01/01/2008
Sorria - A Felicidade é um Revólver Quente ?
Sorria: Apesar da tristeza ocasional por causa de algum momento grave de solidão, da partitura rude de sua angústia, do carrossel inaceitável do medo, Sorria sempre. Seu sorriso apesar de tudo, pode não melhorar completamente seu coração partido, seu circunstancial problema depressivo, sua inoportuna falta de grana, mas pelo menos vai sempre aproximar pessoas certas de você (não vão se afastar por causa de sua carranca), e, graciosas pessoas por perto, pertinho de seu sorriso mais trancham, sempre vão fazer bem, aliviar pesos extras, fazer você se sentir melhor, talvez até ponto céus na sua passageira melancolia. Sorria: Na pior hora até, a hora da perda fatal, não deixe se dominar pela falta de algum sol dentro de sua real grandeza íntima. Não deixe que um egoísmo de posse invalide trajetórias e cumprimento de veredas escritas muito antes de nós. Você é mais forte do que parece. Do que sabe. Melhor ainda: sorrindo, pode ser que o anjo que partiu primeiro, de onde estiver dando as últimas sondagens (antes de deixar para sempre essa dimensão), compreenda feliz e orgulhoso, que você é especial, pois nem a morte venceu o seu cândido sorriso de harmonia. Sorria: Quando o amor de sua vida disser adeus, por um motivo ou outro - até aquele amor que é para sempre, um dia acaba? - vai levar de você, num último átimo de instante de final de relação, não aquelas somas de falatórios, cárceres de neuras, problemas de convivências - qualquer desculpa que ele porventura possa ter - mais o seu sorriso mais luz, o seu sorriso cheio de candura e confiança na humanidade, no amor, na grandeza de cada recomeçar, de cada aprimoramento ou novo momento de refazer percursos de lutas, de buscas e de razões para ser feliz que é isso que valem os canteiros de sonhos e uma sua altiva ilha de fantasia. Sorria: Porque, afinal de contas, sorrir faz bem para a pele (tira nódoas e ferrugens existenciais), para a alma (liquida de vez o pessimismo e a tentação dele), para o coração (o sangue corre limpo com a consciência-luz do sorriso), e, você sabia, até a velhice é retardada com maviosos sorrisos por atacado? Você já reparou que ficam mais velhas, rapidamente, dolorosamente até, as pessoas ranzinzas, azedas, complicadas, reclamadoras (sempre com problemas), pois parece que tomaram picolé de Chuchu e não gostaram da porfia? Sorria: Porque sorriso atrai luz, fomenta a paz, fermenta bons fluídos, e coloca teares de positivismos nos estandartes de somas e elos. E depois, muito cuidado, amarguras atraem doenças terminais, dão dores irreversíveis no espírito, e aquela boba depressão sazonal pode bem ser revertida se você sair pela rua cumprimentando os outros, distribuindo afetos, fazendo um novo trabalho manual, terminando um curso, participando de comunidades solidárias, teimando por causas humanistas, sendo voluntária em crises sociais, abraçando pessoas e sorrindo pra refrigerar a alma do próximo com virtude e alegria. Sorria: Deus mora no altar do sorriso. É o palácio dele esse glorioso nosso zíper natural de sorrir inteiro e maduro. Ele é a razão de ser de tudo. Quem está com ele, e, sorrindo, no amor e na dor, se fortalece sempre. Cria estrutura. Fica forte e digno. Brilha o ser que sorri. Mesmo que, eventualmente - como dizia balada dos anos 60 - a "Felicidade seja um revólver quente", que o seu sorriso seja benéfico xarope de amor para a sua alma iluminada, ungüento de paz para o seu coração proocurador, irradiador de proezas para a sua vida de eterna aprendiz, e, lembre-se, depois de um sorriso doce, os anjos dizem amém aos nossos sonhos, e os nossos problemas viram pó, soluções magnas aparecem do nada, respostas prontas vêem em mãos estendidas e braços abertos, e, sorrindo sempre, você pode muito bem, quem sabe, quando chegar ao Céu de Todas as Honras, ver que lá, no Banco Novo Mundo, tem enorme crédito de afeto e energia para recepcionar você, porque você passou a vida inteira depositando na poupança da vida eterna, o seu sagrado e magnífico sorriso de cada dia! Sorria!
Texto da Série Inventários e Partilhas - Crônicas Sobre a Prática Educacional Vivenciada Poeta Prof. Silas Corrêa Leite - Educador pós graduado em Jornalismo, Literatura, Inteligência Emocional, Filosofia, Comunicação e Didática de Terceiro Grau - Autor do Livro Virtual ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS (Romance Místico) No site: www.hotbook.com.br/rom01scl.htm Outros: www.itarare.com.br/silas.htm E-mail: poesilas@terra.com.br Sites pessoais: www.poetasilas.hpg.com.br www.silaspoeta2222.kit.net
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