Suicídio

Predomina a idéia subjacente de autodestruição
Predomina a idéia subjacente de autodestruição

Enfermagem

13/03/2013

Por suicidio entende-se a ação mediante a qual uma pessoa se inflige a morte, intencionalmente, por ato ou pela omissão de alguma coisa que conserve a vida. Tais atos ou omissões, porém devem ser “intencionais”, ou seja, fruto de uma ponderação e decisão conscientes, nunca feitos num estado de loucura ou por algum arrebatamento incontrolável. Também não é propriamente falando suicídio a “tentativa de suicídio”.

Nas tentativas de suicídio, geralmente se usam meios chamados “fracos” (gás, ingestão de drogas, etc.) e geralmente se age por motivos amorosos e familiares. Nos suicídios, a causa costuma ser por um desastre grave, por enfermidades incuráveis, fracassos econômicos ou pena judiciária muito pesada. Nas tentativas, gesto é quase sempre pouco refletido e impulsivo, enquanto no suicídio o gesto é resultado de muita análise e ponderação.

No suicídio, predomina a idéia subjacente de autodestruição – há no fundo a expressa vontade de morrer, enquanto na tentativa de suicídio prevalece à tendência à auto conservação. Diz-se que quem tenta o suicídio está lançando um “apelo”, um desesperado grito de socorro.

Segundo estudos da Organização Mundial de Saúde os homens se matam muito mais que as mulheres e as mulheres tentam muito mais que os homens. A explicação mais utilizada, mas que mais não esgota a questão reside nos meios empregados. As mulheres usam meios menos violentos que os homens, utilizando-se, mais que seus companheiros, do envenenamento por produtos farmacêuticos.

Quanto à idade os velhos que mais se matam, ao passo que nos jovens é maior a incidência de tentativas. Pode-se destacar uma lei no suicídio: quanto mais avançada a idade, tanto a frequência.

As relações suicídio – desemprego e suicídio-crise não nos autorizam a inferir leis gerais. Percebe-se que a pobreza econômica não é a única determinante. Para que ela tenha efeito suicidógeno, é necessário que se combine com isolamento. Pobre ou rico, o ser humano se mata em estado de isolamento.

O enfoque ético traz duas visões subjetiva ou objetiva do suicídio, a primeira busca responsabilizar a pessoa que se suicida ou tenta o suicídio, quando não havia compreensão dos fatores que levam a pessoa realizar isto era relevante, mas atualmente considerando que a percepção do suicida é unilateral dos valores levando alterar o princípio de liberdade e o característica da lucidez devido as pressões de processos emocionais, não cabe a responsabilização da pessoa e sim a prevenção do ato no menor indicio de intenção de suicídio.

Cabe ao profissional de enfermagem maturidade para atender o paciente de forma holística, identificando todos os sinais e sintomas que necessitem de atenção e assistência e nos pacientes que estão recuperando de suas lesões por tentativas de suicídio o profissional precisa vencer qualquer preconceito para atendê-lo de forma integral e sobre tudo garantido a dignidade da pessoa.

Na segunda visão, objetiva buscam-se justificativas para o suicídio e na historia da humanidade temos várias interpretações influenciadas por aspectos morais e religiosos, na filosofia encontramos uma argumentação de que o suicídio não é desejável eticamente.

Segundo Pessini, 1991, muitos peritos no assunto acreditam que a maioria dos suicídios são compulsivos e irracionais. Aqueles que tiram a própria vida estão emocionalmente perturbados e agem compulsivamente, ou então a responsabilidade é tão distorcida pela angustia que a liberdade de escolha esta totalmente comprometida.

“ O suicídio é a tentativa do homem de dar um último sentido humano a vida que se tornou sem sentido e um ultimo golpe na autojustificação” Dietrich Bonhoffer.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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