Cuidados Paliativos em Pacientes Terminais Oncológicos

Cuidados Paliativos em Pacientes Terminais Oncológicos
Cuidados Paliativos em Pacientes Terminais Oncológicos

Enfermagem

09/03/2015

1. 1. CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS

Cuidados paliativos em pacientes terminais oncológicos.


O câncer é uma patologia que causa muita dor, além de sofrimentos emocionais e espirituais devastadores.
Os cuidados paliativos são o auxilio em turno integral que se oferece para pacientes e familiar que tem uma doença crônica.


Estes propõem uma transformação ligada à pessoa com patologia grave e em fase terminal, mudando o padrão de cura para cuidado.


A oncologia, apesar de todos os processos de melhoria da medicina, é uma das doenças que de fato leva à morte, ela é considerada extremamente fatal.


A prudência prestada a esses pacientes terminais devem ser de maneira humanizada, sempre tendo empatia com o doente, também serve para o acompanhante dar valor ao significado da vida. O mesmo deve ter visão positiva, mesmo sabendo que não há mais chances do paciente sobreviver, promover o bem estar, mantê-lo em lugar tranquilo, alegre e agradável é uma maneira de amenizar o sofrimento do doente.


JUSTIFICATIVA DO TEMA:
Escolhi este tema, pois simples cuidados podem promover a qualidade de vida aos pacientes e também a seus familiares que enfrentam doenças terminais oncológicas.


Acredito que o bem estar do paciente nos últimos horas/dias de vida são muito importante, pois na maioria das vezes os mesmos querem estar em âmbito familiar, na sua casa, com bichos de estimação, filhos, e amigos mais próximos, isso traz tranquilidade e bem estar na hora da morte ou nas proximidades dela.


Gostaria de mostrar também e por experiência própria que os cuidados paliativos com a família são de extrema importância nessa fase crônica do paciente, pois os mesmos tem que estarem preparados para lidar com o sofrimento e a hora do luto.


Este trabalho é primordialmente escolhido para descrever os cuidados paliativos em casa, sem deixar de serem citados os cuidados em âmbito hospitalar.


OBJETIVO GERAL

Mostrar para colegas estudantes na área da saúde ou afins que o objetivo geral deste trabalho é conscientizar as pessoas da importância da melhoria da qualidade de vida do paciente oncológico, por meio de cuidados, assim aliviando o sofrimento do paciente.


Os cuidados paliativos são esforços coletivos da equipe médica, mas muito mais da família e amigos do paciente.


Esses cuidados dependem muito da família, assim como ela esta sofrendo, o doente está muito mais, e realmente é muito difícil estar nesta situação, pois parece que nada que o cuidador faça ameniza a dor e o sofrimento do paciente oncológico. Por isso a escolha de levá-lo para sua casa deve ser um ato de grande responsabilidade, e consciência, pois a partir do momento que ele deixa o hospital, todo o cuidado será pouco para amenizar a dor e a angustia de saber que não terá mais chance de viver muito tempo.

CUIDADOS PALEATIVOS EM PACIENTES TERMINAIS ONCOLÓGICOS.

Os cuidados paliativos são cuidados prestados para melhorar a qualidade de vida do paciente até a sua morte, eles são prestados a pacientes crônicos.


Segundo (WHO, 2002). “Cuidado paliativo é a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”


As pessoas que cuidam os pacientes terminais devem ter em mente que simplesmente estar vivo, não é qualidade de vida.
Quando pensamos em cuidados, o que nos vem a cabeça é o hospital, pois quem esta doente tem que ficar lá para melhorar a sua saúde, mais nem sempre essa é a melhor saída para pacientes terminais.


No hospital é feito todos os procedimentos e tratamentos possíveis desde a descoberta do câncer, mas quando não há mais o que fazer a família tem que escolher em levar para a casa ou continuar no hospital.


Os cuidados são baseados em princípios de cada ser humano, esses cuidados paliativos são aplicados no paciente desde a descoberta da doença. Cada cuidador deve ter um médio/alto conhecimento no que fazer para esse doente se sentir melhor, assim tem que conhecer os medicamentos que o paciente usa, saber como administrá-los, o que fazer se haver uma crise respiratória entre outros, os mesmos devem ter sintonia total para que esses cuidados funcionem.


O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem órgãos e tecidos, esta é uma doença que já afeta o mundo todo, segundo o INCA (instituto nacional do câncer) no Brasil o câncer que mais mata é o de pulmão.


A morte é um processo natural da vida, mais nunca pensamos em morrer de alguma patologia e sim de formas naturais, por isso devemos estar preparados tanto psicologicamente quanto espiritualmente para as consequências que o câncer nos traz antes da morte.


A morte também traz perdas aos familiares do paciente oncológico, esses tem que aprender a conviver com a perda de autonomia do doente.


Para Franco, ( 2008) “a unidade de cuidados paciente -família se coloca como una e especifica ao mesmo tempo. A célula de identidade do ser humano e a família, respeitadas todas as condições que fazem dela um universo cultural próprio, muitas vezes distante ou ate mesmo alheio ao universo cultural dos profissionais da saúde”


Essa submissão tem sinais como: incapacidade de falar, perda de memória, perda de locomoção, enfim, ficar totalmente dependente dos cuidadores, esses sinais trazem depressão, angustia, e principalmente a perda da esperança, fazendo com que o doente deseje morrer logo para terminar o sofrimento.

1.1 Sintomas em pacientes oncológicos

Tosse, dispneia, náuseas, vômitos, diarreia, obstipação, sudorese, prurido, delírio geralmente em pacientes idosos, ansiedade e depressão, caquexia e anorexia, além de muitos outros que dependem do tipo de câncer.


6.1.1 Tosse
Tosse é um reflexo natural do aparelho respiratório que surge como consequência de um processo irritativo. Em muitos aspectos, esse reflexo é benéfico, pois ajuda a expulsar secreção ou corpos estranhos.


6.1.2 Dispneia

Dispneia também chamada de falta de ar é um sintoma no qual a pessoa tem desconforto para respirar, normalmente com a sensação de respiração incompleta.


6.1.2.1 Ortopneia: É a dificuldade respiratória (dispneia) que ocorre quando a pessoa está deitada.


6.1.2.2 Dispneia de decúbito: Dispneia que surge em decúbito dorsal e que melhora ao assumir a posição ortostática. Geralmente, a pessoa dorme com vários travesseiros. Ex. Insuficiência cardíaca congestiva.


6.1.2.3 Dispneia paroxística noturna:
Dispneia que surge algum tempo após o adormecer, com a pessoa acordando bruscamente com forte sensação de sufocação.


6.1.2.4 Trepopneia:
Dispneia com a pessoa deitada de lado.


6.1.2.5 Platipneia: Dispneia na posição ortostática, que alivia com o decúbito.


6.1.2.6 Apneia: Parada temporária da respiração.


6.1.2.7 Hipopneia: Diminuição da frequência e profundidade da respiração, abaixo das necessidades do organismo.


6.1.2.8 Eupneia: É manutenção natural da frequência respiratória.


6.1.3 Náuseas
Náusea é uma desagradável sensação de vontade de vomitar.


6.1.4 Vômitos
Vômito é a expulsão forçada pela boca do conteúdo do estômago ou da porção inicial do intestino.


6.1.5 Diarreia
A diarreia consiste na evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controle.


6.1.6 Obstipação

A obstipação, também chamada de prisão de ventre ou constipação intestinal, é caracterizada pela dificuldade constante ou eventual da evacuação das fezes, que se tornam ressecadas.

6.1.7 Sudorese
A sudorese é a liberação de um líquido salgado pelas glândulas sudoríparas do corpo. Este processo é também chamado de transpiração.


6.1.8 Prurido
O prurido é um formigamento ou irritação da pele que desperta a vontade de coçar a área afetada.


6.1.9 Delírio
Delírio é uma confusão intensa e súbita e mudanças rápidas na função cerebral que ocorrem em caso de doença física ou mental.


6.1.10 Ansiedade
A ansiedade é caracterizada pela sensação difusa ou vaga de apreensão, tensão e insegurança.


6.1.11 Depressão

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si.
É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.


6.1.12 Caquexia

A caquexia é um tipo de desnutrição aguda que leva ao emagrecimento repentino, perda de massa muscular, fraqueza, cansaço em indivíduos que não estão fazendo nenhuma dieta.


6.1.13 Anorexia
A anorexia é um distúrbio alimentar que provoca mais perda de peso nas pessoas do que é considerado saudável para a idade e altura, assim deixando o indivíduo doente.


Estes sintomas tornam a vida do doente ainda mais complicada e dolorosa, assim como a do cuidador que deve ter vigilância total do paciente. É dever dos profissionais da área da saúde fazer visitas regularmente aos pacientes terminais oncológicos domiciliares, essas visitas devem acontecer uma vez por semana, sempre acompanhada de médico, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo e assistente social que irão dar o acompanhamento necessário para a família.
1.2 Tratamentos para o câncer:

6.2.1 Cirurgia
É a modalidade de tratamento mais antiga e mais definitiva, principalmente quando o tumor está em estágio inicial e em condições favoráveis para sua retirada.


6.2.2 Quimioterapia
A quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes.


6.2.3 Radioterapia
É o mais utilizado para tumores localizados que não podem ser retirados por cirurgia (ressecados) totalmente, ou para tumores que costumam retornar ao mesmo local após a cirurgia.


6.2.4 Hormonioterapia

A hormonioterapia é um tratamento que tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. A hormonioterapia age bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão alvo.


6.2.5 Terapia Oral

O tratamento antineoplásico oral é uma preferência dos pacientes oncológicos, pela menor necessidade de visitas ao consultório médico e pela praticidade da administração.


6.2.6 Terapia Alvo
Em sua definição mais simples, a terapia alvo implica em um tratamento que tem um alvo molecular específico. Para receber esse nome de forma mais apropriada, deveria agir sobre um processo biologicamente importante, preferencialmente um processo que seja central na fisiopatologia da neoplasia. Esse alvo deve ser mensurável na clínica e deve estar correlacionado com o resultado clínico quando essa terapia alvo for administrada. Torna-se patente, então, a necessidade de testes laboratoriais apropriados capazes de garantir a correlação entre os alvos biológicos e a clínica médica.


Estes tratamentos podem ser usados sozinhos ou em combinação, isso dependerá do estagio da doença, e unicamente do medico para cada caso de câncer.


6.2.7 Terapia com césio.

São várias as fontes de energia utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a partir da energia elétrica, liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo, como, por exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama. Esses aparelhos são usados como fontes externas, mantendo distâncias da pele que variam de 1 centímetro a 1 metro (teleterapia). Estas técnicas constituem a radioterapia clínica e se prestam para tratamento de lesões superficiais, semi profundas ou profundas, dependendo da qualidade da radiação gerada pelo equipamento.


Os isótopos radioativos (cobalto, césio, irídio etc.) ou sais de rádio são utilizados sob a forma de tubos, agulhas, fios, sementes ou placas e geram radiações, habitualmente gama, de diferentes energias, dependendo do elemento radioativo empregado. São aplicados, na maior parte das vezes, de forma intersticial ou intracavitária, constituindo-se na radioterapia cirúrgica, também conhecida por braquiterapia.


6.2.8 Cobaltoterapia

A cobaltoterapia é a utilização terapêutica da radiação emitida pelo isótopo Cobalto-60 como tratamento para o controle de células cancerígenas. É utilizada para tratamento de tumores malignos, e para tratamento paliativo, cujo objetivo é o controle dos danos locais e alívio dos sintomas do câncer.


6.3 Cuidados de enfermagem para pacientes terminais oncológicos.
Os cuidados de enfermagem são imprescindíveis tanto em âmbito hospitalar quanto domiciliar, devem ser considerados os cuidados técnicos e empíricos, alguns destes são: segurança do paciente, controle da dor, orientar o paciente e mantê-lo informado de todos os procedimentos realizados, ajuda-lo a encarar a morte como processo natural da vida, oferecer suporte de oxigênio se necessário, verificar alimentação e hidratação através de sondas, verificação de sinais vitais, registrar todas as alterações no prontuário.


6.4 Ações paliativas no cuidado com paciente oncológico

• • Garantir conforto ao paciente

• • Avaliar a dor do paciente, onde, quanto tempo esta sentindo

• • Sempre que possível incentivar medidas terapêuticas (massagens) para a diminuição da dor,

• • Verificar se o colchão, travesseiro estão adequados.

• • Alternar o decúbito conforme necessário.

• • Dar banho de leito ou aspersão, mantendo a higiene oral.

• • Sempre administrar se possível, medicamentos orais e conforme prescrição medica.

• • Lembrar sempre que o ultimo sentido que o paciente perde é a audição, por isso não ter discussões na frente do paciente, evitar comentários sobre a doença e estado do mesmo.

• • Observar estados de humor do paciente

• • Cuidar descarte de materiais em local próprio e evitando infecções cruzadas, assim como uso de mascaras, luvas apropriadas e higienização das mãos.




REFERÊNCIAS:

http://www.sinonimos.com.br/
http://www.casadocuidar.org.br/site/pt/cuidados-paliativos.html

DE CARVALHO OLIVEIRA, solange. Livro do aluno/ oncologia. 1. ed. São Paulo: Fundap, 2012.

Manual de cuidados paliativos / Academia Nacional de Cuidados Paliativos. 1. ed. Rio de Janeiro. Diagraphic, 2009

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer/ Cuidados paliativos oncológicos: controle da dor. - Rio de Janeiro: INCA, 2001



Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Julie Oliveira dos Reis

por Julie Oliveira dos Reis

Técnica de Enfermagem, Técnica em Segurança do trabalho e Auxiliar de Saúde Bucal Possuo vários cursos na Área da Saúde, para poder sempre estar me atualizando e ajudando meus colegas com os cursos que fiz. Atualmente estou me preparando para o seleção do Exercito.

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