Métodos Qualitativos: ''Veneral Disease Research Laboratory" (VDRL)
Quando o teste VDRL for negativo será compatível a um indivíduo sem sífilis
Farmácia
13/02/2013
O VDRL é um teste sanguíneo rotineiramente utilizado o diagnóstico da sífilis, mas que também tem sido aplicado no seguimento terapêutico desta doença.
A base do VDRL consiste no uso de um anticorpo que é produzido pelo paciente com sífilis e que reage contra cardiolipina, presentes em numerosos tecidos e que atingem elevados níveis na infecção por Treponema pallidum.
O VDRL pode permanecer reagente por longos períodos, mesmo após a cura da infecção, porém, apresenta quedas progressivas em suas titulações, até que se torna não reagente. Desta forma, esse teste é indispensável para o seguimento da sífilis pós-tratamento. Recomenda-se que o exame seja realizado de seis em seis meses até o final do segundo ano.
No caso dos recém-nascidos não infectados, eles podem apresentar os anticorpos maternos e por isso, o teste será reagente até o 3º mês de vida. Isto significa, que se o diagnóstico for realizado dentro do período de nascimento do bebê até o seu terceiro mês de vida, o resultado será falso-positivo.
Muitas outras condições podem gerar resultados falso-positivos como viroses (mononucleoses, hepatites), drogas, gravidez, febre reumática, artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, malária e lepra. Desta forma, apesar de apresentar alta sensibilidade, o VDRL apresenta baixa especificidade.
Em geral, para os indivíduos adultos, quando o teste VDRL for negativo, será compatível a um indivíduo sem sífilis. Entretanto, indivíduos podem ser negativos para VDRL e ainda terem sífilis, uma vez que nos estágios iniciais da doença, o VDRL em geral é negativo e esta condição é denominada falso-negativo para VDRL.
A titulação do VDRL ocorre através da aglutinação do sangue que é proporcional à quantidade de anticorpos presentes no sangue, podendo diluí-lo 1, 2, 3 ou 4 vezes mais até que a reação não aconteça mais. No entanto, os títulos de VDLR são considerados positivos quando 1/16 ou superiores.
Neste teste, aproximadamente 1% dos pacientes com sífilis na fase secundária (as diferentes fases da sífilis será visto no Módulo IV), apresenta o efeito pró-zona. Este efeito consiste no excesso de anticorpos no indivíduo a ser testado, proporcionando um resultado falso-negativo. Isto porque, quando há excesso de anticorpos, não há a zona de equivalência necessária para a visualização do resultado de um teste. Mas, tal fenômeno ocorre quando o soro não for diluído e por isso existe a necessidade de diluí-los de 1/16 ou mais.
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por Colunista Portal - Educação
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