Relação entre a atividade do farmacêutico e a promoção da saúde
Farmácia
12/03/2015
O FARMACÊUTICO HOSPITALAR COMO PROMOTOR DE SAÚDE
Patrícia Pozzatto Zambeli[1]
Evelise Fernandes Pietrovski[2]
RESUMO
É importante estudar a relação entre a atividade do farmacêutico e a promoção da saúde no ambiente hospitalar porque em quase todos os procedimentos hospitalares aos quais os pacientes são submetidos está presente a administração de medicamentos e, se esses não forem disponibilizados oportunamente e/ou não manipulados adequadamente, gera-se o risco de danos graves à saúde dos pacientes. Neste contexto, focalizaram-se os principais procedimentos técnicos, éticos e organizacionais que o farmacêutico hospitalar deve adotar e respeitar para maximizar sua eficiência profissional. O processo metodológico empregado consistiu, essencialmente, em pesquisas bibliográficas sobre as questões centrais que envolvem o tema. Neste propósito, analisaram-se as investigações, os procedimentos e os documentos já desenvolvidos a respeito do assunto. Concluiu-se que, por ser a atuação do farmacêutico fundamental para a eficácia da terapêutica do paciente hospitalar, esse profissional deve ter sempre em mente que o avanço de sua respeitabilidade no meio social e funcional dependerá do seu interesse contínuo por capacitação e integração.
INTRODUÇÃO
Neste trabalho se discorre acerca das implicações que a adoção e a implementação de boas e aprimoradas técnicas pelo profissional farmacêutico possuem sobre a promoção da saúde individual e coletiva no espaço hospitalar. Neste contexto, enfoca-se a atuação funcional do farmacêutico e suas responsabilidades individuais como membro da equipe de saúde e como gestor de recursos. Para tal propósito, estabeleceram-se, primeiramente, alguns parâmetros conceituais relativos à promoção da saúde, principalmente quanto à prevenção de doenças, à proteção da saúde e ao perfil dos profissionais dessa área. Posteriormente, contextualizam-se alguns procedimentos relevantes no espaço hospitalar que estão vinculados à atividade farmacêutica, como a administração de medicamentos, a preparação de misturas parenterais e a prevenção de infecções.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
A dimensão da expressão “promoção da saúde” sobre a qual aqui se trata está diretamente relacionada aos princípios definidos no Congresso canadense de saúde pública de 1984 (ASHTON, 1993)[3]. De modo que, a partir daquele momento, a promoção da saúde passou a ser compreendida como um conjunto de ações e práticas a serem respeitas e desenvolvidas pelas entidades públicas, privadas e profissionais que atuam na área da saúde humana. Neste contexto, a “promoção da saúde” deve envolver toda a população, ter sua ação dirigida aos determinantes ou causalidade social, econômica, cultural, política e ambiental da saúde, combinando métodos e abordagens que se complementam para se obter uma efetiva participação social e ser uma atividade do campo social e não apenas um serviço de saúde (GOUMANS, 1997).
Para a saúde pública tradicional a doença faz parte da vida humana sobre a terra (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007). Enfim, a doença é vista como uma fatalidade do meio natural que ameaça a vida humana e que deve ser combatida. Entretanto, esse mesmo meio ambiente é responsável por excesso de calor, frio, umidade, secura, etc., que são causadores diretos ou indiretos de doenças e mal-estares, os quais, portanto, precisam das devidas respostas (sob a forma de artefatos protetores), que o ser humano foi providenciando ao longo da sua evolução cultural/científica (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007).
Assim, não é difícil entender a representação social da doença como uma fatalidade da vida humana que precisa ser combatida através de remédio, o qual, necessariamente, consiste em algo artificial (externo), apresentando-se como uma mercadoria, um produto ou um serviço a ser vendido ou garantido como direito ao homem. Assim, segundo esse entendimento que atualmente prevalece, a saúde e a doença representam a relação: fatalidade natural X resposta cultural (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007).
A pretensão é modificar o significado da doença, fazendo-a passar de uma questão exclusivamente científico-tecnológica para um tema de interesse filosófico e político. Por esse viés, a erradicação da doença passará, necessariamente, por um processo que compreenda que a doença está inserida em uma ampla, complexa e intrincada rede de casualidade ligada aos desarranjos estruturais sócio-ambientais (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007). Assim, a promoção de saúde desejada seria uma reação “positiva” ao modo “negativo” de conceber a saúde, direcionando-se para uma percepção ampliada, integrada, complexa e intersetorial da saúde, relacionando-a ao meio ambiente, à produção econômica e ao estilo de vida. (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007).
De um modo geral, o raciocínio explícito ou implícito na quase totalidade dos estudos sobre promoção de saúde deixa consignado que o setor saúde não consegue, sozinho, dar conta dos problemas de saúde, uma vez que esses problemas são, muitas vezes, resultantes ou determinadas por condições extra-sanitárias. Em razão disso, uma promoção de saúde com reais possibilidades de eficácia depende da integração do conceito de saúde a todo o tecido social e que seja afastada sua característica regional, localizada, setorizada e negativada de “ausência de doença” que atualmente predomina nos serviços de saúde (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007).
A promoção de saúde representa uma possibilidade concreta de ruptura de paradigma no campo da saúde, de modo que haja uma mobilização eficaz do conhecimento técnico específico acumulado no campo sanitário do processo saúde-doença como indicador de desequilíbrio importante e estrutural nos modos de produzir, viver, morar e dos homens se relacionarem consigo mesmo, entre seus pares e com a natureza. Porém, o que se tem visto é uma medicina e uma saúde pública baseadas na tecnologia e alicerçadas numa visão estreitamente biomédica da doença, que a enxerga como uma condição adversa a ser unicamente enfrentada pelo consumo individual ou coletivo de produtos e serviços, tanto curativos quanto preventivos, e que precisam ser permanentemente aprimorados (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007).
Um aspecto crucial na análise da saúde está relacionado à prevenção das doenças. Neste aspecto, o padrão da promoção da saúde aqui defendido visa enfrentar as causas geradoras das doenças através de medidas intervencionistas básicas para a consecução da meta ideal (utópica) dos profissionais da saúde, qual seja, a eliminação permanente das doenças. Assim, em tese, os indivíduos ficariam sem doença não porque as doenças foram tratadas, mas porque os agentes nocivos foram atacados para serem erradicadas, eliminados ou minimizados (LEFEVRE, A. M. C.; LEFEVRE, F, 2007).
Como dizem Fernandez e Mendes (1998, p. 59), um modelo eficiente de gestão da promoção da saúde deve ter sua integração pautada por conceitos derivados de uma visão pluralista, o que agregará “mais crítica, qualidade e pertinência às ações e políticas”. Isto se deve à necessidade de se promover e superar a fragmentação do conhecimento humano, capacitando-se os profissionais da saúde para compreenderem a complexidade da realidade que os circunda (LUCK, 1995). O que se busca, como diz Mendes (1996, pp. 252-3), é “uma unidade do fazer”, a qual “está associada à vinculação, à reciprocidade e complementariedade na ação humana”.
A complexidade que caracteriza os serviços hospitalares exige uma qualificação profissional cada vez maior e, para isso, o aprimoramento da relação intersetorial é fundamental. Calame (2004) afirma que “não são nem os meios técnicos e científicos e nem mesmo os recursos financeiros e humanos que fazem falta ao mundo atual, mas a capacidade de combiná-los e orientá-los para assegurar o pleno desenvolvimento individual e coletivo”.
Para um eficiente planejamento da promoção de saúde é necessário formular um vetor de descrição do problema e, para isso, precisa-se de informações que definam o mais precisamente possível o problema a ser enfrentado, bem como entender o modo de ocorrência da doença/problema na realidade social onde o mesmo ocorre (ALMEIDA et al, 2001). No tocante à informação, cabe dizer que uma noção básica para se promover saúde é o fortalecimento das populações via divulgação de informações úteis para a tomada autônoma de decisões sobre a melhora da qualidade de vida (LABONTÉ, 1998, pp. 107-129).
Para contribuir com o desenvolvimento de um processo eficaz de promoção de saúde se faz imperativo abordar quais os atributos que os profissionais da saúde devem possuir para serem considerados promotores de saúde. O desejável especialista em saúde deve conhecer, além de sua área específica de trabalho, o campo político, educacional, cultural, meio ambiente e outros que interajam com sua função (CORNETTA; LEFEVRE, 2007, pp. 142-3). Assim, requer-se que esses profissionais tenham uma visão generalista do entorno onde está inserido, isto porque, muitas doenças (ex: dengue), extravasam o campo da saúde por terem sua disseminação ligada a fatores ambientais (CORNETTA; LEFEVRE, 2007, p.144).
Para Buss (1998, pp. 151-2), a expressão “promoção da saúde” está associada a um “conjunto de valores: vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria”. Assim, verifica-se que a ideia que devemos ter sobre a “promoção de saúde” e que deve orientar todos os profissionais dessa área, está focada na obtenção de mais qualidade de vida para o homem através da atuação ética e respeitosa para com a dignidade a ele inerente.
ATIVIDADE FARMACÊUTICO HOSPITALAR
A necessidade da gestão para qualidade na farmácia hospitalar é decorrente das novas exigências dos clientes, da ampliação dos direitos individuais, do respeito aos princípios bioéticos, da divulgação das atividades da assistência farmacêutica, do poder da informação e do conhecimento, e da busca contínua pelo aprimoramento da qualidade dos produtos e serviços prestados na área da saúde (CHAVES, C. E.; CIPRIANO, S. L.; PINTO, V. B, 2009, p. 1).
Diante desse quadro, a escolha e a implementação de um modelo adequando de gestão são necessários. Chaves, Cipriano e Pinto ( consideram que a quantidade e diversidade de modelos gerenciais dificultam o entendimento e a escolha pelas instituições, o que resulta em iniciativas isoladas com “resultados pontuais e descontinuados”. Portanto, precisa-se optar por um modelo sistêmico que propicie uma gestão orientada pela lógica e pela inter-relação (CHAVES, C. E.; CIPRIANO, S. L.; PINTO, V. B, 2009, p. 1).
Assim, aponta-se para o modelo de gestão proposto pela Fundação Nacional da Qualidade. O compromisso com a qualidade exige que o hospital avalie permanentemente seus serviços. Para tal propósito, a exemplo do que foi adotado pelo Hospital das Clínicas da USP (conforme os critérios previstos pela Fundação Nacional da Qualidade), devem ser observados os seguintes fundamentos: a) pensar sistemicamente sobre as relações de interdependência entre os componentes organizacionais e deles com o ambiente externo; b) alcançar um aprendizado organizacional através da percepção, reflexão, avaliação e divisão de experiências; c) promover um ambiente organizacional favorável à criatividade e à implementação de novas e competitivas ideias; d) atuar de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando uma cultura de excelência; e) orientar processos organizacionais de informações para a compreensão e identificação do conjunto das atividades, do desempenho, dos riscos e dos processos que agregam valor às partes envolvidas; f) compreender os fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo; g) buscar resultados cada vez mais consistentes e torná-los permanentes; h) criar condições para que as pessoas se realizem profissionalmente e humanamente; i) promover conhecimento sobre os clientes e o mercado para gerar sustentabilidade e competitividade; j) desenvolver parcerias com outras organizações; e k) atuar eticamente e de modo transparente com a sociedade e o meio ambiente (CHAVES, C. E.; CIPRIANO, S. L.; PINTO, V. B, 2009, pp. 2-3).
Conforme exemplo citado anteriormente, em 2003 o Hospital das Clínicas da USP instituiu um modelo gerencial que objetivava o Prêmio Nacional de Gestão em Saúde. Esse modelo elegeu oito critérios como essenciais ao bom desempenho do serviço farmacêutico hospitalar (CHAVES, C. E.; CIPRIANO, S. L.; PINTO, V. B, 2009, pp. 2-3):
1º) Liderança: os líderes da instituição devem promover um conjunto de ações, em todos os níveis, para uma cultura de excelência que envolva e comprometa toda a força de trabalho. A farmácia hospitalar necessita, através de critérios avaliativos e de capacitação, construir um sistema de liderança para desenvolver processos de assistência farmacêutica que gerem produtos e serviços que atendam às necessidades dos interessados. Nesse sentido, a divisão de farmácia precisará se alicerçar nos pilares: promoção do uso racional dos medicamentos, pesquisando, produzindo e gerenciando produtos com qualidade, desenvolvendo profissionais e prestando assistência integrada ao paciente e à equipe da saúde, sempre com responsabilidade socioambiental; buscar ser referência internacional em Farmácia Hospitalar; e atuar com ética, responsabilidade, união, comprometimento, respeito, transparência e qualidade (CHAVES; CIPRIANO; PINTO, 2009, p. 32).
2º) Estratégias e Planos: neste critério estabelecem-se as estratégias relativas às necessidades dos clientes, da força de trabalho, dos fornecedores, do hospital e da sociedade. Assim, em 2005 a divisão de farmácia do Hospital das Clínicas da USP identificou os pontos fracos e fortes dos ambientes com os quais se relaciona: a) ameaças no ambiente externo (redução de verba governamental, cumprimento da lei de patentes, dependência da importação de insumos, defasagem salarial em relação ao mercado, lentidão na implementação da regionalização do SUS, falta de autonomia na gestão de recursos humanos e falta de mão de obra técnica; e b) oportunidades no ambiente externo (prestação de consultoria farmacêutica e de capacitação profissional, farmacovigilância, participação em eventos científicos, publicações científicas, desenvolvimento de projetos científicos próprios e em parceria com outras instituições e o desenvolvimento de novos produtos) (CHAVES; CIPRIANO; PINTO, 2009, pp. 43-4).
No ambiente interno identificam-se como: a) pontos fortes (comprometimento da equipe de colaboradores, formação de especialistas na área, campo de estágio para capacitação profissional e o desenvolvimento de projetos multidisciplinares, de produtos em parceria e de medicamentos especiais); e b) pontos fracos (idade média alta dos funcionários, publicação científica insuficiente, necessidade de modernização das embalagens dos produtos produzidos, de informatização e automação da produção e do controle dos medicamentos, ampliação do sistema de código de barras para distribuição/dispensação de medicamentos e necessidade de farmacêuticos clínicos nas unidades de internação (CHAVES; CIPRIANO; PINTO, 2009, p. 44).
3º) Clientes: a qualidade dos serviços prestados pela farmácia hospitalar é julgada pela percepção dos seus clientes. Por isso, a importância de atender às suas necessidades e expectativas. Neste critério a divisão de farmácia identifica seus clientes e respectivas necessidades, bem como seu relacionamento com os mesmos e qual a sua imagem no mercado. A identificação dos clientes e das suas necessidades possibilita direcionar os esforços para melhores resultados (BIRULIO et al, 2009, p. 5 e 60).
4º) Sociedade: conhecer a amplitude das ações institucionais em relação aos sistemas sociais e ambientais. Neste critério, a divisão de farmácia identifica os principais impactos negativos potenciais dos seus produtos, processos e instalações. Quanto aos produtos tem-se a contaminação da rede pluvial com medicamentos não utilizados e seus resíduos pelo descarte inadequado; quanto aos processos tem-se o aumento de resíduos não degradáveis; quanto às instalações tem-se o aumento no consumo de energia (falta de interruptores elétricos e material obsoleto). A divisão de farmácia deve seguir as classificações dos resíduos gerados segundo normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (BIRULIO et al, 2009, p. 5 e pp. 63-5).[4]
5º) Informação e conhecimento: são elementos fundamentais para a tomada de decisões. Informações devem ser produzidas pelas instituições através da análise imparcial de seu desempenho e, visando maior credibilidade às informações, as instituições devem comparar seu desempenho com os obtidos por outras instituições. A divisão de farmácia utiliza dos seguintes sistemas para tratar suas informações: a) de administração de materiais (movimentação de medicamentos e insumos); b) de gerenciamento da distribuição de medicamentos dos programas governamentais; c) de gestão hospitalar (referente à dispensação de medicamentos); d) de gestão das receitas da farmacotécnica; e) de ponto (frequência dos trabalhadores); f) de gestão documental; e g) de controle do atendimento aos pacientes (CHAVES et al, 2009, p. 5 e pp. 69-70). 6º) Pessoas: precisa-se de práticas de gestão para selecionar, integrar, capacitar e avaliar a força de trabalho, bem como para promover sua valorização, motivação e qualidade de vida. Neste critério, a divisão de farmácia foca seu sistema de trabalho na autonomia, no trabalho em equipe e na avaliação das necessidades para a área. Para esses objetivos a divisão de farmácia criou os seguintes programas: a) de recepção e integração de novos colaboradores; b) de organização do trabalho em equipe; c) de oficinas farmacêuticas de capacitação técnica; e d) de programas de educação continuada (BIRULIO et al, 2009, pp. 88-9).[5]
No tocante à qualidade de vida dos trabalhadores a divisão de farmácia busca eliminar ou reduzir os riscos sobre a saúde da força de trabalho através das seguintes práticas: a) saúde ocupacional: riscos com produtos químicos e medicamentos (disponibilização de equipamentos de segurança), e com atividades repetitivas (rodízio de atividades, paradas de descanso e ginástica laboral); b) segurança: riscos com produtos inflamáveis (disponibilização de extintores, chuveiros e hidrantes, depósito específico e cursos de prevenção e combate a incêndio), e os roubos/furtos (disponibilização de câmeras de segurança e armários); c) ergonomia: riscos com mobiliários inadequados (aquisição de mobiliário correto), e com a postura inadequada (ginástica laboral e orientações fisioterapêuticas) (BIRULIO et al, 2009, p. 93).
7º) Processos: identificar e mapear processos institucionais ajuda a prevenir e solucionar problemas, bem como evitar retrabalho e aumentar a produtividade. Neste critério, a divisão de farmácia apresenta o fluxograma da qualidade dos serviços através de indicadores, sendo que os mais contundentes são: a) a taxa de reclamações recebidas e o número de receitas atendidas; b) o número de medicamentos, prescrições e receitas distribuídos; c) o número de colaboradores que realizam visitas técnicas a clientes e fornecedores, o número médio de participantes nos cursos de atualização farmacêutica e o número de publicações; d) o faturamento na venda de produtos e a taxa de execução de planos de ação; e) a taxa de erro de inventário de medicamentos e a taxa de itens de medicamentos em falta; f) a quantidade de notificações de eventos adversos recebidos; g) a economia gerada pela produção de medicamentos; h) os testes físicos, químicos e biológicos realizados em medicamentos; e i) o índice de treinamento (CHAVES; CIPRIANO; PINTO, 2009, p. 6 e 104).
8º) Resultados: os resultados da instituição decorrem do desempenho dos seus processos, os quais evidenciam a gestão quanto à eficiência na oferta dos produtos ou na prestação dos serviços. Os resultados obtidos devem ser relevantes, mostrar tendência ao longo do tempo e ter possibilidades de comparação com outras instituições (CHAVES; CIPRIANO; PINTO, 2009, p. 6).
O FARMACÊUTICO E O ERRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Os erros com medicações podem ser definidos como eventos que possibilitam uma situação inadequada com provável dano ao paciente, mas também como eventos que podem ser evitados. Muitos dos erros ocorridos com medicamentos não são detectados, os quais podem representar tanto um significado clínico mínimo como trazer graves consequências, inclusive a morte. O cuidado com o uso de medicação deve ser contínuo, fazer parte dos sistemas de saúde e envolver todos os profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, aos medicamentos (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 123).
Salienta-se que os erros com medicamentos podem ocorrer em várias fases do processo hospitalar, tanto na prescrição, na seleção (padronização), no preparo, na dispensação e na administração dos medicamentos (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 124).[6]
Os erros com medicamentos normalmente acontecem em função da deficiência de conhecimentos específicos e da mão de obra desqualificada. Assim, a prevenção de erros com medicações depende de um trabalho complexo que envolve toda a equipe multiprofissional de saúde. O farmacêutico hospitalar possui papel fundamental no desenvolvimento e também na implantação de processos que possam prevenir os erros com medicações. Assim, quando o farmacêutico clínico também participa no cuidado ao paciente ele causa, conforme apontam estudos desenvolvidos, um “impacto muito positivo na redução de erros, na prevenção, nas orientações sobre as medicações e nos custos do tratamento do paciente” (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 124).
O profissional farmacêutico representa a última ligação entre o medicamento e o paciente, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), pois, face às condições clínicas do paciente, à complexidade dos fármacos e à variedade diária das prescrições, exige-se uma avaliação farmacoterapêutica bastante meticulosa (BATISTA et al, 2010).
O farmacêutico clínico é fundamental no processo de “minimização de erros ao paciente, uma vez que suas funções interferem tanto no aspecto administrativo quanto no clínico”, sendo peça-chave na orientação da estruturação de processos que possam melhorar os serviços nos pacientes, como, por exemplo, a implantação de serviços de informações sobre medicamentos, de um sistema informatizado de prescrição eletrônica e adequação dos sistemas de dispensação de medicamentos por características setoriais. No entanto, a política governamental dos procedimentos para a prevenção dos erros no âmbito hospitalar deve envolver, além do serviço de farmácia, outros serviços, como a medicina e a enfermagem (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 127). O FARMACÊUTICO NA PREPARAÇÃO DE MISTURAS PARENTERAIS
O principal objetivo da nutrição parenteral (administração intravenosa de nutrientes) é melhorar o estado nutricional dos pacientes. É indicada quando: a alimentação oral não é possível, a absorção de nutrientes é incompleta, e nas situações associadas à desnutrição e em condições especiais. Neste aspecto, é importante que o farmacêutico saiba avaliar a viabilidade da manipulação de misturas parenterais no hospital onde atua. Para isso, o farmacêutico deve estudar a demanda das prescrições de nutrições parenterais. Se a administração hospitalar optar por um laboratório terceirizado, deve-se averiguar a qualidade dos serviços, primordialmente em relação ao transporte e se o manipulador é um farmacêutico (BISSON; CAVALLINI, 2010, pp.173-5).
Entretanto, caso o próprio hospital prefira manipular as nutrições parenterais deverá adotar os seguintes procedimentos basilares: a) instalação de cabine de fluxo laminar (que visa deixar o ambiente limpo, livre de bactérias e demais contaminantes); b) treinamento específico do operador do fluxo laminar (o operador deve utilizar equipamentos como gorro, máscara e avental); c) refrigeradores (a refrigeração adequada das misturas parenterais é essencial, pois a maioria das soluções precisa de temperatura ideal para manter sua estabilidade); d) rotulagem do produto (é imprescindível que as soluções sejam devidamente conferidas e identificadas para a garantia da qualidade do produto e a segurança do paciente, devendo o farmacêutico sempre conferir a formação de gases, turbidez e mudança da coloração das soluções); ainda, e) armazenamento (as soluções completas de nutrições parenterais podem ser armazenadas em temperatura de 2 a 4ºC por um período de 24 horas ou, quando sem adição de vitaminas, por até 72 horas, devendo o farmacêutico observar a cor, a presença de corpos estranhos e a transparência das soluções, pois pode haver reações de incompatibilidade entre elementos da solução ou alterações químicas causadas pela temperatura e luminosidade (BISSON; CAVALLINI, 2010, pp.175-8).
De um modo geral, para obter maior qualidade e segurança em todo o processo, deve-se estar atento a determinados aspectos, como: a) manual de procedimentos contendo a padronização da técnica de preparo, a importância e o uso correto da cabine de fluxo laminar e os cuidados com o transporte e armazenamento das misturas; b) treinamento adequado do pessoal; e c) controle efetivo da qualidade (controle do ambiente, dos testes de esterilidade, da simulação de procedimentos com meio de cultura, do credenciamento de fornecedores etc) (BISSON; CAVALLINI, 2010, pp.178).
O FARMACÊUTICO NA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR
Infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital e que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando pode ser relacionada com a internação ou com os procedimentos hospitalares. A relação entre a infecção adquirida e o paciente, no caso de ser constatada após a alta hospitalar, dependerá do agente infeccioso e o tempo de sua incubação (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 193).
As principais causas das infecções hospitalares são: a) condições da estrutura física e organizacional do hospital (limpeza, higiene, rotinas de trabalho, manuseio do lixo hospitalar, materiais de limpeza, desinfecção e esterilização e o tipo do hospital; b) condições do paciente (idade, higiene, estresse físico e mental, estado alimentar, condições sanitárias e uso indiscriminado de medicamentos); c) condições dos profissionais (respeito às técnicas, normas e rotinas propostas para os procedimentos, conhecimento técnico, conscientização da importância do trabalho individual para a equipe e para o hospital); d) infecções hospitalares mais comuns: pneumonia, infecção de trato urinário, infecção da corrente sanguínea relativas a dispositivos intravasculares, infecção relacionada a implantes e infecções do sítio cirúrgico; ainda, e) indivíduos mais suscetíveis à infecção hospitalar: internados, diabéticos, portadores de doenças pulmonares crônicas, neoplásicos, imunocomprometidos e em tratamento quimioterápico (BISSON; CAVALLINI, 2010, pp. 194-5).
A importância do controle eficaz da infecção hospitalar decorre da necessidade de: a) diminuir o risco e o sofrimento do paciente; b) diminuir o tempo de internação (o que aumenta o número de leitos disponíveis); c) diminuir o custo do tratamento ao paciente e ao hospital, diminuir o risco de doenças nos profissionais; d) melhorar o padrão geral de qualidade do hospital; e) trazer maior segurança a todos os frequentadores do hospital; e f) trazer economia para possibilitar novos investimentos em recursos humanos e materiais (BISSON; CAVALLINI, 2010, pp. 195-6).
As infecções hospitalares são os sintomas mais evidentes da inadequação do sistema de saúde. Em princípio, os profissionais de saúde e o hospital não contaminam voluntariamente seus pacientes, mas, a inobservância de regras básicas de prevenção e controle das infecções hospitalares pode ter consequências drásticas. A maioria das infecções hospitalares tem origem endógena. Por sua vez, a infecção exógena tem como principais causas os dispositivos e equipamentos hospitalares, os profissionais da saúde e o ambiente hospitalar como um todo. Acrescenta-se que os micro-organismos encontram nas excreções eliminadas pelos pacientes (sangue e secreções), os principais meios para sobreviver e proliferar (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 199).
Bisson e Cavallini (2010, pp. 194-5) salientam que a Lei Federal nº 6.431/1997 obriga que o hospital mantenha uma Comissão e um Programa de Controle de Infecções (PCI) que promovam ações voltadas à redução da incidência e gravidade das infecções nosocomiais. Esses autores alertam para o fato de que a Portaria nº 2.616/1998 do Ministério da Saúde determina a racionalização do uso de antimicrobianos, germicidas e matérias médico-hospitalares, bem como que o hospital possua uma política institucional de utilização de antimicrobianos.[7]
A farmácia hospitalar, de acordo com a Portaria nº 2.616/1998, deve seguir as orientações do Ministério da Saúde[8] dispostas no Guia Básico para a Farmácia Hospitalar (1994) e nas publicações que o complementam e/ou o substituem. Sugere-se que o farmacêutico dimensione o consumo de antibióticos por meio do cálculo do porcentual de pacientes que utilizaram essas drogas e da frequência do emprego de cada princípio ativo. Ressalta-se que o Ministério da Saúde (1994) recomenda o método da Dose Diária Definida (DDD) como o melhor indicador da utilização dessas drogas (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 201).
Para Bisson e Cavallini (2010, p. 212) os farmacêuticos devem participar ativamente da seleção dos antimicrobianos e dos agentes antissépticos, desinfetantes e esterilizantes padronizados no hospital. Nos programas de farmácia clínica o farmacêutico pode participar da elaboração de protocolos clínicos para a profilaxia antibiótica e para o uso terapêutico em infecções bacterianas. O farmacêutico também deve trabalhar na orientação e prevenção da infecção hospitalar através de treinamentos conjuntos com as demais equipes profissionais.
CONCLUSÃO
A promoção da saúde no ambiente hospitalar depende da participação ativa e integrada de todos os profissionais da área. Nesse propósito, o farmacêutico precisa fomentar, além da sua capacitação, a sua integração cooperativa com as atividades laborais dos outros membros da equipe de saúde e com a administração da instituição, pois entraves burocráticos costumam inviabilizar serviços satisfatórios.
A eficiência da atividade farmacêutico hospitalar pode ser sentida a partir dos resultados do desempenho funcional (taxas de erros com medicação, quantidade de medicamentos vencidos, casos de infecção hospitalar, entre outros). Neste sentido os erros na administração dos medicamentos podem ocorrer por falhas oriundas em qualquer fase do processo de manuseio, o acompanhamento desse processo pelo farmacêutico clínico auxiliaria no enfrentamento desse problema.
Na promoção da saúde coletiva e individual no ambiente hospitalar o combate às infecções possui extrema relevância.
Sobre esta questão o farmacêutico é colaborador essencial, pois em relação ao espaço coletivo, age na vigilância da limpeza, higiene, respeito da equipe multiprofissional às práticas e rotinas de trabalho implantadas e do manuseio do lixo. Por sua vez, no campo individual esse profissional deve atentar para condições particulares dos pacientes, como a idade, higiene, estresse físico e psíquico, estado alimentar e o uso de medicamentos.
Sob a ótica da responsabilidade socioambiental o farmacêutico hospitalar tem função crucial, pois participa no controle e vigilância da adequação do descarte dos resíduos e embalagens de medicamentos produzidos, adquiridos, utilizados e não consumidos. Além disso, o farmacêutico precisa estar atento às novas tecnologias que venham a otimizar a execução das tarefas e economizar energia.
Um grande obstáculo para a eficiência da farmácia hospitalar é a ineficiência na gestão dos recursos materiais. Por isso, esse setor precisa instituir uma logística que otimize as relações entre informações, transporte, armazenamento, manuseio e distribuição de medicamentos e materiais, pois, falhas nesses processos podem gerar riscos à saúde do paciente e desperdícios financeiros.
A qualificação do farmacêutico hospitalar como promotor de saúde exige que esse profissional desenvolva a capacidade de planejar e desempenhar suas tarefas considerando todos os fatores da realidade que o circunda (recursos humanos, materiais, financeiros, tecnológicos e serviços disponíveis). Sendo que, em referência aos recursos humanos, o setor farmacêutico-hospitalar deve proteger e valorizar sua força de trabalho, pois dela depende a qualidade dos seus serviços.
O aprimoramento da atividade farmacêutico hospitalar está condicionado à observação que esse profissional faz dos resultados dos seus serviços, sendo que, visando uma análise imparcial da sua eficiência, deverá comparar seus resultados com aqueles obtidos por profissionais de instituições congêneres. Ademais, uma posição auto-avaliativa permanente ajuda a identificar as necessárias correções.
Diante do exposto, aponta-se que a melhoria dos serviços prestados pelo farmacêutico hospitalar decorrerá do grau de interesse que esse profissional tiver pelo seu aperfeiçoamento e pela sua integração com os demais profissionais da área e com a organização hospitalar de um modo geral. Ademais, para o farmacêutico se tornar cada vez mais indispensável e valorizado nos hospitais, espera-se que ele desenvolva suas qualidades de líder, mestre, investigador, estudante, administrador, assistente, colaborador e de profissional ético. REFERÊNCIAS
ALMEIDA et al. Planejamento e programação em saúde. In: Gestão de serviços de saúde: descentralização/municipalização. 1ª edição. São Paulo: Edusp, 2001.
ASHTON, J. Ciudades sanas. 1ª edição. Barcelona: Masson, 1993.
BATISTA et al. Importância da intervenção farmacêutica na terapia medicamentosa de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Revista Racine n. 115. Mar/Abr. de 2010, p. 104.
BIRULIO et al. Clientes. In: CHAVES, C. E.; CIPRIANO, S. L.; PINTO, V. B. Gestão estratégica em farmácia hospitalar: aplicação prática de um modelo de gestão para qualidade. 1ª edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
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[1] Bacharel em Farmácia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
[2] Farmacêutica Industrial (Universidade Estadual de Ponta Grossa e Universidade Federal do Paraná), Doutora em Farmacologia (Universidade Federal do Paraná - UFPR/PR) e orientadora de TCC do Grupo Uninter.
[3] Destacam-se os seguintes princípios: interesse na reorientação dos serviços de saúde e na inter-relação dos setores público, privado e voluntário.
[4] Citam-se como práticas sócio-ambientais positivas: torneiras de fechamento automático e interruptores de luz acionados por sensores de movimento.
[5] Nas oficinas técnicas costumam ser discutidos temas como: interações medicamentosas, erros de medicação e atenção farmacêutica.
[6] Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos constatou que 31% dos erros estão vinculados à equipe de enfermagem, 24% a de farmácia e 13% a de médicos (os erros mais comuns são: confusão provocada por embalagens semelhantes, embalagens com informações incompletas, lapsos de memória dos agentes, desconhecimento técnico e prescrição incompleta) (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 124).
[7] A expressão “infecção nosocomial” é sinônima de “infecção hospitalar”.
[8] O Ministério da Saúde, ao avaliar 99 hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), constatou que a taxa de pacientes com infecção hospitalar foi de 13%, sendo que os maiores índices foram encontrados nas unidades de terapia intensiva e de queimados (BISSON; CAVALLINI, 2010, p. 201).
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Patrícia Pozzatto Zambeli
Graduaçao em farmácia, especialista em atençao e assistencia farmaceutica, especialista em farmacia hospitalar
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