O uso irracional de medicamentos pode ter consequências
Farmácia
30/07/2013
Estudos mostram que no ano de 2009, os casos de intoxicações por medicamentos representaram 26,46% dos casos de intoxicações registrados. Em 2010 esse valor foi de 27,74%. Em 2009, do total de 101086 intoxicações registradas e 409 óbitos, 26753 casos e 71 óbitos foram por medicamentos. Em 2010, do total de 86700 intoxicações registradas e 388 óbitos, 24056 casos e 67 óbitos foram por medicamentos.
O farmacêutico é o profissional de saúde que exerce papel fundamental na promoção e proteção à saúde, orientando sobre o uso de medicamentos, suas consequências e seus benefícios.
A automedicação pode trazer danos à saúde. As pessoas usam o medicamento por conta própria, por indicação de um amigo, vizinho ou pessoa próxima. Isso pode ser perigoso, uma vez que a pessoa utiliza o medicamento em quantidade errada e por tempo inadequado.
Usar medicamentos de forma errada pode trazer muitos danos, inclusive fazer com que uma doença se torne ainda mais grave.
Medicamentos podem sofrer alterações quando administrados concomitantemente com outros medicamentos, ou mesmo com alimentos. Os efeitos podem ser de potencialização ou diminuição dos efeitos, e até mesmo produzindo formação de novas substâncias tóxicas ao organismo.
Por isso, é muito importante se informar com um médico ou farmacêutico sobre a utilização do medicamento.
O difícil acesso aos serviços de saúde tem levado as pessoas à automedicação, mas não se pode concluir que é só devido a isto, e que informações sobre medicamentos não chega às pessoas. Na compra do medicamento é fundamental a presença do farmacêutico para orientação do uso correto dos medicamentos, inclusive dos que são de venda livre sem prescrição médica.
O papel fundamental e de grande importância do farmacêutico é a atenção farmacêutica, promovendo o uso racional de medicamentos. Seja ele nas drogarias, nas farmácias privadas e públicas, hospitalares, enfim, no ato da dispensação essa orientação deve ser prestada, a fim de que a pessoa que vai utilizar o medicamento não esteja duvidosa ou confusa, utilizando o medicamento de forma correta e adequada.
O farmacêutico deve avaliar a dose, como vai ser utilizado, o tempo de tratamento e a adequação da forma farmacêutica, seguindo as necessidades do paciente.
O uso não racional do medicamento pode trazer consequências e prejuízos: progressão da enfermidade, aumento das reações adversas por uso inadequado, iatrogenia, aumento dos custos com tratamento, insucesso terapêutico, interações medicamentosas, resistência, farmacodependência, pouca eficácia, intoxicações e até levar a morte.
Medidas de promoção ao uso racional de medicamentos devem ser tomadas. Propagandas devem ser limitadas, pois estimulam a automedicação; mascaram o produto mostrando apenas os benefícios. O Governo Brasileiro criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a qual coordena o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. A ANVISA autoriza o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação de produtos farmacêuticos; regulamenta, controla e fiscaliza esses produtos que podem oferecer riscos à saúde, regulamentando também a propaganda de medicamentos. Uma importante ação do Governo foi a implementação da Política Nacional de Medicamentos, com propósito de garantir segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos; promoção do uso racional e o acesso da população aos medicamentos essenciais.
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