Processos da circulação linfática

As circulações linfáticas e sanguíneas são paralelas e inter-relacionadas.
As circulações linfáticas e sanguíneas são paralelas e inter-relacionadas.

Estética e Beleza

13/04/2015

As circulações linfáticas e sanguíneas são paralelas e inter-relacionadas, uma não existe sem a outra. A maioria das moléculas pequenas é encaminhada diretamente para o sangue através dos capilares sanguíneos, e as moléculas grandes são lançadas na circulação através do sistema linfático.

O grande volume do fluxo venoso faz com que o sistema circulatório capte muito mais proteínas que o sistema linfático. Mas a drenagem linfática, mesmo que pequena, é importante para o organismo, uma vez que baixa a concentração protéica média dos tecidos e propicia a pressão tecidual negativa fisiológica, prevenindo a formação de edemas e recuperando a proteína extravasada.

Há um equilíbrio entre a quantidade de líquido filtrado e reabsorvido pelos capilares linfáticos. A água, ao deixar a luz do capilar arterial, desemboca no interstício, onde as células retiram os elementos necessários ao seu metabolismo e eliminam seus detritos. Em seguida, o líquido intersticial retoma a rede de capilares venosos.

Caso não existisse o sistema linfático para devolver as proteínas extravasadas do sistema sanguíneo, haveria um desequilíbrio enorme, o que levaria a uma queda de pressão tão grande, que entraríamos em choque, o que pode levar à morte.
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Fazem parte dos externos:

Contração e peristaltismo muscular: os movimentos de contração muscular influenciam a formação da linfa, a sua propulsão e o fluxo linfático, por isso o exercício físico é importante;

Quantidade de líquido acumulado entre os espaços intersticiais e os vasos linfáticos: quanto maior a quantidade de líquidos acumulados nos espaços intersticiais, maior é a velocidade de escoamento. Daí a grande necessidade de se ingerir muita água, para a reciclagem dos líquidos;

Movimentos respiratórios: promovem uma ação rítmica e contínua no fluxo linfático 24 horas por dia;

Compressão externa dos tecidos: a compressão externa aumenta a pressão resultante e consequentemente a quantidade de líquido formado. Isto pode ser feito através da drenagem linfática, enfaixamento compressivo e meias faixas elásticas;

Alterações térmicas: o aumento da temperatura promove uma dilatação das arteríolas e com isso ocorre uma elevação no volume sanguíneo e consequentemente um aumento do volume filtrado. Há influências das bandagens quentes e até mesmo em dias de calor;

Posicionamento: a elevação dos membros utilizando a gravidade a favor, ajuda no escoamento dos líquidos.

Já os internos são:

Contratilidade dos vasos linfáticos: os vasos linfáticos realizam contrações rítmicas que independem dos movimentos respiratórios e da pulsação arterial;

Vias acessórias de fluxo: geralmente surgem em condições patológicas como processos inflamatórios, facilitando o transporte da linfa;

Presença e localização das válvulas que evitam o refluxo da linfa: as válvulas são constituídas por filamentos contráteis, que se abrem quando a linfa passa, e se fecham logo após essa passagem. Esse mecanismo impede que o fluxo retorne, facilitando seu trajeto.

Vimos que a formação de nova linfa pelos mecanismos externos ou internos, a ação massageadora dos músculos sobre os vasos, a pressão nos vasos linfáticos gerada pelo batimento dos vasos sanguíneos versus a inércia das vísceras sobre eles, e a sucção na Ampola de Pequet ou Cisterna de Quilo, promovida pelos movimentos respiratório, mantêm todos uma relação entre si. Quando o primeiro aumenta os demais mecanismos tendem a acompanhar este aumento.

Ex: quando aumentamos a atividade física praticando corrida, por exemplo, esprememos os interstícios celulares da “sola” do pé, os movimentos musculares aumentam, os batimentos das artérias aumentam e os movimentos respiratórios igualmente aumentam. Dessa forma, podemos ver que a formação e transporte de linfa, efetuada por estes mecanismos, não é uma constante, podendo variar de acordo com a situação.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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