Travesseiros: o perigo dorme ao lado

O travesseiro tem nosso cheiro, apegos e hábitos pessoais que surgiram durante a sua utiliza
O travesseiro tem nosso cheiro, apegos e hábitos pessoais que surgiram durante a sua utiliza

Farmácia

17/04/2014

Você já parou para pensar há quanto tempo você dorme com o mesmo travesseiro? Há quantos dias ele não é higienizado de forma adequada? São perguntas que provavelmente você deve estar questionando, qual a relevância delas na sua saúde.

Irei, através deste informativo, explicar que o travesseiro tem uma limitação de tempo durante o seu uso, quais são os cuidados apropriados que devemos ter com eles e as doenças advindas de um uso sem as devidas cautelas, como as alergias e problemas respiratórios.

Dentre os diversos tipos de travesseiros, encontramos no comércio os de espuma viscoelástica, plumas e penas de ganso, de poliuretano e os de microfibras. O conforto e o preço são um dos fatores decisivos no ato da compra.

Geralmente, a maioria das pessoas não tem a preocupação necessária com esses bem de consumo no decorrer dos anos, principalmente com os travesseiros fabricados com matérias primas provenientes das plumas de ganso, que estão mais propensas a absorver umidade, bactérias e fungos e apresentam um preço superior comparado com os demais encontrados.  

Atualmente, a fabricação do travesseiro feito com penas de ganso, é realizada com plumas esterilizadas, mas isso não é garantia de que os agentes causadores de alergias não possam desencadear crises ou intensificar os sintomas com o tempo.

Embora sejam muito confortáveis e leves, com certo tempo de uso, estes tipos de travesseiro podem soltar algumas plumas e exalar um odor bem característico se não forem expostos ao sol e ventilação algumas vezes durante a semana, sendo importante seguir as instruções do fabricante. Uma das recomendações é a utilização de capas protetoras, que devem ser lavadas regularmente para ajudar a manter a vida útil do travesseiro.

Ao realizar uma nova aquisição, seja de qual for a composição do material, a resistência à troca de travesseiro é compreensível. Isso acontece devido ao desconforto inicial com a nova peça, que pode durar de sete a dez dias. Este período de adaptação é normal, pois o travesseiro tem nosso cheiro, apegos e hábitos pessoais que surgiram durante a sua utilização.

Vamos procurar refletir sobre os muitos anos de uso do seu travesseiro, a umidade absorvida quando se toma banho e logo em seguida dorme-se com os cabelos molhados sobre eles, suores noturnos, secreções dos olhos e nariz (coriza) e os ácaros que foram acumulados durante este tempo.

Todas essas secreções são abastecimentos ideais para o desenvolvimento de fungos, bactérias e ácaros e os nossos travesseiros acabam virando fontes de contaminação durante o sono. Por questões de higiene e saúde, chega uma hora que, mesmo o travesseiro estando em bom estado, é hora de realizar a compra de outro. Então, o ideal é trocá-lo a cada dois anos, no mínimo.

Fique atento, não devemos “Dormir” quando o assunto se trata de nossa saúde!

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Bruno Fernandes Costa

por Bruno Fernandes Costa

Bacharel em Farmácia pelas Faculdades INTA; Tecnólogo Superior em Análises Clínicas pela instituição Residência Saúde; Mestrando em Gestão em Saúde pela Universidades Ibero Americanas (UNIBAM).

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