Quiropraxia - diagnostica e trata desvios na coluna

Enfermagem

01/01/2008

Alivie as dores na coluna com quiropraxia

Você já pensou em se livrar daquela indesejável dor nas costas sem tomar um remédio sequer? Ou em deixar de sofrer de hérnia sem precisar se submeter a uma cirurgia? Esses e outros 'milagres' já são possíveis graças à quiropraxia. Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a técnica se propõe a diagnosticar e tratar desvios da coluna vertebral, fazendo com que eles voltem à posição original, através da manipulação e alinhamento das articulações.

"Resolvemos até 95% dos casos. Os 5% restantes encaminhamos para ortopedistas e reumatologistas. O tratamento é multidisciplinar. É importante unir forças em busca de uma melhor qualidade de vida para o paciente", afirma Marcus Barros, fisioterapeuta com especialização em quiropraxia.

Como tratar os desvios
Fisioterapeuta há cinco anos e quiropraxista há dois, Marcus explica que a técnica se concentra na relação entre coluna vertebral e sistema nervoso central. Segundo ele, certos desvios nas articulações podem interferir no funcionamento da coluna, de músculos e nervos. "Tais 'desvios' surgem pelos mais variados motivos: de acidentes domésticos e má alimentação a posição inadequada ao dormir e falta de atividade física. É impressionante como tudo está relacionado à coluna. Até e principalmente o que a gente pensa que não está", completa Felipe Blumenberg, que divide consultório com Marcus em Ipanema.

A engenheira Elisabeth Borchert, 52 anos, garante que tentou de tudo para livrar-se de uma hérnia de disco na coluna cervical. "Fiz mais de 20 sessões de fisioterapia", contabiliza. O pescoço deixou de incomodar quando ela resolveu experimentar a quiropraxia.

"Os demais tratamentos são bons, mas os resultados demoram a aparecer. Quando eles me estalam toda, sinto um alívio inacreditál", brinca Elisabeth, que voltou ao consultório para tratar de uma tendinite no ombro.

Técnica regulamentada em mais de 70 países
O fundador da quiropraxia foi o canadense Daniel David Palmer. Autodidata, promoveu a primeira 'manipulação quiroprática' em 1895, quando corrigiu o problema de audição de um paciente, Harvey Lillard, com o simples alinhamento de uma vértebra da coluna. A palavra quiropraxia, cunhada por Palmer, é derivada do grego: quiro significa 'mão' e práxis, 'praticar'.

A quiropraxia já é regulamentada em mais de 70 países, como EUA, Canadá, Inglaterra, África do Sul e Austrália. No Brasil, a profissão ainda não é regulamentada, mas já está incluída no Código Brasileiro de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho. Até o momento, apenas profissionais formados em Fisioterapia estão aptos a exercer a técnica da quiropraxia.

Na América Latina, apenas Brasil e México possuem cursos de nível superior em quiropraxia. O ensino no Brasil teve início em 1998, quando o Centro Universitário FEEVALE, em Novo Hamburgo (RS), criou um curso de pós-graduação para profissionais da área de saúde. Atualmente, a Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, também oferece o curso.

Um método diferenciado
O grande diferencial da quiropraxia, segundo os especialistas, é enfatizar o poder do corpo de se recuperar espontaneamente de lesões ou traumas, sem o uso de remédios ou cirurgias. "Antes de mais nada, é preciso investigar a origem do problema. Se o paciente sofre de dor lombar, por exemplo, vamos tentar descobrir o porquê disso. Cirurgia só é recomendável em último caso, quando não houver mais possibilidade de cura pelo método convencional", diz Marcus.

Segundo ele, a consulta quiroprática consiste numa espécie de 'investigação'. Muitas vezes, a origem de determinada lesão só é identificada na terceira ou quarta sessão. Para tanto, os quiropraxistas se utilizam de muita conversa - para levantar o histórico do paciente - e, principalmente, 'apalpação'.

"Em alguns casos, o paciente atribui uma determinada dor a um tipo de problema que não corresponde à realidade. Só depois de muito investigar é que descobrimos que a origem do problema, na verdade, era outro diferente", salienta.

Tratar as causas
Mas as sessões de quiropraxia não terminam simplesmente com a aparente resolução do problema. "Temos a preocupação de tratar as causas. Daí, a necessidade de estabilizar e fortalecer as articulações afetadas. Até mesmo para o paciente não apresentar o mesmo problema depois", enfatiza Felipe.

Não são raras as vezes em que os especialistas complementam o tratamento quiroprático com exercícios físicos, reeducação postural e orientação nutricional. "Em alguns casos, o paciente precisa até reaprender a andar", diz Marcus.

A quiropraxia não lembra as massagens convencionais, sessões de acupuntura ou exercícios de Reeducação Postural Global (RPG). "A quiropraxia visa ao mesmo resultado do RPG. A diferença é que a duração do tratamento quiroprático é menor", assegura Felipe.


Fonte: Terra

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