Avaliação da biocompatibilidade de implantes mamários de silicone esterilizados por calor seco e pelo óxido de etileno

Estética e Beleza

02/06/2008

Janice Campos de Azevedo1, Áurea Silveira Cruz2, Terezinha de Jesus Andreoli Pinto1*

1 Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
Universidade de São Paulo, 2 Instituto Adolfo Lutz

*Correspondência:
T. J. A. Pinto
Departamento de Farmácia
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
da Universidade de São Paulo
Av. Prof. Lineu Prestes, 580 Bloco 15
05508-900 - São PAulo, SP - Brasil
E-mail: tjapinto@usp.br
Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas vol. 42, n. 2, abr./jun., 2006

Os tecidos e órgãos do corpo humano estão sujeitos a doenças e injúrias, que, se não tratadas, podem levar à dor, restrição dos movimentos e perda da função. Em muitos casos o tratamento envolve a remoção do tecido ou órgão afetado e sua substituição por um enxerto de tecido vivo ou um análogo artificial – um biomaterial (Williams, 1985).
O termo biomaterial refere-se a um material natural ou sintético destinado a interagir com sistemas biológicos para avaliar, tratar, aumentar ou substituir um órgão, tecido ou função do organismo (Williams, 1999).
Dentre os diversos biomateriais poliméricos disponíveis, o silicone tem sido empregado como substituinte de tecidos moles e cartilagens (Seal, Otero, Panitch, 2001).
Por ser resultante da polimerização do dimetilsiloxano, o silicone pode se apresentar nas formas físicas: fluida, gel e elastomérica, decorrentes do comprimento e ramificações da cadeia do polímero.
A mama é um dos inúmeros tecidos e estruturas que podem ser substituídos por próteses de silicone em cirurgias de aumento ou de reconstrução mamária após mastectomia. Quando as próteses são implantadas, devese garantir a condição de esterilidade das mesmas.
Dentre os métodos de esterilização empregados, o calor seco, por fazer uso de temperaturas elevadas, pode promover a hidrólise e/ou fusão da matriz do polímero, comprometendo a biocompatibilidade dos implantes. A esterilização química gasosa por óxido de etileno tem como vantagem propiciar tratamento eficaz a temperaturas relativamente baixas, porém os resíduos do gás, por serem agentes alquilantes, podem reagir com grupos funcionais do polímero provocando alterações das propriedades do silicone, comprometendo o biomaterial.

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