Percepção das gestantes quanto a realização do autoexame da mama e Papanicolau

Câncer de mama
Câncer de mama

Enfermagem

24/07/2013

Avançar na promoção em saúde da mulher é um dos compromissos da política nacional. Sabe-se que, nas últimas décadas, tem aumentado significativamente a incidência de câncer de mama e de colo do útero e conseqüentemente a mortalidade associada a essas neoplasias em todo o mundo. Pesquisadores questionam os fatores que tem contribuído para elevar o índice de mortalidades femininas, tudo indica que é resultado da interação de fatores genéticos com estilo de vida, hábitos reprodutivos e meio ambiente.

Segundo Fernandes e Narchi (2002), dentre os variados tipos de neoplasias que acometem a população feminina, o câncer de mama e do colo do útero destacam-se devido aos elevados índices de incidência e mortalidade nas mulheres.  

De acordo com Brasil (2006), a    incidência dos casos de câncer nas mulheres ocorre de forma heterogênea nos países, variando de região para região na distribuição de taxas brutas de incidência dessa doença, seja de uma forma geral ou por localização primária. O carcinoma mamário representa o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres. Provavelmente esta neoplasia é a mais temida na população feminina, pois além da alta incidência, acarreta distúrbios psicológicos, sexuais da própria imagem pessoal.

Segundo Caetano et al. (2006), o carcinoma do colo uterino é considerado como a quarta causa de morte em mulheres no Brasil, apresentando como um dos tipos de neoplasias mais comum nos países subdesenvolvidos. Este alto índice de mortalidade está associado ao diagnostico tardio em fase avançada.

Os exames necessários para o diagnóstico precoce do câncer de colo do útero e de mama é realizado respectivamente através dos exames colpocitológicos e autoexame da mama, esses procedimentos são de baixo custo e alta eficácia (FERNANDES e NARCHI, 2002).

Para Ferreira e Oliveira, (2006) o autoexame da mama contribui para que as mulheres tenham o conhecimento do seu próprio corpo, e ainda poderão detectar pequenas alterações morfológicas da mama, seja ela benigna ou maligna, constituindo também uma forma de educação a saúde tendo uma maior oportunidade de reconhecer a doença neoplásica da mama em um estágio de desenvolvimento inicial ou curável, mas cabe reforçar que o autoexame não deve substituir o exame clínico que é realizado por profissionais de saúde, que tem habilidades técnicas para essa atividade.

O exame colpocitológico ou papanicolau é tido como instrumento mais adequado para o rastreamento do câncer de colo de útero. O mesmo consiste no esfregaço ou raspado de células esfoliado epitélio cervical e vaginal, tendo seu valor tanto para prevenção secundária quanto para o diagnóstico, pois possibilita a descoberta de lesões pré-neoplásicas e da doença em seus estágios iniciais (DAVIM et al., 2005).

No período gestacional os tumores que ocorrem com mais frequência são o câncer de mama, colo do útero, o melanoma e os da linha hematológica (linfoma e leucemia).  Considera-se que o câncer está associado à gravidez quando ocorrem neoplasias malignas durante a gravidez ou até um ano após o parto (SCHUNEMANN et al., 2007).

O câncer durante a gestação pode estar relacionado como uma doença com comportamento agressivo, de prognostico desfavorável e sem muita perspectiva de tratamento. Assim como pensavam também que a imunodepressão fisiológica poderia favorecer ao mal prognóstico. Na gravidez o prognóstico se torna ruim devido à dificuldade de diagnóstico das patologias, havendo seu retardo conforme as alterações fisiológicas que ocorrem no período gestacional. Porém, pode-se dizer que a gravidez por si só não altera o curso biológico da doença, uma vez que a sobrevida são similares em gestantes e não-gestantes desde que comparada com grupos iguais em relação à idade, estágio e tipo histológicos.  (SCHUNEMANN et al., 2007).

Segundo Kettelhut e Modena 2008, o câncer de mama representa 25% das neoplasias malignas encontradas na gestação, assim se apresentando como a doença neoplásica de maior prevalência no período gestacional.  O diagnostico de câncer de mama no período gestacional ocorre entre as semanas 17 e 25 em gestantes na faixa etária de 33(trinta e três) anos.

A mudança de hábitos adquiridos pela sociedade moderna em retardar a gravidez para idades mais avançadas e a incidência de câncer em mulheres jovens, sugerem um crescente aumento na incidência da associação câncer/gestação (LIMA et al., 2009). Portanto, é importante que durante a gestação, já na primeira consulta de pré-natal, os profissionais da área de saúde priorizem a realização dos exames preventivos do câncer cervico-uterino (papanicolau) e do câncer de mama (exame clinico e autoexame da mama). Desta forma estarão contribuindo para que haja uma detecção precoce destes cânceres e também disseminando conhecimento sobre como e quando realizar esses exames, trabalhando assim o que chamamos de promoção e prevenção em saúde.

Diante do exposto, percebemos a necessidade de analisar e descrever a percepção das gestantes sobre a importância da realização do exame papanicolau e do autoexame da mama no período gestacional, para que possamos compreender o porquê da sua resistência em realizar tais exames preventivos. Sabendo que os indicadores epidemiológicos do câncer de mama e colo do útero é destaque entre as diversas neoplasias ginecológicas e que a associação dessas neoplasias com a gestação tem se mostrado um fator preocupante por acarretar inúmeros conflitos emocionais para as gestantes.

Este estudo objetivou analisar a percepção das gestantes quanto a realização do autoexame da mama e papanicolau; identificar como foi adquirido o conhecimento das gestantes sobre os exames preventivos do câncer de mama e do colo do útero e descrever o conhecimento das gestantes sobre o câncer de mama e do colo do útero e as formas de prevenção. Sendo assim, este trabalho contribuiu não só para o conhecimento científico como também para dá suporte aos profissionais de saúde no controle dessas neoplasias.


REFERENCIAL TEÓRICO

Incidência de câncer, com destaque especial ao carcinoma mamário e cérvico-uterino.

“A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o câncer, atinge anualmente pelo menos 9 milhões de pessoas, e cerca de 5 milhões morrem em decorrência da doença” (apud FRIGATO E HOGA, 2003, p. 210). Devido esta alta incidência, tal patologia vem sendo considerada um grave problema de saúde pública, por este motivo os representantes da área da saúde devem dá mais ênfase na promoção e prevenção para amenizar e controlar essas incidências, contemplando todos os lugares, mesmo que aparentemente exista uma população que apresente baixos índices de neoplasias.

Conforme recenseamento do INCA, divulgado no ano de 2010, o câncer de mama está em segundo lugar em todo o mundo, sendo considerado o mais comum entre as mulheres, assim, cerca de 22% dos cânceres que acometem a população feminina, o de mama é o que aparece com mais frequência anualmente. Em contrapartida, o câncer de colo do útero fica em segundo lugar nas mulheres em todo o mundo, acometendo mais àquelas que residem em países subdesenvolvidos, o mesmo se manifesta em mulheres com faixa etária de 20 a 29 anos, sendo considerado fator de risco na faixa etária de 45 a 49 anos.

Ainda em conformidade com os dados acima, (INCA, 2010) no ano de 2010, no Brasil, foram esperados 253.030 casos novos de câncer para o sexo feminino, cabe lembrar que estes são distribuídos de forma heterogênea entre estados e capitais do país. O número estimado do câncer de mama para o ano de 2010 foi de 49.240, estimando um risco de 49 casos a cada 100 mil mulheres, já em relação ao câncer de colo do útero o número esperado de casos novos foi de 18.430, estimado o risco de 18 casos a cada 100 mil mulheres.

No Estado do Piauí, tanto o câncer de mama quanto o carcinoma do colo uterino apresentam uma estimativa de 350 casos novos a cada 100 mil mulheres para o ano de 2010. Já na capital do estado, Teresina, apresentou uma estimativa de 150 casos novos de câncer de mama a cada 100 mil mulheres e 110 casos novos de câncer de colo do útero para essa mesma estimativa (INCA, 2010).

Câncer de mama e ações preventivas

As mamas são constituídas de gordura, tecido conectivos e tecido glandular que contém lóbulos e ductos, o tecido mamário se estende (sob a pele) até a região axilar. Um sistema de linfonodos é responsável pela drenagem linfática da mama, principalmente os linfonodos axilares e da cadeia mamaria interna (BRASIL, 2006).

O câncer de mama permanece como o segundo tipo mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres. Apesar dessa doença ser de bom prognóstico, se diagnosticado e tratado precocemente, a taxa de mortalidade continua elevada no Brasil, isto se deve ao fato da mulher esperar aparecer sinais e sintomas para prevenir e tratar, fazendo com que a doença seja diagnosticada em estágio avançado (BRASIL, 2006).

Os sintomas palpáveis desta neoplasia são nódulo ou tumor no seio, acompanhada ou não de dor mamária, podendo surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamento, retrações ou um aspecto semelhante à casca de laranja, podem também apresentar nódulos palpáveis nas axilas. A susceptibilidade das mulheres a essa patologia está relacionada com a história pessoal ou familiar de diagnóstico de câncer, idade, menarca precoce, menopausa tardia, ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos, tabagismo, obesidade e nuliparidade (BRASIL, 2006).

Embora tenham sido identificados alguns fatores ambientais e comportamentais associados a um risco aumentado de desenvolvimento de câncer de mama, estudos epidemiológicos não fornecem evidências conclusivas e que justifiquem a recomendação de estratégias específicas de prevenção, portanto, percebe-se que o câncer é diagnosticado em fase avançada, assim demonstrando que há falta de estratégias de detecção/rastreamento para esta neoplasia. O que se visa na detecção precoce são as formas subclínica (impalpáveis) da doença, que uma vez detectadas, há uma maior chance de cura, tornando mais raras as lesões mais agressivas (FERREIRA e OLIVEIRA, 2006).

As ações preventivas do câncer de mama constituem-se de Exame Clínico da Mama (ECM), Auto-Exame da Mama (AEM) e exames complementares, como a mamografia e ultra-som mamária, todos são fundamentais para o controle da doença, tendo como principal objetivo a detecção precoce das alterações morfológicas que ocorre nas mamas, podendo sugerir ou constituir a formação de tumoração patológica. (BRASIL, 2003)

O exame clínico da mama (ECM) tem a finalidade de detectar anormalidades na mama e assim encontrar câncer de mama palpável num estágio precoce. O ECM é um procedimento de técnicas propedêuticas que devem ser executadas por médico ou enfermeiro treinado para essas atividades, nesse sentido, o profissional tem uma boa oportunidade de educar a população sobre o câncer de mama, sintomas, fatores de risco e sobre a composição e variabilidade da mama normal (BRASIL, 2006).

A realização do ECM pode ser feito durante quaisquer exames físicos gerais ou ginecológicos, o profissional deve começar com a inspeção da mama, analisando o tamanho, simetria, coloração, padrão venoso, edema, eritema, inversão do mamilo, ulceração, erupções ou secreções mamilares espontânea; a palpação deve ser realizada na posição ereta ou decúbito dorsal, devendo ser palpada toda a superfície da mama e da cauda axilar (BRUNNER e SUDDARTH, 2009).

O Auto Exame da Mama (AEM) é outra ação de controle para essa doença, recomenda-se que ele deve ser realizado mensalmente, uma semana após a menstruação. Esse método desperta a atenção da mulher para o auto-cuidado, fazendo-a perceber qualquer alteração e, com isso, procurar um profissional. Porém, vale lembrar que o AEM não contribui para a diminuição da mortalidade, como é afirmado pelo Ministério da Saúde:

O Autoexame da Mama (AEM) não vem se mostrando efetivo em diminuir a mortalidade nos programas de detecção precoce quando utilizada isoladamente. Este exame, entretanto, ajuda a mulher a conhecer melhor o seu próprio corpo. Uma vez observada alguma alteração a mulher deverá procurar o serviço de saúde mais próximo de sua residência para ser avaliada por um profissional (BRASIL, 2006, p. 101).

Já para Brunnner e Suddarth (2009), o Auto Exame da Mama (AEM) tem maior eficiência quando realizado entre o 5º e 7º dia da menstruação.  Muitas mulheres não realizam esse exame por instigar ansiedade, outras por acharem difícil diferenciar as alterações normais dos achados preocupantes.

Além das citadas, há também ações complementares como a mamografia, que consiste na realização da radiografia da mama em um aparelho chamado mamógrafo, nele a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, permitindo a detecção precoce do câncer, assim tal procedimento se mostra eficiente por ser capaz de detectar lesões em fase inicial (BRASIL, 2006).

Câncer cérvico-uterino e ações preventivas

Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006), O útero é um órgão que faz parte do aparelho reprodutor feminino, fica situado atrás do abdome inferior e é dividido em corpo e colo, esse (colo) fica localizado no canal vaginal, se divide em parte interna (endocérvice) e externa (ectocervice).

O câncer do colo do útero é uma doença de crescimento lento e silencioso, inicia-se por transformações intra-epiteliais, e, portanto, benignas. Desta forma, a lesão evolui lentamente, num período longo de aproximadamente 20 anos até chegar a estágio invasor da doença. Portanto como o período de evolução desta doença para as lesões malignas é bastante demorado, permite que se tenha ações preventivas eficiente para alterar o quadro da doença (MEDEIROS et al., 2006).

Ainda os mesmo autores destacam os principais fatores de risco associado ao carcinoma uterino são: idade (mais de 35 anos), estado civil (casadas), paridade (multiparidade), promiscuidade sexuais (múltiplos parceiros), doença sexualmente transmissíveis (Papiloma Vírus Humano -HPV) nível sócio-econômico (baixo padrão de higiene e estado nutricional precário) e o início precoce da atividade sexual. Assim sabendo quais os fatores de risco está relacionado com essa neoplasia, o profissional ou até mesmo a mulher pode compreender em que grupo de risco esta pessoa se enquadra.

O câncer cervical quando detectado em fase inicial raramente produz sintomas ou quando apresentam podem passar despercebidos, esses sintomas podem se manifestar como uma fina camada de secreção vaginal observada após a relação sexual, já a doença em estado avançado apresenta sintomas como secreção, sangramento irregular ou dor ou sangramento após a relação sexual. Esta secreção aumenta e torna-se aquosa e, por fim, escura e com odor fétido devido a necrose e infecção do tumor (BRUNNER e SUDDARTH, 2009).

Para que não haja uma progressão do estágio desta doença para o carcinoma é necessário que se tenha linhas de cuidados, os profissionais devem atuar promovendo ações para estimular a adoção de hábitos saudáveis de vida, como: ter uma alimentação saudável, atividade física regular, parar ou limitar a ingestão de bebidas alcoólicas e parar de fumar. O tabagismo está fortemente ligado a várias doenças, principalmente no desenvolvimento de câncer de diversos órgãos. As mulheres fumantes têm predisposição para infertilidades, menopausa precoce, disminorreia, irregularidade menstrual e câncer do colo do útero (BRASIL, 2006).

Ainda o mesmo destaca que o diagnostico tardio deste carcinoma pode estar relacionada: à dificuldade de acesso da população feminina aos serviços de saúde; a baixa capacitação dos recursos humanos envolvidos na atenção oncológica, principalmente em municípios de pequeno e médio porte; a capacidade dos órgãos em atender a procura ao serviço de saúde; a dificuldade de gestores em estabelecer uma linha de cuidado em todo nível de atenção e atendimento.

A citologia oncótica ou papanicolau como é conhecido popularmente é a principal estratégia utilizada para detecção precoce e rastreamento do câncer de colo do útero, este exame apresenta técnicas especificas e recomendações para sua realização, o mesmo detecta lesões em estágios iniciais pré malignas ou malignas, e assim contribui para que os profissionais assumam um tratamento apropriado para cada tipo de lesão (BRASIL, 2006). 

Conforme o ministério da saúde (BRASIL, 2006 p. 58), “O exame citopatológico deve ser realizado em mulheres de 25 a 60 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos”. Essa recomendação quanto à periodicidade da realização do exame preventivo do câncer de colo do útero já existe há muito tempo, ainda permanece atual e esta de acordo com as recomendações dos principais programas internacionais.

A coleta do material citológico do colo do útero é uma técnica que introduz um espéculo vaginal na vagina, e com uma espátula de madeira colhe a amostra da parte externa (ectocervice) e logo depois com uma escovinha colhe a amostra interna (endocervice). Para a realização deste procedimento e também afim de exames fidedignos é recomendado que as mulheres não utilizem duchas, medicamentos vaginais ou exames intravaginais, nem anticoncepcionais locais e espermicidas, tão pouco relações sexuais em 48 horas antes da coleta, ainda devem aguardar 5 dias após o término da menstruarão (BRASIL,2006).

Através da técnica descrita para a realização do exame papanicolau, concluí-se que este exame é fácil de ser aplicado, de baixo custo, sem nenhum ônus e prejuízo para a paciente e de alta eficácia, por este motivo contribui bastante para a diminuição da morbimortalidade por câncer de colo do útero (YASSOYAMA, SALOMÃO e VICENTINI, 2006).

Para Merighi, Humano e Cavalcante (2002), o procedimento do papanicolau pode ser visto pelo os profissionais de saúde como simples, rotineiro, rápido e indolor, mas pelas mulheres pode ser percebido como agressivo, físico e psicologicamente. Por este motivo os profissionais devem ter cuidado ao executar o exame, priorizando a percepção que cada pessoa tem sobre os procedimentos que envolvem a realização do exame.

Câncer de mama e do colo do útero associado à gravidez

Considera-se que o câncer está associado à gravidez, quando ocorrem doenças neoplásicas malignas no período gestacional ou até um ano após o parto. A associação de câncer/gestação coexiste na mesma pessoa o inicio de uma vida e a ameaça de morte, a contradição entre a vida e a morte acarreta inúmeros conflitos emocionais e éticos à paciente, sua família e médicos. (SCHUNEMANN et al., 2007)

Na maioria das vezes a gestação é o único motivo que leva a mulher a procurar espontaneamente os serviços de saúde, para o acompanhamento de pré-natal, esta é uma oportunidade que surgir para o rastreamento dos cânceres nestas mulheres, pois poucas frequentam uma unidade de saúde. Contudo, é preciso que o profissional leve em consideração as alterações fisiológicas provocada pela gravidez sobre o colo do útero, assim como nas glândulas mamárias, algumas alterações devem ser bem avaliadas, pois os sinais e sintomas podem ser encoberto devido às alterações de consistência e densidade da mama, como também prejudicar a interpretação de exames, atrasar diagnostico diminuindo a sobrevida dessas mulheres (LIMA et al., 2009).

O câncer de mama se apresenta como a neoplasia de maior prevalência na gestação, esta doença se manifesta através de diversas características histológicas, onde os tipos histológicos são semelhantes em mulheres grávidas e não-grávidas. As gestantes manifestam as mesmas queixas clinicas de mulheres não grávidas, e as alterações morfológicas e fisiológicas que acontecem na mama dificultam o diagnóstico no período gestacional (KETTELHUT e MODENA, 2008).

O rastreamento do câncer do colo do útero em mulheres grávidas pode ser feito em qualquer período da gestação, preferencialmente no 7º mês, mas estando sempre atentos que a coleta deve ser realizada com uma espátula de Ayres e não utilizar escova de coleta endocervical (BRASIL, 2006).

O Ministério da Saúde afirma que nas gestantes:

O risco de progressão de uma lesão de alto grau para carcinoma invasor, durante o período gestacional, é mínimo e a taxa de regressão espontânea após o parto é relativamente alta, 69%. Mulheres gestantes com laudo citopatológico alterado devem seguir a conduta recomendada para as mulheres não grávidas na unida básica de saúde (BRASIL, 2006, p. 84).

A conduta que os profissionais obstetras devem ter em relação à gravidez, não deve ser modificada em conseqüência dos resultados dos exames colpocitológicos, citopatológicos e histológicos, somente quando houver invasão e obstrução do canal de parto. Nas mulheres em que forem detectadas alterações sugerindo lesões invasoras no período gestacional devem realizar uma reavaliação dos exames entre seis e oito semanas após o parto em uma unidade de referência secundária (BRASIL, 2006).

De acordo com Fernandes e Narchi (2002), percebe-se que as gestantes apresentam conhecimento um pouco estranho em relação aos exames preventivos, pois essas mulheres têm maior conhecimento sobre papanicalou e a adesão para realização é bem grande, enquanto o autoexame da mama apresenta pouca disseminação entre elas.

Os profissionais da área de saúde devem implementar uma atenção integral, com avaliação contínua, individualizada às mulheres, principalmente gestantes que vivencia o câncer de mama e colo do útero, permitindo a participação da mulher e família na decisão do tratamento, considerando os aspectos éticos, religiosos, psicológicos, orgânico e legais que envolvam a questão (LIMA et al., 2009).

METODOLOGIA

Tipo de pesquisa:

O presente trabalho deu-se por meio de pesquisa descritiva, e de natureza qualitativa.

A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. (GIL, 2002)

A pesquisa qualitativa se aplica ao estudo da historia, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, produtos das interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus artefatos e a si mesmo, sentem e pensam. Esse método que tem fundamento teórico, além de permitir desvelar processos sociais ainda pouco conhecidos referentes a grupos particulares, propicia a construção de novas abordagens, revisão e criação de novos conceitos e categorias durante a investigação (MINAYO, 2008).

Cenário da Pesquisa:

O estudo realizou-se no bairro Vila Bandeirante em uma UBS (Unidade Básica de Saúde), localizado na região leste da cidade de Teresina-PI. Onde funcionam quatro equipes de Saúde da Família, compostas por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, ACS (Agente Comunitário de Saúde), dentista, ACD (Auxiliar de Consultório Dentário). Pela manhã prestam serviço as equipes de N  °09 e 056. A equipe 09 abrange 06 microáreas com 06 ACS correspondentes, a equipe 056 é composta por 07 microáreas, com 07 ACS correspondentes.

O atendimento dessas equipes ocorre de segunda à sexta-feira de 7:00hs às 13:00hs, seguindo um cronograma de atendimento que abrange os grupos prioritários para a ESF, sendo a consulta pré-natal de enfermagem realizada pela equipe 09 nas sexta-feiras  atendendo em média 6 gestantes e a equipe 056 realiza as consultas de pré-natal nas quarta-feiras atendendo em média 7 gestantes.

A escolha da região e local de pesquisa se deu em virtude do fácil acesso por parte dos pesquisadores, para o desenvolvimento da mesma.

Sujeitos da Pesquisa:

Os sujeitos participantes desta pesquisa foram gestantes que realizavam o pré-natal na Estratégia Saúde da Família (ESF) da UBS da Vila Bandeirante na Zona Leste do município de Teresina-PI, para a realização, contou-se com a participação espontânea de vinte gestantes, as quais assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, excluindo da pesquisa mulheres que não estavam grávidas e as que não realizavam pré-natal na UBS da Vila Bandeirantes.

Instrumentos para a coleta de dados:

Realizou-se a entrevista com perguntas abertas, que se caracteriza pela a existência de um roteiro (APENDICE A) previamente preparado que servir de eixo orientador ao desenvolvimento da entrevista. Esse tipo de entrevista procura garantir que os diversos participantes respondam as mesmas questões, não exigindo uma ordem rígida das mesmas. A coleta de dados foi realizada por acadêmicos de enfermagem da Faculdade Aliança, sendo que as gestantes foram entrevistadas na UBS Vila Bandeirante, especificamente na sala onde se realiza consulta de pré-natal de forma individualizada e apenas com a presença dos entrevistadores. Para aquisição dos dados foram utilizados dispositivos de gravação de voz Mp4®, após previa autorização dos sujeitos ou responsável, sendo as falas posteriormente transcritas na integra para análise dos discursos. Para que lhes seja assegurado o seu anonimato, garantiu-se o sigilo e adotou-se números aleatórios, assegurando sua privacidade.

Análise dos dados:

Os dados foram analisados de acordo com a análise temática de Minayo (2008). A análise temática está ligada a uma afirmação a respeito de determinado assunto. Operacionalmente ela desdobra-se em três fases:

A primeira fase é a pré-análise, que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada das hipóteses e dos objetivos inicias das pesquisas. Pode ser decomposta por uma leitura flutuante sobre o conteúdo de estudo. O universo estudado em sua totalidade deve ser exaustivo, representativo, homogêneo e pertinente. Nessa fase pré-analítica, determina-se a unidade de registro, a unidade de contexto, o recortes, a forma de categorização, a modalidade de codificação e os conceitos teóricos mais gerais que orientarão a análise.

Segunda fase é a exploração da matéria, que consiste essencialmente numa operação classificatória que visa alcançar o núcleo de compreensão do texto.

Terceira fase é o tratamento do s resultados obtidos e interpretação, onde os resultados brutos serão submetidos a operações estatísticas simples ou complexas que permitem colocar em relevo as informações obtidas.   

Aspectos éticos e legais:

O presente estudo seguiu as normas da Resolução 196/96 Conselho Nacional de Saúde (CNS) que incorpora sobre a ótica do indivíduo e da coletividade os quatro referencias da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, entre outro, e visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, ao sujeito da pesquisa e ao Estado.

Os dados foram coletas após a aprovação e autorização da FMS (Fundação Municipal de Saúde), CEP (Comitê de Ética e Pesquisa) e assinatura do TCLE (Termo de Consentimento Livre Esclarecido), onde a anuência do sujeito da pesquisa e/ou de representante legal, livre de vícios, dependência, subordinação ou intimação, após explicação completa e pormenorizada sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios previstos, potenciais risco e o incomodo que esta possa acarretar, em formulada em um termo de consentimento, autorizando sua participação voluntaria na pesquisa. (BRASIL, 1996).

ANÁLISE  E DISCUSSÃO  DOS DADOS

Após a análise dos dados, obtidos a partir dos depoimentos das gestantes que realizavam o pré-natal na Unidade Básica de Saúde da Vila Bandeirante, foi possível detectar a percepção das mesmas sobre a realização do autoexame das mamas e papanicolau.

A doença do “caroço”

Tomando-se por base os relatos das gestantes que participaram do estudo, percebemos que muitas entendem o câncer de mama como um caroço que aparece no seio, como se observa nas respostas abaixo:

Acho que é uma doença que dá no peito, um caroço que aí fica doendo no peito da gente, né? Pode dá tanta coisa! (G12)

Nem sei [...] Eu acho que é um negócio que sai no seio, um caroço. (G13)

É o caroço que dá no peito, né não? Aquele carocinho do câncer que dá na mama. (G14)

As informações das gestantes foram obtidas através de perguntas para detectar o conhecimento das mesmas a cerca do câncer de mama. Percebe-se através da pergunta “ Para você o que é câncer de mama?” que maioria relacionou o câncer de mama com a presença de um caroço no seio e, assim, poucas relataram outros tipos de sinais ou sintomas referentes a esta neoplasia. Algumas, portanto, chegaram a mencionar que é uma doença séria ou perigosa, sendo necessário realiza o exame para a detecção precoce, como é o caso da gestante mencionada a seguir:

É uma doença que[...] É uma doença séria, mas se você descobrir no início e fazer o tratamento tem cura, a gente tem sempre que fazer o exame para saber da mama. (G6)

Os tumores mamários podem se apresentar de várias formas: benignos, suspeitos e malignos. Cada tumor tem suas características especificas para que sejam identificados, o benigno tem os limites definidos quanto ao tamanho e diâmetro não podendo ser acima de 3cm, como também consistência firme-elástica e móvel em relação ao tecido adjacente.  Este nódulo significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam lentamente e se assemelham ao tecido original, dificilmente constitui um risco à vida (MARINHO, LIMA e ARAUJO, 2007). 

Já os tumores malignos apresentam tamanho e formas variáveis, consistência dura, pouco elástica, pouco móvel à manipulação, aderente a planos profundos, indolor, não tem limites definidos, a pele pode estar íntegra, ulcerada, apresentando-se retraída e com sinais de inflamação, de acordo com o tempo de evolução (OHARA LIVRO PSF 2009). Esse nome é da autora desse livro?

Conforme as descrições anteriores sobre os tumores mamários, percebemos que nem todo “caroço” presente no seio são malignos, mas sabemos que é necessário dar bastante ênfase aos sinais e sintomas do câncer de mama, seja a mulher gestante ou não, pois as células malignas, após instalarem-se no tecido mamário, têm a capacidade de disseminar para outros locais do corpo. 

Quanto mais cedo diagnosticar o câncer maior a probabilidade de cura. As ações de diagnóstico precoce consistem no exame clínico da mama, realizado por um profissional capacitado para desenvolver esta atividade, e na mamografia, um exame complementar onde é realizado em determinado grupos de mulheres (BRASIL, 2006).

Quando se buscou saber que conhecimento as gestantes tinha sobre o carcinoma mamário, constatou-se que nenhuma sabia definir com precisão os sinais e sintomas desta neoplasia maligna, porém, uma dentre as depoentes foi mais enfática ao relatar sobre os danos psicológicos que podem gerar nas mulheres, como a fala transcrita a seguir:

É...  Num sei assim te informar por que, uma doença que afeta muito as mulheres, deixa elas de baixa estima de vida, né, deixa as pessoas muito triste, inclusive minha mãe já teve, eu já acompanhei o sofrimento dela e sei o quanto é difícil ter câncer de mama e ter que retirar uma mama, e assim... Tipo que deixa a mulher, não tomar mais iniciativa de querer viver, tem muitas que chega a querer morrer antes, que eu já acompanhei da minha família, sei o quanto é difícil (G11)

Sabendo que esta neoplasia tem bom prognóstico se diagnosticada e tratada precocemente, ainda assim gera um profundo impacto psicossocial tanto nos pacientes como em seus familiares. Portanto, as pessoas que apresentam o câncer mamário necessitam ter assegurado o amor e o suporte daqueles que estão próximo, no sentido de manter a própria identidade.

O corpo humano é pouco mais que uma massa de modelagem à qual a sociedade imprime formas segundo suas próprias disposições, forma em que a sociedade projeta a fisionomia do seu próprio corpo. Deste modo, o câncer de mama é visto como potencialmente estressor na vida das mulheres acometidas por ele. A ameaça da retirada da mama, que é um símbolo importante na feminilidade, sexualidade, erotismo, maternidade e outros, provocam uma série de transformações na vida, tanto nas mulheres acometida como em seus familiares, pois além da mutilação da mama há o medo da morte que a doença suscita (FERREIRA e OLIVEIRA, 2006).

De acordo com Marinho, Lima e Cavalcante, (2007), o aumento da incidência do câncer de mama durante a gestação é o esperado para o futuro, pois, cada vez mais, as mulheres retardam a gravidez para depois dos trinta anos, paralelamente, esta neoplasia está afetando mulheres abaixo de 35 anos. Mesmo sabendo que profissionais encaram esta associação com menos pessimismo, seu prognóstico continua sendo escuro, silencioso e o tratamento pouco eficaz, por conta do agravamento promovido pela gestação.

No entanto, a associação de câncer mamário e gestação, apesar de ainda ser raro, quando ocorre, contribuem para o desenvolvimento de diversos conflitos emocionais, pois coexiste na mesma pessoa o inicio de uma vida e ameaça da morte.

O tratamento do câncer na gestação é outro fator que desenvolve uma intensa carga emocional, gera medo, ansiedade e insegurança não só para a gestante, mas a todos que estão a sua volta. Cabe ressaltar que o tratamento quimioterápico pode causar danos ao feto, portanto, deve-se obedecer as normas relacionada ao tempo de administrado na gestação, já o tratamento radioterápico deve ser reservado para o período pós-parto (LIMA et al., 2009)

A cirurgia é o tratamento definitivo para câncer de mama durante a gestação, sendo que, a mastectomia, modifica ou radical é indicada no primeiro trimestre da gravidez. A quimioterapia utilizada no primeiro trimestre está associada ao aborto espontâneo e ao maior risco de malformações fetais, já no segundo trimestre há uma possibilidade, ainda pouco analisada, de alterações cognitivas identificadas tardiamente. A radioterapia é contra indicado na gestação, mas dependendo da idade gestacional, o parto poderá ser antecipado para a realização do tratamento (COSTA et al., 2006).

Conhecimentos das gestantes quanto a formas de prevenção do câncer de mama.

Através da análise de dados foi possível identificar que as entrevistadas possuíam o conhecimento sobre a existência do autoexame das mamas, porém, muitas não o praticava de forma correta ou, até mesmo desconheciam a periodicidade e a técnica indicada para sua realização como demonstram a falas a seguir:

Eu conheço, você mesmo fazer o exame no seio pra ver se ta tendo algum caroço, alguma coisa, pois se tiver você tem que procurar  o medico pra saber o que aquilo e também eu acho assim que a gente tem que se prevenir de todas as formas tanto mulher novas como as velhas por que não tem idade (G3)

Aquele que a gente mesmo tem o cuidado com o corpo... E a gente faz em casa mesmo em frente ao espelho e no hospital (G9)

Fazer o exame na mama, não sei se é depois da menstruação ou é antes, eu não mim lembro, sei que tem que ficar na frente do espelho colocar a mão no pescoço e apalpar a mamar e se sentir um caroço estranho procurar o médico (G1)

Com relação à pergunta “Quais as formas de prevenção do câncer de mama que você conhece?” constatou-se, a partir dos depoimentos, que o conhecimento das gestantes a respeito do autoexame da mama é muito limitado, pois não souberam descrever corretamente nenhumas das três etapas do autoexame, que consiste na inspeção, palpação e expressão da mama, como também desconhecem o período em que pode ser realizado as técnicas propedêuticas.

O autoexame mensal, exame clínico anual realizado por profissionais de saúde, e a mamografia, exame radiológico das mamas, são exames fundamentais para o rastreamento da doença neoplásica da mama, que tem o poder de detectar precocemente as alterações morfológicas ocorridas nesta região (AMORIM et al., 2008).

Apesar de não existir uma forma de evitar o aparecimento do câncer de mama, é possível fazer a detecção precoce por meio do autoexame da mama e o controle de sua evolução através da atenção aos fatores de risco. O auto exame da mama é uma prática sistemática, ao ser praticado regularmente, respeitando técnicas e períodos corretos, constitui numa modalidade vantajosa, uma vez que oferece praticidade e permite à própria mulher se examinar, além de ser menos oneroso (FERNANDES et al., 2007). 

Observando a falas anteriores tanto a G1 quanto a G3 descreveram de modo sucinto algumas ações que preconiza o Ministério da Saúde quanto ao Auto Exame da Mama. Desta forma, se descobrirem após ações propedêuticas, qualquer alteração na mama é necessário encaminhar-se a uma unidade de saúde mais próxima de sua residência para que seja avaliado por um profissional da área específica, e este realizar os demais exames de detecção precoce do câncer de mama.

O exame clínico da mama (ECM) é realizado por profissionais de saúde habilitado para esta técnica, tal exame tem a finalidade de detectar anormalidades  e assim encontrar câncer de mama palpável num estágio precoce. As técnicas realizadas são a inspeção visual (contorno da mama, abaulamento ou espessamento da pele das mamas, assimetria e diferença na cor da pele, textura, temperatura e padrão de circulação venosa), a palpação das mamas e dos linfonodos, esta é realizada com os dedos, examinando toda a superfície da mama e da cauda axilar (BRASIL, 2006).

Além dos exames citados acima, há também ações complementares como a mamografia, que é uma técnica mais eficaz, atualmente, para a detecção do carcinoma mamário, sendo um método ideal para a identificação de lesões subclínicas, podendo rastrear até 83% dos casos, deve ser realizado anualmente a partir de 40 anos (GONCALVES et al., 2009).

Como visto anteriormente, o diagnóstico precoce do câncer de mama está fundamentado na avaliação clínica e no diagnóstico por imagem, são ações efetivas, que se realizada precocemente, diagnosticando a doença em estágios iniciais, pode promover a cura diminuir a mortalidade por esta neoplasia. Sendo assim, é fundamental insistir na necessidade do Auto Exame da Mama e Exame Clínico da Mama pelo os profissionais, como também na cobertura do exame mamográfico.

Segundo Marinho, Lima e Araujo (2007), o Auto Exame da Mama consegui revelar achados anormais na mama como: proeminência venosa aumentada, mamilo invertido (considerado anormal, quando de longa duração), massa tumoral, fibroadenoma e o aspecto “casca de laranja” que apresenta na pele da mama. Nas Unidades de Saúde alguns profissionais da área não praticam o Exame Clínico da Mama rotineiramente em suas consultas, como também não orientam as gestante quando e como realizar o Auto Exame da Mama, isto explica o fato destas gestante não ter o conhecimento devido de tais exames.

O exame clínico da mama deve sempre fazer parte da primeira consulta de pré natal, contudo o profissional deve se atentar, para não confundir as alterações próprias do ciclo gravídico-puerperal, com os sinais e sintomas do câncer mamário.  As mulheres no período gestacional podem apresentar nódulos impalpáveis, difíceis  de serem diagnosticados, dessa forma, corre risco daquela neoplasia ser detectada em estágio avançado (KETTELHUT e MODENA, 2008)

Ao se tomar por base a literatura mencionada anteriormente sobre os aspectos fisiológicos da gravidez, é necessário que o profissional do Pré-natal oriente as gestantes quanto às alterações fisiológica que irão ocorrer no período gestacional, pois podem gerar dúvidas nas futuras mães quanto ao aparecimento de nódulos pequenos durante a gravidez, que são normais.

A prática do autoexame deve ser incentivada na gestação, pois não é raro uma parturiente chegar a maternidade sem nunca ter examinado sua mama ou tê-lo feito uma única vez, por conta do incentivo dado na primeira consulta de pré natal, portanto cabe aos médicos e enfermeiros orientá-las quanto aos exames preventivo do câncer de mama e suas finalidades, mostrando a relevância dessas praticas e fazendo com que a gestante as mantenha durante e após a gestação (MARINHO, LIMA e ARAUJO, 2007).

O cuidado, mais que um ato, é uma atitude presente antes de qualquer ação, encontra-se na raiz primeira do ser humano, sem ele o homem deixa de ser humano. Cuidar de si mesmo é extremamente importante, pois quem é são pode ficar doente. O cuidado implica em um investimento de zelo, desvelo, solicitude, atenção e proteção para com aquilo que tem valor e interesse para nós. O autocuidado revela-se na preocupação com a saúde (FERREIRA e OLIVEIRA, 2006). 

O autocuidado tem escopo que contribuem de maneira específica para a integridade das funções e para o desenvolvimento humano. Esses propósitos são expressos mediante ações, cuja meta utilizada é ajudar as pessoas a satisfazer as próprias necessidades terapêuticas de auto cuidado (SILVA et al., 2009).

O autoexame, em virtude de ser realizado pela própria pessoa e em seu próprio benefício, consiste em uma forma de autocuidado desenvolvido através de ações que satisfazem suas próprias necessidades, tendo por base certos requisitos, sejam eles fisiológicos, comportamentais ou de desenvolvimento; o auto cuidado é apto às próprias necessidade,  respeita e identifica limitações e definindo o que pode ou deve ser feito para melhorar a saúde (SILVA et al., 2009).

Como as entrevistadas obtiveram Informações sobre o Autoexame da Mama

 

Avançar na promoção em saúde da mulher é um do compromisso da política nacional, para tanto, investem em divulgações sobre a prevenção do câncer mamário, divulgação estas, que são veiculadas por televisão, internet, rádios, palestras presenciais, cartazes, panfletos, entre outros meios. Tomando por base as entrevistas realizadas, nota-se que as depoentes têm em comum os meios que as informaram sobre tal neoplasia. 

Já, assim em palestra, as vezes passas na televisão ai eu fico atenta e mim lembro de fazer (G1)

Eu recebi assim... Pela televisão, palestra essas coisas  (G15)

Já sim, já vi minha vizinha comentado, também pelo enfermeiro, médicos e às vezes pelo agente de saúde. (G9)

Referente à pergunta “Como você recebeu informações sobre o autoexame da mama?” obtivemos diferentes relatos que mencionavam o informante e o meio que veiculavam as informações sobre o exame preventivo do câncer de mama, constatou-se que são informados por enfermeiros, médicos, agente de saúde, até mesmo vizinho; quanto ao meio, se apoiam em televisão e palestra presenciais. Percebe-se, então, que os meios de comunicações podem ser fatores motivadores no comportamento de prevenção, desde que veiculada e incrementada para facilitar o acesso e provocar transformações na mulher.

Segundo Borges et al. (2008), o diagnóstico precoce do câncer de mama está ligado, evidentemente, ao acesso à informação, que contribui para conscientizar sobre a importância do exame clínico, do exame mamográfico e, também, do auto exame da mama. O serviço de saúde e o meio de comunicação em massa são os maiores disseminadores no ensino da prática do autoexame, contribuindo para a difusão e divulgação do câncer de mama, desde os seus fatores de risco até a redução os temores com relação ao seu tratamento. 

Na atenção básica, os profissionais são responsáveis por ensinarem, executarem e facilitarem o acesso às usuárias a tais medidas, pois é local onde a população feminina tem acesso fácil e constante, principalmente aquelas com nível socioeconômico baixo, porém se o profissional da unidade básica de saúde perceber alterações sugestivas deve encaminhá-las para um profissional habilitado fazer o rastreamento e tratamento do câncer de mama (GONCALVES et al., 2009).

Para que as futuras mãe compreenda a importância do auto exame da mama e sua finalidade, como também a manutenção das praticas durante e após a gestação, deve-se então realizar a educação em saúde abrangendo não somente  o período e as técnica corretas do procedimento, mas também deverão contemplar orientações quanto ao estilo de vida e outros comportamentos relacionado à vulnerabilidade frente ao carcinoma mamário (MARINHO, LIMA e ARAUJO,  2007).

Portanto, devemos incentivar a prática dos exames preventivos durante a consulta na Unidade Básica de Saúde, como também explicar as técnicas para executarem a autopalpação, e assim, conscientizá-las que são as responsáveis pelas mudanças de hábitos e manutenção de sua saúde.

Câncer do colo do útero: uma ferida

Mesmo sem ter o conhecimento científico sobre o câncer do colo do útero, nota-se que as entrevistadas correlacionam, coerentemente, a lesão como a presença de uma ferida no colo uterino. Como se pode observar nas fragmentos a seguir:

Acredito que seja uma ferida que cria devido inflamações que a mulher não toma conhecimento do que ta tendo escorrimento e deixa virar e passar o tempo ai vai virando a ferida e assim se torna o câncer (G11)

Acho que é uma ferida que sai no útero, por cauda da relação com vários homens, ai, a gente pode pegar uma doença e ter câncer no útero (G13)

Acho que um descuido, que a pessoa tem em questão de higiene a não fazer o exame de prevenção que vão ocasionar uma ferida... O câncer (G1)

Quando se perguntou “O que câncer do colo do útero?” pode-se perceber que, apesar da pouca noção que muitas gestantes possuem a respeito do que vem ser o câncer de colo uterino, a G11 e G13 transcritas anteriormente, descrevem como uma ferida que aparece no útero, e que esta pode se tornar um câncer. Uma outra relaciona que seu aparecimento está ligado à higienização e não realização do exame preventivo.

Devido o aumento do índice de morbimortalidade por câncer cérvico uterino, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero - Viva Mulher, com intuito de reduzir a mortalidade e as consequências psicológicas desse câncer na população feminina, estabelecendo diretrizes e estratégias para a prevenção, detecção em estágios inicias, tratamento e reabilitação desta neoplasia (BRASIL, 2002).

O câncer de colo uterino é uma doença que se dá de maneira progressiva, no inicio apresenta lesões leves, displásicas, evoluem para severas, e posteriormente para carcinoma, se não tratadas, para câncer invasivo cervical escamoso. O câncer pode ser silencioso, e o tempo de progressão para o desenvolvimento do tumor pode levar em média 10 a 12 anos para chegar a seu estágio invasor. Trata-se do único câncer dispõe de tecnologia para prevenção, detecção precoce e tratamento eficaz (ZAPPONI e MELO, 2010).

São vários os fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de colo do útero, como: idade, multiplicidade de parceiros, iniciação sexual precoce, baixa ingestão de vitaminas, uso de anticoncepcionais orais, tabagismo, baixo padrão de higiene e doença sexualmente transmissíveis, como o vírus papiloma humano (HPV), sendo o mais comum o HPV 16 e o HPV 18. Assim, sabendo quais fatores de risco estão relacionados com essa neoplasia maligna, o profissional, e até mesmo a mulher, já tem consciência de compreender em que grupo de risco se enquadra (SILVA et al., 2008).

Constatou-se, neste estudo, que as gestantes associam o câncer uterino a uma ferida que pode evoluir, oportunizando o desenvolvimento da doença, caso não haja um tratamento precoce. Esta foi a forma que elas empregaram para exteriorizar  as informações que detém a respeito desta doença. 

Sabe-se que esta neoplasia é ocasionada por uma lesão que apresenta diversos fatores de risco, como: a falta de higiene com o corpo e peças intima; não uso de preservativos, que expõe a pessoa aos vários riscos de DST, principalmente ao HPV. Esses e outros acometimentos fazem com a mulher tenha uma inflamação no tecido do útero podendo chegar a estágios avançados, que é o câncer. Percebe-se, com as entrevistas, que as depoentes têm conhecimentos de alguns fatores de risco desta doença o que vantajoso para sua saúde.

O desenvolvimento do câncer cervical inicia-se sem nenhuma sintomatologia especifica. Os seus sintomas só são observados quando o tumor invade o estroma cervical, ocasionando sangramento e infecções bacterianas secundárias, com corrimento aquoso e odor fétido. À medida que a doença progride, pode invadir os tecidos externos do colo e também a via linfática, ocorrendo edemas em membros inferiores. Nesta fase, sempre se apresentam dores na região do hipogástrio (SOARES e OLIVEIRA, 2010).

Ainda o mesmo autor enfatiza que para se detecta a doença em fase inicial, deve ser realizada a coleta de material do colo do útero através de um exame tecnicamente simples: o exame papanicolau, que também é conhecido como citologia oncótica, exame citológico, exame de lâmina, exame citopatológico ou citologia cervicovaginal; após análise, fazer o tratamento de possíveis resultados alterados.

Forma de prevenção de câncer do colo do útero

Essa categoria abordar as formas preventivas do câncer de colo do útero, destacando o conhecimento que as gestantes têm sobre tais prevenções e revelando os sentimentos nelas despertado diante o exame. Essas informações foram obtidas através da pergunta “Quais as formas de prevenção do câncer do colo do útero que você conhece?” podemos observar as respostas transcritas a seguir:       

Pra mim eu acho que só é mesmo a questão de fazer prevenção de ano em ano, fazer a transvaginal esse tipo de exame (G6)

É o exame que a gente chama de prevenção,deve ser feito todo ano, mas tenho medo e vergonha de fazer (G15)

Em 1917, foi descoberto o exame preventivo do câncer do colo do útero, pelo Dr. George Nicolau, através de estudo, analisando alterações celulares da cervix e vagina e, ainda, modificações apresentadas no ciclo menstrual. Na década de 40, recebeu a denominação de papanicolau devido ao sistema de coloração utilizado, que consiste na coleta de material do fundo do saco vaginal, cervical e endocervical (SILVIO et al, 2010).

O exame citopatológico é a estratégia de rastreamento preconizado pelo Ministério da Saúde, que propicia a detecção precoce de lesões precursoras com alto potencial de malignidade ou carcinoma in situ, sendo necessária a organização do serviço de saúde para que o mesmo proporcione a integralidade e a qualidade de rastreamento na busca ativa de paciente (Silva, et al.,  2008).

Este exame consiste em uma tecnologia simples, eficaz e de baixo custo para o sistema de saúde, podendo ser realizado por um profissional de saúde treinado adequadamente, sem a necessidade de uma infraestrutura sofisticada. Ele possibilita um rastreamento de até 80% dos casos de câncer de colo uterino, se as lesões iniciais forem tratadas de forma adequada, a redução da taxa de câncer cervical pode chegar a 90% (FELICIANO, CHRISTEN E VELHO, 2010).

Para a realização do exame papanicolau é necessário a introdução de um espéculo no canal vagina, até a exposição do colo uterino, logo após, realizar a coleta do material com a espátula Ayre da ectocervice e, em seguida, com a escova cervical na endocervice. Após a coleta, o material é colocado em uma lâmina transparente de vidro com uma parte fosca para a numeração e identificação com o nome da mulher (SOARES e SILVA).

O exame citológico é recomendado prioritariamente para mulheres de 25 a 59 anos de idade (SILVA et al., 2010). Para a realização deste procedimento, e também, afim de exames fidedignos, é recomendado que as mulheres não utilizem duchas, medicamentos vaginais ou realizem exames intravaginais, nem usem anticoncepcionais locais e espermicidas, tão pouco relações sexuais em 48 horas antes da coleta, ainda devem aguardar 5 dias após o término da menstruação.

O intervalo de tempo em que é recomendado para a realização do exame citopatológico deve ser respeitado, bem como os cuidados previamente para a realização da coleta do material citopatológico, pois são de suma importância para o êxito do diagnóstico. O profissional deve estar preparado para realizá-lo, certificando-se de que tem o material necessário para obter o sucesso da ação.

Segundo Ferreira e Oliveira (2006) muitas mulheres apresentam resistência para a realização desse exame citológico, pois na maioria das vezes têm relacionados sentimentos como a vergonha, o medo de sentirem dor, medo da positividade do resultado ou ainda por desconhecerem o ritual do exame; essas sensações dificultam o desenvolvimento do procedimento, pois as pacientes não conseguem relaxar, e isto faz com que o exame se torne mais dolorido devido a contração da musculatura pélvica.

Para Duavy et al. (2007) a vergonha é o maior sentimento percebido no relato das mulheres que fazem o exame preventivo de forma regular. Esta sensação é despertada toda vez que a mulher expõe seu corpo, podendo justifica-se pelo tabu do sexo. Outro sentimento que se faz presente antes, durante e após a realização do exame, é o medo, devido à expectativa de terem algum problema.

Portanto, para que haja uma diminuição desses sentimentos, é necessário que os profissionais de saúde, sejam médicos ou enfermeiros, explique de forma detalhada o procedimento que irão realizar durante o exame ginecológico, mostrando, inclusive, o espéculo e os demais materiais que serão utilizados, como meio de tranquilizá-las.

Devem ser proporcionadas melhores condições de acesso e recepção da clientela, favorecendo a promoção de um ambiente acolhedor, com o devido respeito à privacidade das mesmas, por meio da oferta de estabelecimentos de saúde e horários flexíveis para a realização do exame, verificando a proximidade de sua residência ou trabalho e, principalmente, o respeito a limitações impostas pela individualidade das mulheres (FELICIANO, CHRISTEN e VELHO, 2010).  

Obtenção de informações do papanicolau

Nessa categoria vamos explanar sobre o papanicolau e como as gestantes obtiveram informações sobre o mesmo, ressaltando, que essas foram transmitidas e orientadas por profissional que realizavam o Pré-natal. Como nas falas transcritas a seguir:

Sim, quando eu tava grávida o enfermeiro falou sobre esse exame (G8)

Recebi, os médicos que acompanha a gente durante o pré-natal e fala pra gente (G11)

Já, foi quando eu vim mim consultar no pré-natal ai disseram que eu tinha de fazer (G14)

Ao serem interrogadas “Como você recebeu informações sobre o exame papanicolau?” as gestantes relataram ter tomado conhecimento na consulta de pré-natal, através de profissionais de saúde habilitados para realizar o exame citopatológico. Vale relatar que tal conhecimento deve ser informado não somente na consulta de pré-natal, mas em todas as consultas referentes à saúde da mulher.

É fundamental que os serviços de saúde orientem a população sobre o que é e qual a importância do teste de Papanicolau, portanto todos os profissionais devem estar atentos, praticando de forma mais ativas a prevenção e a promoção da saúde, fazendo com que as mulheres compareça a unidade de saúde periodicamente para a realização do exame, assim, contribuindo para redução da morbimortalidade  pelo o carcinoma cervico-uterino (SILVIO et al., 2008)

Para que se possa alcançar objetivos que melhorem a qualidade de vida, é importante que os profissionais implantem medidas e ações educativas que apresentem impactos eficientes, pois a educação em saúde não é apenas uma transmissão de orientação que despreza o conhecimento de quem recebe, ou pouco acredita na sua capacidade de aprender ou modificar-se (CRUZ e LOUREIRO, 2008)

Os profissionais de enfermagem têm um papel fundamental na questão da prevenção, deve desempenhar um papel de educador, trabalhando mais na questão do conhecimento das representações sociais que influenciam as mulheres no cuidado de si (SILVIO et al., 2008)

De acordo com que foi descrito anteriormente, a enfermagem apresenta um papel significativo na prevenção dessas neoplasias; esse compromisso não é apenas dos profissionais de enfermagem, mas de todos os profissionais da área da saúde, devem investir no cuidado preventivo para que possa ampliar cada vez mais o número de mulheres realizando este procedimento. Na disseminação de conhecimento, destacamos que, além dos profissionais disseminarem informações sobre o papanicolau na sua consulta, a mídia também contribui na divulgação das informações, desse exame.

http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v39n2/24052.pdf

CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados coletados, pôde-se observar que as depoentes acreditaram conhecer a doença cérvico-uterino e mamário. Entretanto, pelo o que se constatou, esse conhecimento não é o suficiente ou consistente o bastante para influenciar positivamente nas mudanças desejáveis nas práticas de saúde.

Percebemos que as mulheres entrevistadas reconhecem a importância e a necessidade dos exames preventivos, entretanto no que se refere ao autoexame das mamas, mostram uma ação incorreta quanto à técnica e periodicidade para a realização do mesmo. Referente ao papanicolau revelaram ter um conhecimento mais satisfatório, que serve de incentivo para realizá-lo regularmente.

A percepção das gestantes quanto à realização do autoexame das mamas se revela na forma de cuidar do próprio corpo, tal conceito consiste no autocuidado. Estas percepções, em conjunto com benefícios, menos as barreiras percebidas para tomadas de ação, constitui um indicativo da probabilidade dessas mulheres buscarem ajuda profissional e/ou executarem ações de autocuidado para detectar o câncer de mama precocemente. Quanto ao papanicolau, percebem como exame constrangedor, que desperta a vergonha e o medo de realizá-lo, esses sentimentos, em alguns casos, atrapalham para adesão do mesmo.

Diante disso, considera-se que o conhecimento que possuem quanto ao câncer do colo do útero e mama pode influenciar estas mulheres a perceberem a suscetibilidade de apresentarem a doença e a gravidade da mesma. Nesse sentido, acredita-se que a comunicação representa um instrumento fundamental para a conscientização da população feminina acerca da doença e dos fatores associados. Tais conhecimentos podem ser veiculados de formas diversas, entre as quais se inserem as orientações por meio dos profissionais de saúde e os meios de comunicação em massa.

 Assim, todos os dados dessa pesquisa oportunizam aos profissionais da área da saúde a ciência a respeito das percepções das gestantes sobre o assunto, cabendo a estes promover uma cobertura mais próxima do ideal tanto da patologia quanto dos exames, a fim de possibilitá-las melhor captação e fixação dos conhecimentos, de forma a torná-las co-participes das ações de saúde.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Renata Lima e Silva

por Renata Lima e Silva

Renata Lima e Silva, Enfermeira, especializando em Enfermagem do Trabalho pelo Portal da Educação e Saúde da Família pela UNASUS.

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