Allurene® reduz significativamente os sintomas da endometriose
Farmácia
24/04/2014
Allurene® – NOVO MEDICAMENTO PARA ENDOMETRIOSE
O Allurene® (dienogeste) é o primeiro medicamento específico para tratar a dor da endometriose liberado no país pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A endometriose é definida como a presença do tecido que reveste a cavidade uterina fora de sua localização original. É uma doença ainda sem causa conhecida, podendo ser genética, imunológica, inflamatória ou hormonal. Atinge 6 milhões de brasileiras.
O tratamento usual para pacientes com sintomas dolorosos, sem desejo de engravidar, é com analgésicos e hormônios.
Os analgésicos são indicados para alívio dos sintomas, recomenda-se utilizar os AINE´s (antiinflamatórios não esteroidais) visto que a doença pode ter um caráter inflamatório.
Exceção de indicação cirúrgica sem tratamento prévio: cistos de ovário volumosos, suspeita de endometriose no apêndice e lesões que provoquem risco de desobstrução intestinal ou em ureter.
O Tratamento hormonal é feito com análogos do GNRH que suprimem a menstruação, o que ameniza as cólicas e previne a recorrência da doença após cirurgia.
Os progestagênicos são de uso contínuo e podem ser na forma farmacêutica de injeção, implantes, pílulas ou dispositivo intrauterino.
O ideal é pausar o tratamento a cada seis meses pelo risco de perda de densidade óssea.
As vantagens do dienogeste são seu uso prolongado, é por via oral e alivia consideravelmente as cólicas menstruais e a dispareunia.
Para o ginecologista da Unicamp Carlos Alberto Petta, não é a droga definitiva para tratar endometriose, mas é a única novidade nos últimos anos.
Petta afirma, porém, que ainda não foram estudados os efeitos do medicamento em grupos específicos de mulheres com endometriose, como aquelas em que a doença já se instalou no intestino ou na parede externa dos ovários (endometrioma).
AÇÃO
É um progestágeno que inibe a produção do estrógeno no endométrio, sendo que o estrógeno seria o desencadeador da doença.
CONTRAINDICAÇÕES
Distúrbios cardiovasculares, diabetes mellitus com envolvimento vascular.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Anticonvulsivantes, antifúngicos azólicos e antidepressores.
EFEITOS ADVERSOS
Os principais efeitos adversos são alteração do sangramento menstrual, dores de cabeça, desconforto nos seios, depressão, ganho de peso e trombose.
ENDOMETRIOSE
Ainda não seria a cura da doença e o tratamento deve ser adaptado para cada paciente.
Estudos demonstram que quase metade das mulheres com endometriose pode sofrer de infertilidade.
O diagnóstico costuma ser tardio. A mulher leva, em média, sete anos entre o início dos sintomas e a detecção e tratamento da doença.
Entre as mais jovens (abaixo dos 20 anos), o tempo é ainda maior: 12 anos.
A demora do diagnóstico associa-se ao avanço da doença motivada pela falta de informação e acesso aos serviços de saúde pelas pacientes e despreparo dos profissionais médicos frente a uma doença enigmática.
O Ministério da Saúde estuda montar um programa com capacitação de médicos do SUS para um diagnóstico mais rápido e eficaz da doença. Hoje, o tratamento está disponível, principalmente, em centros médicos ligados às universidades públicas.
Fonte de pesquisas:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/61944-brasil-aprova-droga-para-endometriose.shtml
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Rosana de Souza Gonçalves Portela
Farmacêutica-bioquímica com especialização em Atenção Farmacêutica pela Unifal (Universidade Federal de Alfenas/MG). Cursos de atualização em Farmácia Magistral e Farmacologia Clínica em Psicofármacos. Farmacêutica técnica responsável em farmácia de manipulação desde 2005. Docente do curso Auxiliar de Farmácia na Microlins/Alfenas desde setembro de 2015. Palestrante autônoma do Senac/Alfenas.
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