Constituído por um par de pulmões e por vários órgãos, o sistema respiratório é responsável por conduzir o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses vários órgãos são: fossas nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos.
Logo no início da gravidez, ocorre a dilatação dos capilares ao longo da árvore respiratória. Isso leva a um edema em algumas partes do sistema (nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios). A voz então se modifica, e a respiração pelo nariz se torna mais difícil.
Com o aumento do útero, o diafragma se desloca cerca de 4 cm para cima e a grade torácica se desloca para cima e para as laterais.
O diâmetro transverso da caixa torácica aumenta cerca de 2cm, e o perímetro do tórax aumenta cerca de 6cm. Esse aumento não é o suficiente para que o volume residual consequente da elevação do diafragma seja compensado.
O movimento do diafragma durante a respiração da gestante é maior, e o volume de ar que entra e sai aumenta consequentemente.
Os músculos da parede do abdome apresentam um tônus diminuído e o padrão respiratório tende a se tornar mais diafragmático, ou seja, o diafragma é o principal responsável pela saída e entrada de ar dos pulmões, funcionando como uma bomba respiratória.
A entrada e saída de ar dentro dos alvéolos aumentam cerca de 65%. A capacidade inspiratória aumenta de 5 a 10%, atingindo um valor máximo pela 22 a 24 semanas de gestação.
A complacência pulmonar não sofre alterações, enquanto que as vias aéreas ficam com uma característica de conduzir o ar aumentada, e a resistência do pulmão diminui, devido a ação da progesterona.
A frequência da respiração da gestante é aumentada, e progressivamente o consumo de oxigênio também, devido as necessidades metabólicas da mãe e do feto.
O volume do ar respirado com uma frequência respiratória quase normal faz com que o volume de ar inspirado e expirado por minuto sofra um aumento de até 26%.
À medida que vai aumentando, a gestante apresenta um processo chamado de hiperventilação, que consequentemente vai diminuir a pressão de gás carbônico no alvéolo. Com isso, a pressão parcial de gás carbônico arterial também diminui. A pressão alveolar de oxigênio se mantém nos limites normais.
A ação da progesterona sobre o centro respiratório faz com que ocorra a hiperventilação materna. A hiperventilação materna é vista como um mecanismo protetor que previne a exposição do feto a níveis elevados de dióxido de carbono.
Durante o trabalho de parto a frequência respiratória e a amplitude dos movimentos de entrada e saída de ar podem ser influenciados devido a ansiedade e outras reações emocionais. A pressão parcial de dióxido de carbono também se modifica.
A mulher, no trabalho de parto, fica com falta de ar, hiperventilação podendo desenvolver alcalose respiratória (baixo índice de CO2).
No início, quando há contração do útero, o resíduo de ar armazenado no pulmão tende a diminuir, fazendo com que ocorra uma redistribuição de sangue do útero para o sistema venoso central. A saturação do oxigênio diminui com cada contração do útero, fazendo com que regresse ao valor normal quando esta contração cessa.
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por Colunista Portal - Educação
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