Desinfecção e Esterilização no setor de Microbiologia

É necessário realizar uma esterilização frequentemente
É necessário realizar uma esterilização frequentemente

Farmácia

08/08/2013

Introdução

A microbiologia é definida como a biologia dos organismos microscópicos que relaciona os organismos “invisíveis a olho nu”, pelo seu tamanho, com as principais doenças infecciosas do homem e de seus animais domésticos.

Os microrganismos são encontrados em todos os ambientes, incluindo solo, ar, água e participam de todas as funções vitais.

Previamente vamos definir os termos que estudaremos nesse trabalho, como limpeza que é o processo no qual a remoção da sujeira e do mau odor é feita com água e sabão detergente, já a desinfecção, é o processo de destruição dos microrganismos em forma vegetativa, mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos. Falando em destruição de microrganismos, falaremos de esterilização, que é a destruição total de todas as formas de vida microbiana diante da aplicação de agentes físicos ou químicos, com o uso de estufas e autoclaves.


Fundamentação Teórica

Desinfecção


A desinfecção é definida como a destruição parcial dos microrganismos presentes em um determinado ambiente. Os métodos de desinfecção pretendem principalmente destruir as formas microbianas patogênicas ao homem, por meio da utilização de um agente desinfetante ou antimicrobiano.

Os diversos tipos de agentes antimicrobianos podem ser divididos em três grupos: agentes químicos, físicos e quimioterápicos. O grau de eficiência de cada um deles é dependente da concentração ou intensidade, das condições do ambiente e do estado das células.


Esterilização
A esterilização é o processo de eliminação completa de todas as formas vivas de um material ou ambiente. Por meio da esterilização dos meios de cultura e do instrumental usado nos trabalhos, o isolamento e a manutenção das culturas puras de microrganismos se tornaram possíveis.

A esterilização pode ser feita por diferentes processos que empregam métodos físicos e métodos químicos. Normalmente são utilizadas embalagens para acondicionar os materiais durante a esterilização para evitar contaminação posterior.

A eficácia da esterilização é monitorada pelo emprego de indicadores. A maioria dos protocolos requer treinamento especial para adequada preparação dos instrumentos com remoção de toda matéria orgânica, o correto preenchimento da câmara e operação do ciclo de esterilização dentro dos parâmetros definidos.

Os métodos mais utilizados são: calor úmido, que provoca a inativação ou coagulação das proteínas dos microrganismos (autoclavagem) e o calor seco, que provoca a eliminação dos microrganismos pela oxidação e queima das proteínas (forno de Pasteur e chama).

Em microbiologia a autoclavagem é utilizada na esterilização de material usado na preparação do meio de cultura e esterilização em geral. O vapor d’água sob pressão e uma temperatura superior a 100ºC destroem os microrganismos e seus esporos, quando produzidos, em um curto espaço de tempo.

Tanto o forno de Pasteur como as esterilizações pela chama são processos que requerem temperaturas elevadas por longos períodos.

O processo de esterilização deverá ocorrer da seguinte maneira: Realizar limpeza/desinfecção, utilizando solução de detergente enzimático diluído, conforme orientação do fabricante, colocando-o em recipiente exclusivo para este fim emergido por 4 minutos, Enxaguar em água corrente, secar com pano limpo; Colocar na estufa por 01 hora a uma temperatura de 170°C sem interrupção. Não abrir a estufa durante este período; Retirar as peças da estufa e colocá-las em uma caixa (plástica ou metal) fechada. As peças que forem de material plástico deverão ser desinfetados imediatamente após o uso friccionando-os com álcool a 70% e pano limpo.


Limpeza
A Limpeza é o ato de retirar impurezas de um corpo, de um material ou de um local.

A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de energias química, mecânica ou térmica, num determinado período de tempo. Consiste-se na limpeza de todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas das Unidades de Saúde. É imprescindível que se utilizem critérios de classificação das áreas para o adequado procedimento de limpeza.

Os métodos de limpeza de superfícies podem ser classificados de três formas: limpeza úmida, limpeza molhada e limpeza seca.

Limpeza úmida: consiste-se em passar pano ou esponja, umedecidos em solução detergente ou desinfetante, enxaguando, em seguida, com pano umedecido em água limpa. Esse procedimento é indicado para a limpeza de paredes, divisórias, mobiliários e de equipamentos de grande porte.

É importante ressaltar que a limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é limitada para a remoção de sujidade muito aderida. Na limpeza terminal é necessária a utilização de métodos mais eficientes para a remoção de sujidades, como a mecanizada.

Limpeza molhada: consiste-se na limpeza de pisos e de outras superfícies fixas e de mobiliários, por meio de esfregação e de enxágue com água abundante, sendo utilizada principalmente na limpeza terminal. Na sua realização em pisos recomenda-se o uso de máquinas automáticas que lavam, enxáguam e aspiram ao mesmo tempo, principalmente em áreas que não possuam ralos.

Limpeza seca: consiste-se na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador.


Conclusão
Conclui-se desse trabalho a diferença entre desinfecção e esterilização dentro de um laboratório de microbiologia. Vimos que a desinfecção é apenas a destruição parcial dos microrganismos já a esterilização é a destruição total dessas formas vivas. O conceito de limpeza não serve para nenhuma dessas duas formas de destruição de microrganismos, pois a limpeza é apenas a retirada da sujeira e não dos microrganismos.


Bibliografia
Apostila do Curso de Microbiologia Geral do Portal Educação, 2012.

Retirado do site: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Limpeza), no dia 12 de junho de 2013, às 14 horas.

Retirado do site: (http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/comissao/desin/i16limpdesinfecsuperficie.pdf), no dia 12 de junho de 2013, às 14h:30min.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Giuliana Zardeto Sabec

por Giuliana Zardeto Sabec

Farmacêutica Generalista (UNIPAR), Mestre em Ciências Farmacêuticas (UEM), Especialista em Análises Clínicas (UNINGÁ) e Especialista em Farmacologia e Interações Medicamentosas (UNINTER). Cianorte, Paraná, Brasil .

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