Inovação em diagnóstico: Doença de Alzheimer detectável em sangue

Farmácia

06/05/2014

A Doença de Alzheimer (DA), segundo a OMS, já acomete aproximadamente 35,6 milhões de pessoas no mundo. Ainda sem cura, ocasiona no paciente a perda de funções cognitivas devido à morte de células cerebrais.


O diagnóstico, o mais precoce possível, é essencial para que se trate o paciente; no entanto as opções disponíveis para se diagnosticar a DA possuem desvantagens, como, por exemplo, resultado demorado e alto custo.


Com o objetivo de facilitar o diagnóstico de DA, o professor Howard Federoff e seu grupo de pesquisa procuraram por substâncias presentes no sangue dos pacientes que pudessem possibilitar um diagnóstico mais barato, simples e rápido.


Encontraram 10 lipídeos (propionil AC (C3), liso PC a C18:2, PC aa C36:6, C16:1-OH, PC aa C38:0, PC aa C38:6, PC aa C40:1, PC aa C40:2, PC aa C40:6, PC ae C40:6) indicadores da neurodegeneração inicial que ocorre na DA, e capazes de permitir seu diagnóstico, mesmo antes de manifestações clínicas da doença (Mapstone M, Cheema AK, Fiandaca MS, Zhong X, Mhyre TR, MacArthur LH, et al. Plasma phospholipids identify antecedent memory impairment in older adults. Nature Medicine. 2014; in press).


Participaram do estudo 525 indivíduos, de idade igual ou superior a 70 anos, que foram monitorados por 5 anos. Dentre estes, percebeu-se que a análise dos níveis dos 10 lipídeos poderia ser usada para identificar aqueles que em cerca de 2-3 anos apresentariam sintomas de DA.