Técnica de lavagem das mãos

O profissional da saúde deve tornar a lavagem das mãos um hábito
O profissional da saúde deve tornar a lavagem das mãos um hábito

Enfermagem

29/01/2013

 Lavagem básica das mãos
É o simples ato de lavar as mãos com água e sabão, visando a remoção de bactérias transitórias e algumas residentes, como também células descamativas, pêlos, suor, sujidades e oleosidade da pele. O profissional de saúde deve fazer desse procedimento um hábito, seguindo as recomendações e etapas de desenvolvimento da seguinte técnica:

• Fique em posição confortável, sem tocar a pia, e abra a torneira, de preferência, com a mão não dominante, isto é, com a esquerda, se for destro, e com a direita, se for canhoto;
• Mantenha se possível, a água em temperatura agradável, já que a água quente ou muito fria resseca a pele. Use, de preferência, 2 ml de sabão líquido, ou o sabão em barra( nesse caso enxágue o sabão antes do uso);
• Ensaboe as mãos e friccione-as por aproximadamente 15 segundos, em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades dos dedos;
• Enxágue as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão, enxugue-as com papel-toalha descartável;
• Feche a torneira utilizando o papel-toalha descartável (evite encostar-se à mesma ou na pia)

Indicações

Uma listagem de todas as situações em que as mãos devem ser lavadas seria uma tarefa prolongada e incompleta.

De modo geral, entretanto, o bom senso autoriza e recomenda que o profissional de saúde lave as mãos nas situações abaixo indicadas: sempre que estiverem sujas.

Antes de:

• Ministrar medicamento oral;
• Preparar nebulização.

Antes e após:

• A realização de trabalhos hospitalares;
• A realização de atos e funções fisiológicas e ou pessoais (se alimentar, limpar e assoar o nariz, usar o toalete, pentear os cabelos, fumar ou tocar qualquer parte do corpo);
• O manuseio de cada paciente e, às vezes, entre as diversas atividades realizadas num mesmo paciente (por exemplo: higiene, aspiração endotraqueal, esvaziamento da bolsa coletora de urina etc.);
• O preparo de materiais ou equipamentos (respiradores, nebulizadores etc.), durante seu reprocessamento;
• A manipulação de materiais ou equipamentos (exemplo: cateter intravascular, sistema fechado de drenagem urinária e equipamentos respiratórios);
• A coleta de espécimes;
• A aplicação de medicação injetável;
• A higienização e troca de roupa dos pacientes.

b) Lavagem e anti-sepsia das mãos
Pré-procedimentos cirúrgicos

No preparo das mãos e antebraços, antes de quaisquer procedimentos cirúrgicos, o profissional de saúde deve remover todas as jóias, pulseiras e ou anéis, inclusive a aliança. As unhas devem ser mantidas aparadas e sem esmalte.

Para a anti-sepsia, recomenda-se o emprego de escovas apropriadas, com cerdas macias, descartáveis ou convenientemente esterilizadas. São contra-indicadas as escovas de cerdas duras, já que podem promover lesões cutâneas nas mãos e antebraços. Proscreve-se, também, a manutenção de escovas em soluções desinfetantes, bem como seu reaproveitamento após o uso. Caso não existam condições adequadas para a utilização das escovas, deve-se dar preferência ao desenvolvimento da anti-sepsia sem escovação.

Com ou sem escovação, porém, a sequência da lavagem deve ser ritualmente seguida pelo profissional de saúde. Com movimentos de fricção pelas diferentes faces das mãos, espaços interdigitais, articulações, extremidades dos dedos e antebraços, durante 5 minutos antes da primeira cirurgia e de 2 a 5 minutos antes das cirurgias subsequentes, desde que a anterior não tenha sido infectada. Nesse caso, deve-se obedecer ao tempo de 5 minutos.

1ª opção
Desenvolvimento da técnica com anti-séptico-detergente

Quando do emprego de produtos antissépticos-detergentes no final do procedimento, o profissional de saúde deve enxaguar as mãos em água corrente, aplicar o produto e, após friccioná-lo nas mãos, enxugar as mesmas com toalha ou compressa esterilizada.

É vedado o uso de soluções alcoólicas para a remoção de resíduos do anti-séptico-detergente.

2ª opção
Desenvolvimento da técnica com água, sabão e aplicação de anti-sépticos

Quando não houver a disponibilidade de produtos à base de antisséptico- detergente associado, o ritual da lavagem / escovagem deverá ser processado com o uso do sabão, obedecendo-se a técnica preconizada. O profissional de saúde, após friccionar as mãos com água e sabão, deve enxugá-las tendo o cuidado de remover totalmente a espuma e resíduos de sabão das mãos e antebraços. Sequencialmente, deve aplicar uma solução de álcool iodado a 0,5 ou 1 %, friccionando as mãos com essa solução por, no mínimo, 1 minuto, secando-as em seguida com toalha ou compressa esterilizada.

Em qualquer das duas opções, durante o desenvolvimento da técnica, as mãos devem ser mantidas numa altura relativamente superior aos cotovelos, e a secagem com toalha ou compressa esterilizada deve ser processada, sempre, obedecendo-se a direção mãos-cotovelo, com movimentos compressivos e não de esfregação.

É contra-indicada a imersão das mãos em bacias com álcool iodado. Como precaução adicional, o profissional de saúde deve usar luvas quando houver um elevado risco de transmissão de infecção. Tal procedimento objetiva proteger os pacientes dos microrganismos que não foram totalmente removidos através da lavagem das mãos, bem como evitar que o pessoal de saúde tenha contato direto com secreções, excreções, material e equipamentos contaminados. O uso de luvas, entretanto, não prescinde uma boa lavagem das mãos.

Indicações (1 ª e 2 ª opção)
Antes de:

• Cirurgias em geral;
• Procedimentos cirúrgicos de pequeno porte, tais como: biópsias, cateterismos vasculares, traqueostomias, shunts arteriovenosos, procedimentos endoscópicos por incisões, punções e drenagens de cavidades serosas, acesso percutâneo a cavidades naturais (cateterismo vesical, punção suprapúbica) e outras cirurgias realizadas em unidades ambulatoriais e de emergência, como por exemplo, retirada de corpo estranho, cirurgia oftalmológica e outras.

Em alguns serviços de saúde, os procedimentos citados – em consequência de situações emergenciais e outras peculiares à instituição – são realizados em áreas semicríticas e não em áreas críticas, o que seria mais adequado, devido ao risco potencial de infecção.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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