Conforme Paschoal, Mantovani, Lacerda (2006), a educação dos profissionais de enfermagem necessita de maior atenção, já que há necessidade de preparar as pessoas para as mudanças que tem ocorrido no mundo e no contexto do trabalho, de forma que se conciliem as necessidades de desenvolvimento pessoal e grupal com as necessidades da instituição e as da sociedade.
Quando se identifica as atividades desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem durante seu processo de trabalho, observa-se a importância e necessidade de reafirmar a questão educativa como compromisso com o crescimento pessoal e profissional, com o objetivo de melhorar a qualidade da prática profissional.
Também, constata-se que, no contexto da formação e do desenvolvimento profissional, tal questão pode ser percebida sob diferentes vertentes, tais como: educação permanente, educação em serviço e educação continuada. Dessa forma, compreende-se que a formação profissional de qualidade deve ter uma base sólida de formação geral, que não se completa na escola, mas durante o processo evolutivo do ser humano, por meio da educação permanente.
De acordo com Amestoy et. al. (2008), a educação permanente é um processo educativo, pois possibilita o surgimento de um espaço para pensar e fazer no trabalho, com destaque para o papel fundamental das instituições de saúde no desenvolvimento permanente das capacidades dos profissionais, o qual contribui para o bem-estar social.
A educação permanente também pode ser compreendida como uma ação que possibilita ao profissional maior capacidade de atuar dentro do mundo do trabalho, como ser que constrói e destrói norteado por valores políticos, culturais e éticos.
Conforme os representantes do Ministério da Saúde, Educação Permanente é apresentada como uma estratégia que visa reestruturar os serviços, a partir da análise dos determinantes sociais e econômicos, mas, sobretudo, de valores e conceitos dos profissionais.
Tem como proposta transformar o profissional em sujeito, colocando-o no centro do processo ensino-aprendizagem (MOTTA et. al., 2002). A definição da Portaria 198/GM/MS apresenta a Educação Permanente como aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. Deve-se ter como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde.
O tema educação permanente em saúde tem sua origem de uma política para formação de recursos humanos, adotada pelo governo brasileiro em 2004. Traz em sua estrutura propostas e experiências, já desenvolvidas, há tempos, por educadores inovadores e que tiveram sucesso em suas atividades.
Esses educadores, estando em cargos de destaque na estrutura do Ministério da Saúde, iniciaram a implementação de políticas na intenção de viabilizar um projeto de educação que contemplasse a grande estrutura que é o Sistema Único de Saúde, objetivando sua consolidação, bem como sua qualificação, uma vez que esta só é possível, através da educação de seus recursos humanos.
Dessa forma, a visão da educação permanente, com abrangência loco-regional, passa a fazer parte do trabalho em saúde. A UNESCO também já vem trabalhando esse conceito há mais tempo e leva em consideração que o processo educativo seja dinâmico, contínuo e que além de capacitação de pessoas traga, também, avanços sociais.
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por Colunista Portal - Saúde
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