Adesão e desistência de praticantes de exercício físico em academias

Há milhões de anos atrás os homens já praticavam atividade física.
Há milhões de anos atrás os homens já praticavam atividade física.

Educação Física e Esporte

15/01/2016

Adesão e desistência de praticantes de exercício físico em academias de ginástica


Marden Gabriel Alves De Aguiar Junior, Tonino Ialacci Junior


Resumo – O objetivo do presente estudo foi investigar os principais motivos de adesão e desistência de sujeitos praticantes de exercício físico de duas academias. Trata-se de um estudo descritivo que utilizou como instrumento para a coleta de dados um questionário contendo 5 perguntas para atuais alunos(1 aberta e 4 fechada) e 2 perguntas para ex-alunos (1 aberta e 1 fechada), desenvolvido especificamente para o estudo em questão. A amostra foi feita com 200 sujeitos sendo que 100 eram da Mega academia e 100 do Complexo Golfinho Azul. A desistência das academias de ginástica pelos praticantes de exercício físico foi atribuída, principalmente a falta de tempo e a perda da motivação, quanto a adesão os motivos atribuídos foram a estética e recomendação medica.


1. INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos a adesão a prática de atividades físicas vem aumentando acentuadamente. A faixa etária e os motivos desta procura são muito variados, obrigando os profissionais de educação física a buscarem cada vez mais conhecimento e qualificação.

A busca pela melhoria da aparência física e as recorrentes preocupações com a beleza, por sua vez, aparecem cada vez mais associadas à própria noção de saúde e também são responsáveis pela expansão desse setor (MASCARENHAS, VIEIRA, MARQUES, 2007; MARCELLINO, 2003).

Outro fator preponderante tanto na adesão quanto na desistência de adeptos aos exercícios em academias é a motivação dos mesmos. A motivação é caracterizada como um processo ativo, intencional e dirigido a uma meta (SAMULSKI, 2009). A variável de motivação pode atuar de forma negativa quando ela acarreta a desistência de adeptos de academias e de forma positiva quando ela promove a adesão de alunos nas academias.

A aderência, ou seja, o comprometimento do praticante de exercício físico com a sua rotina, programa de treinamento, não ocorre logo no início da prática, pois há um processo lento que vai da inatividade à manutenção da prática de exercício físico (NASCIMENTO, SORIANO, FAVARI, 2007), portanto não basta a motivação inicial, o professor deve atuar na motivação diária do aluno para que ele consiga manter a adesão ao exercício físico por longo período.
Nos dias atuais observa-se um grande problema nas academias que é a rotatividade de alunos. Partindo deste pressuposto, o objetivo do presente estudo é de investigar os motivos da adesão e da desistência de clientes de duas academias localizadas nas cidades de Trindade (GO) e Goianira (GO).


2. ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO

A atividade física é praticada pelo ser humano desde os seus primórdios. Segundo Saba (2001) a atividade física é o movimento corporal humano que envolve um gasto energético superior ao gasto de energia em estado de repouso.

Há milhões de anos atrás os homens já praticavam atividade física sem mesmo saber de que se tratava de algo com tal importância. Utilizavam-se da forma física para sobreviver (caçar, pescar...). Com o passar dos anos a atividade física foi dividida em duas vertentes, em exercício físico definido como uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva, resultando na melhoria de uma ou mais variáveis da aptidão física. O exercício físico tem um conceito muito amplo e com regulamentação da profissão de educação física se tornou possível que as pessoas pratiquem algum tipo de exercício físico com acompanhamento de um responsável e conhecedor de determinada modalidade.

Com o crescimento da prática de exercícios físicos com acompanhamento foram surgindo e crescendo a quantidade de academias de ginástica. Academia, segundo Toscano (2001) é um centro de atividades físicas onde se presta serviço de avaliação, prescrição e orientação de exercícios físicos, sob supervisão direta de profissionais de educação física. Com o surgimento das academias, Contursi (1996) descreveu que as mesmas tiveram um papel fundamental na sociedade, pois em muitos lugares, principalmente nos grandes centros, elas eram ás únicas oportunidades de lazer e fitness, nas quais havia profissionais para as possíveis orientações técnicas. Castros (2001) vê academia nos tempos atuais como um espaço privilegiado de sociabilidade e a escolha da prática corporal como sendo uma das dimensões do estilo de vida dos indivíduos.

Moraes (2006) fala que até o início dos anos 70 a academia era frequentada por homens e a atividade física oferecida era quase sempre a musculação. Esse nome quebrou o preconceito que existia contra o halterofilismo, e ao mesmo tempo foi utilizada para atrair mulheres para essa atividade. Esta evolução do nome dado a modalidade não para e hoje chamamos a musculação como sendo exercícios resistidos. 2.1 Importâncias da pratica de exercício físico

Holmes; Dickerson (1997) referem-se a qualidade de vida como informações sobre o bem-estar físico, social e emocional do indivíduo, como recursos necessários para a satisfação individual, aspirações futuras, participações de atividades para o seu desenvolvimento e satisfação comparada entre ele próprio e os outros.

A busca pela qualidade de vida aliada à prática do exercício físico vem crescendo muito, além de ter outros fatores como estética, status e bem estar, que também contribuem de forma positiva para o crescimento desta prática.

O exercício físico hoje pode e deve ser praticado pela maioria das pessoas que desejarem ter uma vida saudável e que queiram alcançar o bem estar em sua vida, não tem idade limite para praticar algum tipo de exercício físico, de bebês a idosos há práticas indicadas. Segundo Haskel (1998), 54% dos fatores de risco de morte por problemas cardíacos estão relacionados ao estilo de vida, isto é, alimentação, atividade física, pressão arterial, etc. Além disso, dados epidemiológicos do estado de São Paulo evidenciam claramente que o sedentarismo e o fator de risco mais prevalecente na população brasileira (em torno de 70%), bem superior a outros fatores de risco como tabagismo, hipertensão arterial, obesidade e alcoolismo (MATSUDO, 1999).

Nos dias atuais não existe vida saudável sem a presença de algum tipo de atividade física, pois a falta dela pode levar à morte e a adesão à pratica leva a uma plenitude de vida saudável e de qualidade.

No estudo realizado por SOUSA, JULIO, CRISTIANA (2001) os resultados encontrados na população estudada, confirmam que os exercícios físicos habituais e não excessivos, bem orientados, sejam eles aeróbios ou com pesos, através de seus efeitos, melhoram os parâmetros de qualidade de vida.

Atualmente é praticamente um consenso entre os profissionais da área da saúde que a atividade física é um fator determinante no sucesso do processo de envelhecimento.


2.2 Adesões e desistência

A prática da atividade física começa a apresentar resultados a partir do momento em que é realizada algumas vezes por semana. Se não for atingindo esse ponto mínimo de atividade, a condição do praticante sazonal muito se assemelha a condições corporais do sedentário (SABA, 2001).

A partir daí, ganhou importância o conceito de adesão, que é a manutenção da prática de exercícios físicos por longo período de tempo, como parte da rotina dos indivíduos (SABA, 2001) Segundo Saba (2001) o que leva um praticante a manter-se constantemente em atividade física é o hábito. A aderência, conjunto de determinantes pessoais e ambientais característicos do exercício físico, propicia a manutenção da prática física por longo período de tempo, elevando a qualidade de vida do indivíduo e garantindo mais saúde e satisfação.

O que está ligado à aderência é exatamente a fidelização do cliente. Nogueira (2000, p. 74) aponta:

“A importância da qualidade da empresa, alertando para o acompanhamento constante em busca da satisfação focada na necessidade dos clientes, processo esse que deve ser executado da melhor forma possível, procurando fidelizar o cliente, oferecer um alto nível de benefícios em relação à concorrência, mas sempre se preocupando com o custo relativo e a saúde financeira da empresa.”

A adesão e fidelização dos praticantes de atividade física estão ligados diretamente a satisfação pessoal dos mesmos em relação aos próprios objetivos, bem como, aos bens disponibilizados pela academia (atendimento, estrutura, promoções). Dentro destes aspectos pode-se citar o marketing como norteador das ações aplicadas nos programas da academia, sendo que o objetivo do marketing é atender as necessidades dos seus clientes.

A desistência de clientes em academia acontece com grande frequência por vários motivos. Segundo Nahas (2001), a principal alegação das pessoas quando perguntadas sobre a desistência da prática da atividade física, normalmente a resposta e sempre a falta de tempo. Já Nogueira (2000), apresenta que os fatores de maior incidência na perda de clientes em empresas de fitness são: o aparecimento de outra academia prometendo atingir seus objetivos; mudar de professor devido opção por outras aulas, considerando que o autor enfatiza que aproximadamente 70% dos clientes saem das empresas por estarem insatisfeitos com atitude pessoal, devido à má qualidade dos serviços prestados pela mesma.

Contursi (2000, p.63) afirma que:

"O custo é, na realidade, cerca de oito vezes, orientando que a gestão deve ser direcionada ao máximo para o combate a evasão de clientes, pois representa grande economia para os cofres da empresa, advertindo que em algumas grandes empresas de fitness a rotatividade chega, muitas vezes, a 100% durante um ano."

Em uma pesquisa realizada por Saba (2001) demonstrou que 50% dos clientes de academia abandonam a empresa no primeiro ano de adesão e, 26,5% alegam que saíram pelo fato de mudarem de residência, outros 20% confirmam que nunca iam ou estavam insatisfeitos com o atendimento da academia, 8% somente desistiram pelo fator financeiro. 3. METODOLOGIA

Este estudo consistiu em uma análise de dados coletados por meio de questionário buscando apresentar resultados sobre o tema investigado, tendo um caráter descritivo. Mattos, Rosseto, Blecher (2004) relatam que o objetivo de uma pesquisa descritiva é colher dados relevantes de determinadas fontes ou pessoas, em contato direto do pesquisador com os sujeitos da amostra.

Esta pesquisa foi realizada em duas academias de duas cidades do Estado de Goiás, uma na cidade de Trindade (Complexo Golfinho Azul) e a outra na cidade de Goianira (Mega Academia), envolvendo alunos e ex-alunos que passaram pelas academias entre Fevereiro e Agosto de 2011. Para tanto, foram entrevistadas 200 usuários, entre 18 e 60 anos (sendo 100 do sexo feminino e 100 do sexo masculino - 130 atuais alunos e 70 ex-alunos). A seleção dos alunos a foi feita por critério de acessibilidade. Os sujeitos envolvidos neste estudo advêm da classe média e alta das respectivas cidades.

Inicialmente solicitou-se autorização dos proprietários das academias para a realização do estudo, bem como, consentimento dos sujeitos através da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Como instrumento de pesquisa, utilizou-se um questionário contendo 5 perguntas (4 fechadas e 1 aberta) para os atuais alunos e contendo 2 perguntas (1 fechadas e 1 aberta) para os ex-alunos, utilizando-se do contato do pesquisador com os entrevistados, por meio de telefone e/ou e-mail.

Os dados coletados através do questionário foram catalogados, transformados em porcentagem e apresentados em gráficos utilizando-se o programa Microsoft Office Excel 2007 para apresentação dos resultados.


4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

São apresentados os percentuais referentes aos dados coletados na pesquisa através dos questionários aplicados a alunos e ex-alunos da academia no primeiro semestre de 2011, motivo da adesão dos atuais alunos e da desistência dos ex-alunos.

No Complexo Golfinho Azul, pelo motivo de que os clientes da mesma são na grande maioria mulheres o número de entrevistas feitas com pessoas do sexo feminino foi 70% e 30% do sexo masculino. Já na academia Mega, a quantidade de homens entrevistados foi de 67% e 33% do sexo feminino. No total foram entrevistados 100 sujeitos do sexo masculino e 100 do sexo feminino. No Complexo Golfinho Azul foram entrevistados 70% de clientes atualmente matriculados e 30% clientes inativos na academia. Já na academia Mega fizeram parte da entrevista 80% de atuais clientes e 20% de clientes inativos.

No Complexo Golfinho Azul os três itens com maior destaque foram a recomendação médica (12%),a estética (12%) e a saúde (10%). Já na Academia Mega pode-se observar em destaque a estética (23%), e o Hobby (12%). Os itens que se destacaram no total foram a estética (25%) e a recomendação médica (21%).

O que pode ser observado é que grande parte das pessoas estão procurando academias em busca do “corpo perfeito” influenciados na maioria das vezes pela mídia. Segundo Mascarenhas (2007), a busca da melhoria das condições de aparência física são preocupações que por sua vez aparecem cada vez mais associadas à própria noção de saúde e também são responsáveis pela expansão desse setor.

Estudos realizados por Araújo, Pimenta, Barauna et al. (2007), Zanetti, Garcia, Vieira (2007) e Alburquerque e Alves (2007), comprovaram que a estética e os aspectos relacionados à saúde são os principais motivos da adesão dos clientes em academia de ginástica.

No Complexo Golfinho Azul e na academia Mega os dois itens em destaque foram o bom atendimento (36%), estrutura física (23%) e ambiente propicio (23%). Isto mostra que nas duas academias os clientes não cobram mais do que um atendimento de qualidade, algo que seria obrigação de todas as instituições que prestam serviço de atendimento ao público. O ambiente propício, pois nas cidades do interior do Estado de Goiás, não existem locais públicos para se praticar algum tipo de atividade física. Outro fator está relacionado a estrutura física adequada para a prática que também está relacionada a falta de parques, praças esportivas.

Foram coletados os dados relacionados ao conceito que os próprios clientes e ex-clientes tem sobre academia de ginástica. Nos dois casos, tem-se a busca pela saúde e pela estética como os dois principais itens citados pelos sujeitos. Pode ser observado que o conceito dos indivíduos com relação à academia e seus objetivos estão interligados, ao ponto das duas questões terem as respostas principais relacionadas a estética.

No Complexo Golfinho Azul registrou-se a falta de tempo (24%) e a perda da motivação (14%) como os dois itens mais citados. Já na academia Mega observou-se a falta de tempo(18%) e os objetivos não conquistados (10%) em destaque. No total pode-se observar que a causa mais comum para a desistência foram a falta de tempo (42%) e a perda da motivação (20%).

Estudos como o de Albuquerque e Alves (2007), Enesio e Cunha (2007), Santos e Knijnlk (2007) confirmaram que os motivos pelos quais os clientes evadiram da academia foram a falta de tempo e a perda de motivação. SABA (2001) indica a falta de tempo como o fator critico entre a manutenção e a desistência. 5. CONCLUSÃO

O presente estudo identificou que os principais motivos para aderência foram a estética e a saúde e para desistência foram a falta de tempo e a falta de motivação.

É de extrema importância que se tenha o conhecimento sobre este tema pois quando identificado pode contribuir de forma positiva na prática dos profissionais atuantes neste campo de trabalho. Na busca pela promoção do estilo de vida saudável, o profissional de educação física deve estimular e/ou incentivar a prática de exercício físico, e para tal é imperioso conhecer profundamente os alunos.

Outro fator pertinente quando a gestão da academia passa, a saber os motivos pelos quais os clientes desistem da pratica do exercício físico, e sendo possível criar estratégias de forma eficiente para mudar o quadro de rotatividade de clientes dentro das academias de ginástica.



REFERÊNCIAS

CONTURSI, E. B. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: Sprint, 1996.

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TOSCANO.J.J Academias de ginástica:um serviço de saúde latente. Revista Brasileira Ciência e movimento, Taguatinga, n.1, p40, 2001.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Tonino Ialacci Junior

por Tonino Ialacci Junior

NOME: Tonino Ialacci Júnior IDADE: 33 anos FORMAÇÃO: Bacharel em Educação Física INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Salgado de Oliveira - Goiânia-GO PROFISSÃO: Empresário do ramo de academia de ginástica e Personal Trainer

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