Drenagem Linfática Reversa

As anastomoses podem ser estimuladas através de manobras manuais
As anastomoses podem ser estimuladas através de manobras manuais

Estética e Beleza

21/02/2013

Em cirurgias com incisões amplas, especialmente em abdominoplastias, existe uma interrupção dos vasos linfáticos superficiais prejudicando a drenagem linfática fisiológica dos líquidos. Ao realizar a drenagem linfática no sentido clássico podem surgir edemas pericicatriciais, uma vez que as vias não estão íntegras, promovendo uma tensão indesejável no local da lesão.

Propôs-se então, a utilização de outras vias para escoamento da linfa, que estejam íntegras. A essa técnica denominou-se drenagem linfática reversa. Em intervenções como as abdominoplastias, a drenagem da linfa dos quadrantes inferiores do abdômen (que confluem para a região inguinal) fica interrompida pela retirada do tecido, restando íntegras apenas as vias dos quadrantes superiores (que confluem para a região axilar).

O termo drenagem reversa pode dar uma falsa ideia de que o fluxo da linfa pode ser invertido, o que não ocorre, pois o sistema linfático é um “sistema de mão única”. Porém, existe uma densa rede de capilares linfáticos que se anastomosam e se intercomunicam livremente, absorvendo e conduzindo à linfa a várias direções.

Portanto, as linhas divisórias das áreas linfáticas delimitam as distintas zonas linfáticas, formando quadrantes ou áreas linfáticas com zonas de esvaziamento independentes. Entre estas zonas existem comunicações chamadas anastomoses, que permitem em caso de necessidade desviar o líquido edematoso de uma área à outra: são as anastomoses linfo-linfáticas.

Estas anastomoses, em situações de necessidade, podem ser estimuladas através de manobras manuais, que direcionam a linfa para a direção pretendida.

A drenagem linfática reversa deve ser realizada até a reconstituição dos vasos, fato que ocorre cerca de 30 dias após a intervenção cirúrgica.

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