homeopatia - Médicos e pacientes dizem que funcionam, mas ninguém ainda sabe explicar como

Enfermagem

01/01/2008

Por Renata Costa

Embora muita gente confunda, Homeopatia não tem nada a ver com Fitoterapia. Enquanto esta última terapêutica utiliza exclusivamente plantas em sua composição, a Homeopatia pode utilizar plantas, minerais, extratos de animais (como veneno de cobra, por exemplo) ou o próprio animal (abelhas, formigas).

Um dos entusiastas mais famosos da Homeopatia foi o escritor Monteiro Lobato, que de posse de uma Matéria Médica - livro que reúne os medicamentos homeopáticos e suas aplicações - medicava não só a si próprio, como toda sua família e enfermos que pedissem auxílio. A história fala de experiências bem-sucedidas do autor, mas embora os críticos da terapêutica afirmem que tomar este tipo de remédio não faria mal por não considerarem que ele tenha qualquer poder curativo, os homeopatas dizem que apenas o médico pode fazer a prescrição. "Todo remédio homeopático, como qualquer outro medicamento e tratamento deve ser executado por médicos, nunca por leigos", afirma Severino Fontes Neto, chefe do Departamento de Homeopatia da Faculdade de Medicina da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

Já o professor do Departamento de Genética da UFRGS e militante da ONG (organização não-governamental) sobre ceticismo Sociedade da Terra Redonda, Renato Zamura Flores, diz que é bobagem. "E desde quando água faz mal? Só se ela estiver poluída", afirma.

Está aí um dos pontos que fazem os céticos torcerem o nariz para o medicamento homeopático: o modo como ele é pensado e feito. Todo remédio desta terapêutica segue o princípio de semelhança, ou seja, toda substância capaz de causar uma doença ou sintoma quando ingerida por uma pessoa sã (sem qualquer sintoma) deve ser capaz de curar esta mesma doença ou sintoma quando ingerida por alguém com estas determinadas queixas.

A partir disto, a determinada substância é submetida a um processo de diluição, normalmente em uma escala de 1:10 (uma parte da substância em nove partes de solvente) ou 1:100, sendo possíveis outras diluições. Os solventes mais comuns são água ou álcool. Após esta etapa, vem a dinamização (agitação), que é uma seqüência de 100 movimentos verticais, o que, segundo os homeopatas acreditam, potencializa o medicamento. Depois, ele pode ser apresentado não só em gotas, mas também glóbulos, papéis ou tabletes tendo sido embebidos na preparação líquida.

Os medicamentos, mesmo quando feitos com substâncias venenosas como arsênico, mercúrio ou outras, não apresentam toxidade. Isto porque devido às diluições elevadas, o princípio ativo original não está mais presente. E é aí que começa a polêmica. Se ele não está ativo, como poderia funcionar? (Leia mais sobre este assunto no link "É ciência ou não é?" na página principal).

Por não ter toxicidade, estes medicamentos são testado em humanos sãos. Os sintomas despertados por eles serão observados e o remédio passará a ser utilizado por alguém que apresente queixa parecida. Por isso, segundo os homeopatas, não existem reações adversas e nem efeitos colaterais.

Remédio único

Segundo Regina Moura, dizer se a linha homeopática seguida por um determinado médico é unicista ou pluralista é bobagem. "O que se usa é um remédio único, que abrange todo o conjunto de sintomas do paciente. De outra vez que ele venha ao consultório com outras queixas, vou dar a ele outro medicamento. Então, o que se tem é um medicamento por vez. Utilizar mais de um remédio homeopático por vez é pensar de maneira alopática", defende.

Isto porque os medicamentos homeopáticos não são pensados para "atacar" o sintoma ou doença, mas reequilibrar a energia vital. Segundo os especialistas, as doenças surgem por causa de um desequilíbrio nesta energia. "O remédio homeopático vai dar a possibilidade para que o próprio organismo reaja", diz Regina.

Fonte: http://www.universiabrasil.net/pesquisa_bibliotecas/materia.jsp?id=4665

 

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