Extratos Vegetais empregados em Cosméticos

O emprego dos vegetais como alimento, medicamento ou cosmético
O emprego dos vegetais como alimento, medicamento ou cosmético

Estética e Beleza

28/04/2016

Extratos Vegetais empregados em Cosméticos

O emprego dos vegetais como alimento, medicamento ou cosmético, tem sido utilizado pelo homem da face da Terra há muitos anos. Os estudos da arqueologia demonstram que há mais de 3.000 anos as ervas eram utilizadas para esses fins.


FITOTERAPIA:

A história da fitoterapia se confunde com a história da farmácia, em que até o século passado medicamentos eram basicamente formulados à base de plantas medicinais.


O descobrimento das propriedades curativas das plantas foi, no início, meramente intuitivo ou, observando os animais que, quando doentes, buscavam nas ervas cura para suas afecções.


Foram os gregos, e mais tarde os romanos, que herdaram e aperfeiçoaram os conhecimentos egípcios médicos a partir das plantas. Hipócrates reuniu a totalidade dos conhecimentos médicos de seu tempo no conjunto de tratados conhecidos pelo nome de Corpus Hipocraticum, onde, para cada enfermidade, descreve um remédio vegetal e o tratamento correspondente.


No início da era cristã, Dioscórides, inventariou, no seu tratado De Matéria Médica, mais de 500 drogas de origem vegetal, mineral ou animal.


Finalmente, o grego Galeno, ligou o seu nome ao que ainda se domina “farmácia galênica”, onde as plantas não são mais usadas na forma de pó e sim em preparações, nas quais são usados solventes como álcool, água ou vinagre, e servem para conservar e concentrar os componentes ativos das plantas, sendo utilizadas para preparar formas galênicas.


A partir do século XV houve uma preocupação em catalogar um grande número de vegetais, identificando-os e classificando-os de acordo com a procedência, e características dos princípios ativos.


Finalmente, os esforços de classificação culminam, em 1735, com a publicação do Systema Naturae, de Lineu.


Nos dias atuais, o estudo das plantas está muito difundido, principalmente nas Faculdades de Farmácia, e a cada dia apresentam-se trabalhos científicos sobre as plantas, sua composição e a sua ação terapêutica, bem como a melhor forma galênica de apresentação e utilização.



Fitocosmética:

A fitocosmética pode ser definida como o segmento da ciência cosmetológica que se dedica ao estudo e à aplicação dos princípios ativos extraídos dos vegetais, em proveito da higiene, da estética, da correção e da manutenção de um estado normal e sadio da pele.

O emprego dos produtos vegetais para fins de embelezamento encontra referências há milhares de anos.

A grande incidência de plantas aromáticas na China e Índia, levou às extrações de óleos essenciais



Aromaterapia:

A aromaterapia pode ser considerada uma disciplina especializada da fitoterapia. É a ciência que estuda os óleos essenciais e sua aplicação terapêutica.

A aromaterapia foi descoberta recentemente, pois sabe-se que desde a antiguidade os óleos essenciais eram utilizados como conservantes dos alimentos, e para preparar perfumes e unguentos.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS PARA USO TERAPÊUTICO E COSMÉTICO

a) Produtos obtidos por tratamentos mecânicos:

- Plantas empregadas in natura
- Pós vegetais
- Polpas
- Produtos líquidos obtidos por expressão (suco fresco de planta)


b) Produtos obtidos por ação do calor:
- por destilação: - óleos essenciais
- águas destiladas (hidrolatos)
- alcoolatos


Óleos essenciais: são compostos aromáticos, geralmente voláteis, retirados dos vegetais. São extraídos por destilação, por expressão ou por extração por solvente.

São muito utilizados na perfumaria e também na aromaterapia.


c) Produtos obtidos utilizando a ação de um solvente:
- álcool: tinturas, TM
- água: infusos e decoctos.
- solventes diversos: propilenoglicol, glicerina.


TINTURAS VEGETAIS:
são preparadas a temperatura ambiente pela ação do álcool sobre uma erva seca. Na maioria das vezes se utiliza um álcool a 60° G.L. – 20%


TINTURAS-MÃE: são definidas como preparações líquidas resultantes da ação dissolvente de um veículo alcoólico sobre drogas de origem vegetal ou animal. O título alcoólico varia de acordo com a substância.

Para a preparação de tinturas-mãe devem ser observados alguns cuidados na hora da colheita. São mais utilizadas – homeopatias.


EXTRATOS GLICÓLICOS: são obtidos por processo de maceração ou percolação de uma erva em um solvente hidro-glicólico, podendo ser este o propilenoglicol ou a glicerina. Estes extratos normalmente são utilizados nos fitocosméticos. A relação erva/solvente varia, sendo que normalmente se utiliza a relação indicada para as tinturas vegetais.

Os extratos glicólicos são indicados para a aplicação em soluções aquosas, géis, emulsões água/óleo e tensoativos (sabões, banhos de espuma, xampus).
PRINCÍPIOS ATIVOS VEGETAIS:

Os princípios ativos das plantas medicinais são substâncias que a planta sintetiza e armazena durante o seu crescimento. No entanto, nem todos os produtos metabólicos sintetizados possuem valor medicinal.

Em todas as espécies existem ao mesmo tempo princípios ativos e substâncias inertes.

Geralmente, numa mesma planta, encontram-se vários componentes ativos, dos quais um ou um grupo determina a ação principal.

Quando isolado este princípio ativo, normalmente apresenta ação diferente daquela apresentada pelo vegetal inteiro, ou seja, pelo seu fitocomplexo.

Os princípios ativos não se distribuem de maneira uniforme no vegetal. Concentram-se preferencialmente nas flores, folhas e raízes, e, às vezes nas sementes, nos frutos e na casca.

Outra característica dos vegetais é que não apresentam uma concentração uniforme de p.a. durante o seu ciclo de vida, variando com o habitat, a colheita e a preparação.



PRINCIPAIS PRINCÍPIOS ATIVOS DOS VEGETAIS:

ALCALÓIDES: formam um grupo heterogêneo, de substâncias orgânicas, definido pela função amina, raramente amida, que dá a suas constituintes propriedades químicas próprias, às quais se alia uma toxicidade elevada e, muitas vezes, uma atividade farmacológica notável.
Ex.: atropina, morfina, cafeína e a quinina.


TANINOS: componentes vegetais que possuem a propriedade de precipitar proteínas da pele e das mucosas, transformando-as em substâncias insolúveis.

Os taninos possuem ações adstringentes, antissépticas e antidiarreica.


FLAVONÓIDES: formam um grupo muito extenso, pelo nº dos seus constituintes naturais e ampla distribuição no reino vegetal.
Propriedades farmacológicas: ação sobre os capilares, ação em determinados distúrbios cardíacos e circulatórios.


SAPONINAS:
formam um grupo particular de heterosídeos. O seu nome provém da propriedade de formar espuma abundante, quando agitadas com água, à semelhança do sabão.


MUCILAGENS: no sentido botânico-farmacológico entende-se por mucilagens as substâncias macromoleculares de natureza glicídica e que incham quando em contato com a água proporcionando um líquido viscoso.

Ex. de plantas com mucilagens que possuem aplicação terapêutica são a malva e o linho.

As mucilagens agem protegendo as mucosas contra os irritantes locais, atenuando as inflamações.


HETEROSÍDEOS: substâncias amplamente distribuídas no reino vegetal, com ações e efeitos diversos.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Débora Monteiro Morales

por Débora Monteiro Morales

Cosmetóloga: Débora Monteiro Morales Graduada em Estética e Cosmética (ULBRA- Canoas); Pós graduada Gestão em Marketing Organizacional (FAEL-Poa); Especializações: Auriculoterapia (VIDA-Poa); Acupuntura Estética (ABRAE - Caxias do Sul); Bioenergética (RALPH VIANA- Poa); Florais de Bach (SINTE- São Paulo); Psicoterapia Holística (SINTE- São Paulo).

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