O Barbatimão

O gênero Stryphnodendron Mart é membro da família Leguminosa
O gênero Stryphnodendron Mart é membro da família Leguminosa

Farmácia

25/04/2013

O gênero Stryphnodendron Mart é membro da família Leguminosa. Stryphnodendron polyphyllum Mart., Stryphnodendron obovatum Benth e Stryphnodendron adstringens Mart., são árvores do cerrado brasileiro, conhecidas popularmente por “barbatimão. Na medicina caseira, o decocto das cascas desta planta é amplamente empregado na maioria das regiões do Brasil no tratamento da leucorréia, hemorragias, diarreia, hemorroidas, para limpeza de ferimentos e na forma de gotas contra conjuntivite (NUNES et al., 2003).

Composição química
Estudos identificaram a composição química farmacologicamente ativa do barbatimão, demonstrando que os taninos estão presentes em todas as espécies. A unidade prodelfinidina forma o tanino condensado. Esta unidade é formada por galocatequina ou epigalocatequina.

Estudos recentes com extratos de Stryphnodendron adstringens demonstraram que seus taninos tiveram ação benéfica no tratamento de feridas, na cicatrização e como agente anti-inflamatório (FALCÃO et al., 2005).

Os taninos promovem a cicatrização das feridas, através de certos mecanismos celulares como a quelação de radicais livres e espécies reativas de oxigênio, promovendo a contração da ferida e o aumento da formação de vasos capilares e fibroblastos (DETERS et al., 2001).

Atividade farmacológica
Os taninos têm sido usados na dermatologia devido a sua propriedade adstringente, na qual afeta positivamente a reconstituição das feridas. Quando aplicado diretamente na pele, ou na mucosa, os taninos causam precipitação das proteínas, na qual formam uma superfície impermeável a agentes nocivos, formando uma estrutura coloidal (Haslam et al., 1989).

Esta ação adstringente evita a formação de um meio de crescimento favorável à bactéria (SCHULZ et al, 2002). Os taninos também promovem vasoconstrição capilar, na qual diminui a permeabilidade vascular causando um efeito anti-inflamatório local (KAPU et al., 2001), impedindo a formação de exsudatos e o desenvolvimento de microrganismos.

O mecanismo pelo qual o barbatimão estimula a proliferação de queratinócitos na cicatrização ainda é desconhecido (Sanches, 2004). Acredita-se que os taninos podem agir diretamente, estimulando a mitose e prevenindo o desenvolvimento do edema no sítio da lesão (SANCHEZ NETO et al., 1993).

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