Quando uma empresa desenvolve um produto para cabelos é comum pedir uma “ajudinha” aos amigos (as) cabeleireiros, mas como?
Depois de passar pelos testes físico-químicos, testes de performance em mechas, estabilidade, microbiológicos e dermatológicos o produto está quase pronto para ir para as prateleiras, certo? Errado!
Existe uma forma de “colaboração” das empresas com os profissionais dos salões que consiste em (resumidamente) saber sobre a aceitação do produto pelos profissionais que irão comprá-los. Essa colaboração no desenvolvimento (empresas de grande porte tem seus próprios cabeleireiros trabalhando junto com o time de desenvolvimento: Químicos, Farmacêuticos...), mas empresas pequenas costumam oferecer seu produto em desenvolvimento para ser testado antes de produzi-lo em escala industrial em salões comerciais. Esse teste se chama teste de meia cabeça e consiste em: O cabeleireiro seleciona um grupo de voluntários para avaliar se o que estará escrito no rótulo do produto é o que realmente ele proporcionará.
O responsável pelo desenvolvimento entregará um protocolo de aplicação ao profissional com, por exemplo, a quantidade de produto a ser aplicada no teste, tempo de massagem ou de permanência no cabelo, como deve ser o enxágue e muitas outras orientações dependendo do produto e o treinará para avaliá-lo contra outro: Metade do cabelo com o produto a ser testado e a outra metade com um padrão ou concorrente de igual posicionamento de mercado etc. Depois, o profissional irá avaliar características como (dependendo do produto):
- Espuma: Tipo de bolhas, duração, sensação ao toque;
- Limpeza: Detergência;
- Facilidade de uso;
- Espalhamento do produto: Sensorial;
- Facilidade de eliminação com água fria e / ou morna;
- Tempo de secagem a frio ou com secador;
- Sensação do cabelo úmido e seco: Condicionamento;
- Brilho;
- Alisamento.
E muitas outras características de ambos os produtos.
Então, você cabeleireiro (a) não se acanhe quando alguém chegar com uma proposta de testes de meia cabeça. Pode ser uma parceria vantajosa e duradoura para ambas as partes, também para o consumidor já que terá mais um indicativo de que o produto realmente cumpre o que promete sem falar no orgulho de ver o produto nas prateleiras pensar que “eu contribuí no desenvolvimento desse produto!”.
Só tenham o cuidado de verificar se a empresa que propuser essa parceria é uma empresa séria, sólida e os resultados dos testes anteriores como em mechas, estabilidade, microbiológicos e dermatológicos para sua própria segurança e de seus voluntários, no caso, normalmente são os próprios clientes.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Solange Costa Peretti
Química especialista em Cosmetologia - pesquisa e desenvolvimento de produtos cosméticos. Apaixonada por desenvolvimento de produtos e comunicação.
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