30/04/2012
Remédio Natural refere-se, inespecificamente, a formas de tratamento através de recursos naturalmente obtidos no meio ambiente.
Esse conceito é fácil de ser compreendido, uma vez que, por definição, remetido é tudo o que serve para debelar ou atenuar um mal físico ou moral (TREVISAN, 2007), incluindo também o mental e o psicológico, e natural é aquilo que não sofre processamento industrial ou adição de produtos químicos.
Esta forma, remédio natural define, basicamente, o uso de substâncias obtidas da natureza, sem processamento ou adição de produtos quimicamente elaborados, como forma de tratamento, como por exemplo, a fitoterapia tradicional, a terapia floral, o uso de alimentos naturais, entre outros.
Mais difundido como remédio natural, o uso de plantas medicinais é muito utilizado no Brasil e no mundo, em suas diferentes formas de utilização:
· Fitoterápicos – medicamento tecnicamente elaborado, empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, pós, e outros). Exemplos: pomada de arnica, cápsulas de ginkgo;
· Droga vegetal - planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e de secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Exemplos: folha seca de guaco, ginseng em pó;
· Planta in natura – planta medicinal recém-colhida. Exemplos: chás, cataplasmas. (BRASIL, 2005)
É importante ressaltar que o Brasil conta com a maior diversidade genética vegetal do mundo, com um total estimado entre 350.000 e 550.000 espécies, das quais apenas 55.000 estão catalogadas (SIMÕES et al.2001).
Talvez por isso, a utilização de plantas no combate a patologias, sobretudo no Brasil, ocorre em larga escala, até porque essa prática remonta desde antes do descobrimento, onde os índios, grande detentores do conhecimento do poder de cura pela natureza, faziam da floresta sua farmácia (COSTA, 2006).
Convém ressaltar, contudo, que ainda que utilize o termo ‘Natural’, os remédios naturais, como bom exemplo das plantas, exercem efeito farmacológico, e como tal não estão isentas de efeitos adversos, requerendo cuidados e orientações específicas.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário Nacional / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. 174 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
COSTA, Ronaldo de Jesus. Avaliação do potencial mutagênico de infusão e decocto de Bidens pilosa Liné (picão – preto) e infusão e extrato etanólico de Mikania glomerata Sprengel (guaco) in vitro, por meio de ensaio do cometa e teste de micronúcleo. 2006. Dissertação (Mestrado em Genética e Biologia Molecular - Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR.
SIMÕES, C.M.O.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P.R. (Orgs.) Farmacognosia: da planta ao medicamento. Ed. UFRGS / Ed. UFSC, Porto Alegre/Florianópolis, 2001. 821p.
Trevisan, R. (coord.). Moderno dicionário da língua portuguesa. Melhoramentos Ltda. 2007. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=rem%E9dio>. Acesso em: 27 abr.2012.
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Farmacêutico e Bioquímico Especialização em Farmacologia Mestre em Genética e Biologia Molecular Tutor de Ensino a Distância - Portal Educação
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