Parasitismo - Relações íntimas, dependentes e duradouras

Parasitismo é a interação ecológica
Parasitismo é a interação ecológica

Farmácia

24/04/2013

Parasitismo é a interação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, em que os parceiros (hospedeiro e parasito) estabelecem entre si relações íntimas e duradouras com certo grau de dependência metabólica. Geralmente o hospedeiro proporciona ao parasito todos os nutrientes e as condições fisiológicas requeridas por este.

É importante salientar que um processo de adaptação recíproco, de compatibilidade ou de baixa virulência do parasitismo, assegura a sobrevivência de ambas as espécies. O parasito só poderá seguir existindo se não destruir toda a população de seus hospedeiros ou não impedir a reprodução destes; caso contrário a espécie parasitária desapareceria.

Especificidade de Hospedeiros

Segundo as necessidades particulares de cada parasito (sejam elas de ordem metabólica ou de outra natureza), ele exigirá apenas determinada espécie de hospedeiro ou um grupo de diferentes espécies ou, ainda, grande variedade e gêneros distintos.

Se o parasito exigir apenas uma espécie de hospedeiro para completar seu ciclo biológico, será dito monoxeno e, se a espécie for sempre a mesma, será considerado estenoxeno, como o Ascaris lumbricoides que só parasita a espécie humana.

Ao contrário, parasitos heteroxenos são aqueles que necessitam passar obrigatoriamente por dois ou mais hospedeiros. Um deles é o hospedeiro definitivo e os demais são considerados hospedeiros intermediários, para que os parasitos possam completar seu ciclo biológico. Assim, a tênia do porco (Taenia solium), por exemplo, só parasita o homem na fase adulta.

Tipos de Adaptações ao Parasitismo

A adaptação é a marca do parasitismo. Ela evoluiu de forma a proporcionar um melhor relacionamento do parasito com seu hospedeiro. E esta evolução feita à custa de adaptações tornou o invasor (parasito) mais e mais dependente do outro ser vivo (hospedeiro). As adaptações são principalmente morfológicas, fisiológicas e biológicas.

As principais modificações ou adaptações são as seguintes:

a) Morfológicas:
• Degenerações: representadas por perdas ou atrofias de órgãos locomotores, aparelho digestivo, entre outras.
• Hipertrofia: encontradas principalmente nos órgãos de fixação, resistência ou proteção e reprodução.

b) Biológicas:

• Capacidade reprodutiva: para suplantar as dificuldades de atingir novo hospedeiro e escaparem de predação externa, os parasitos são capazes de produzir grandes quantidades de ovos, cistos, ou outras formas infectantes.
• Tipos diversos de reprodução: outros tipos permitem uma reprodução mais fácil ou mais segura como, por exemplo, hermafroditismo, partenogênese, poliembrionia, esquizogonia.
• Capacidade de resistência à agressão do hospedeiro: presença de enzimas que neutralizam a ação dos sucos digestivos; capacidade de resistir à ação de anticorpos; capacidade de induzir imunossupressão.
• Tropismos: os diversos tipos de tropismos são capazes de facilitar a propagação, reprodução ou sobrevivência de determinada espécie de parasito.

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