle.
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93