Colaborações da prática de atividade na qualidade de vida aos Idosos

Saúde do Idoso
Saúde do Idoso

Educação Física e Esporte

06/05/2015

Atualmente as mudanças no estilo de vida dos idosos têm contribuído na longevidade, resultados de alterações comportamentais ocorridas nas ultimas décadas. Preocupados cada vez mais com a saúde, buscando uma qualidade de vida com prática regular de exercícios físicos, momentos de lazer e alimentação saudável, objetivando um envelhecimento saudável e ativo e promoção da aptidão física voltada para a saúde, com manutenção das capacidades funcionais e instrumentais do cotidiano.


No entanto, esta longevidade não impede que os idosos possam conduzir sua própria vida de forma autônoma e decidir sobre seus próprios interesses e objetivos.


Evidências científicas têm demonstrado o caráter protetor da atividade física em vários aspectos relacionados à saúde dos idosos, verificando-se uma relação benéfica das condições de saúde quando comparado aos sedentários, melhoras significativas na postura, no sistema cardiovascular, nas articulações e redução das doenças, consequente do processo biológico natural de envelhecimento, do sedentarismo e maus hábitos alimentares (VIDMAR et al, 2011).


O grande desafio para a saúde pública nas próximas décadas está no diagnóstico e prevenção dos possíveis riscos associados à incapacidade funcional, em busca de uma longevidade com maior independência, autonomia e qualidade de vida para os idosos, (DEL DUCA et al., 2009).


Para a Organização Mundial da Saúde (WHO), as pessoas ativas são as praticantes de exercício físico pelo menos de três a cinco dias da semana, com duração mínima de 30 a 20 minutos diária de intensidade moderada ou vigorosa, totalizando 150 minutos de atividades semanais.


Os exercícios físicos promovem melhoras na capacidade funcional e na aptidão física, reduzindo a incidência das doenças cardiovasculares, doenças do aparelho respiratório e Neoplasias, os benefícios se estendem desde redução dos riscos de doenças, que são agravantes da saúde muitas vezes resultantes de longos anos de sedentarismo e maus hábitos alimentares à melhoria e manutenção da capacidade funcional afetado diretamente pelo registro dos altos índices de obesidade e excesso de peso que se tornou hoje uma preocupação mundial (VIDMAR et al, 2011).


Recomendam-se programas de atividades físicas voltadas para idosos que incluam modalidades variadas, de forma a desenvolver por meio de estímulos diversificados a melhora e/ou manutenção dos componentes da capacidade funcional em idosos (UENO, 2012).


Porém, para garantir que esta parcela da população tenha um envelhecimento com qualidade de vida, faz-se necessário que os órgãos de saúde pública atuem não visando exclusivamente às medidas clínicas, mas promovam ações preventivas visando amenizar os agravos derivadas do avanço da idade, com o propósito de delongar a incapacidade de locomoção e promover o aumento das capacidades motoras condicionais e coordenativas destes idosos, proporcionando tanto o bem estar físico quanto o mental, diminuindo com isso as internações hospitalares por tempo prolongado que requer alto custo socioeconômico ao erário público, que envolvem em muitos casos de agravos a saúde, uma tecnologia complexa para um cuidado adequado (VIRTUOSO et al., 2012).


O processo de envelhecimento começa desde a concepção, então a velhice, é um processo dinâmico e progressivo em que há modificações tanto morfológicas como funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam a progressiva perda da capacidade de adaptação ao meio ambiente, ocasionado uma maior incidência de processos patológicos (MEIRELES, 199: 28).


Entretanto, os programas devem atuar na conscientização dessa população com ênfase ao desenvolvimento ou manutenção da aptidão física relacionada à saúde completa do indivíduo e que abranja os campos biológico, psicológico e social, promovendo a independência destes idosos nas tarefas do cotidiano e a melhores padrões de saúde (PARADELA, 2011, VIDMAR et al, 2011).


Para isso, é preciso que os órgãos públicos de saúde tenham a consciência que tratar os idosos com atenção é dever de todos e obrigação do Estado.

Referências:

DEL DUCA, G. F.; SILVA, M. C.; HALLAL, P. C. Incapacidade funcional para atividades básicas e instrumentais da vida diária em idosos. Rev. Saúde Pública, Pelotas, Ed. 43(5), p.796-805, 2009.


MEIRELES, M. E. A. Atividade Física na 3ª Idade: uma abordagem sistêmica. 2ª ed.Rio de Janeiro: Sprint, 1999.


PARADELA, E. M. P. Depressão em Idosos. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ, Rio de Janeiro, ano 10, vol. 10, n.2, Janeiro a Março de 2011.


UENO, D. T. et al. Efeitos de três modalidades de atividade física na capacidade funcional de idosos. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.26, n.2, p. 273-281, Abr./Jun. 2012.


VIDMAR, M. F. et al. Atividade Física e Qualidade de vida em idosos. Revista Saúde e Pesquisa, v. 4, n. 3, p. 417-24, setembro/dezembro, 2011.


VIRTUOSO, J. F. et al. Perfil de morbidade referida e padrão de acesso a serviços de saúde por idosos praticantes de atividade física. Ciência e saúde coletiva, Ed. 17, Florianópolis, p.23-31, 2012.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Altair Batista de Oliveira

por Altair Batista de Oliveira

Graduando em Educação Física pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB. Atualmente integra o grupo de pesquisa História, Sociedade e Etnociência em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil/DGP e colaborador Voluntário do Núcleo de Estudos em Saúde da População/NESP-UESB/Jequié.

Portal Educação

UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93