Jogos Olímpicos no Brasil em 2016: como estamos?

O Brasil precisa de maior incentivo governamental para o esporte fluir
O Brasil precisa de maior incentivo governamental para o esporte fluir

Educação Física e Esporte

18/10/2012

Quero trazer um questionamento com relação aos jogos olímpicos de 2016, que ocorrerão no Rio de Janeiro. Em 2012 os jogos serão em Londres (Inglaterra), e em 2008 ocorreram em Pequim (China).

Buscando os dados anteriores aos jogos de Pequim, desde o ano 2000, em Sydney (Austrália), depois 2004 em Atenas (Grécia), quero fazer a seguinte constatação: a China (país-sede dos jogos em 2008) teve uma preparação para sediar os jogos que infelizmente não percebo no Brasil.

Em 2000, a China ficou em terceiro lugar no quadro de medalhas, onde conquistou 59 medalhas no total. Em 2004, passou para a segunda posição, com um total de 63 medalhas e no ano em que sediou os jogos, atingiu seu objetivo: 100 medalhas e a PRIMEIRA colocação no quadro.

Nunca fui à China, não sei da realidade daquele país, mas analisando os dados citados, presumo que os esportes olímpicos tenham recebido um grande incentivo governamental para atingirem o patamar que conseguiram. Acredito que todas as modalidades olímpicas (nos Jogos Olímpicos de 2008 foram 34 modalidades), tenham recebido atenção e incentivo. Técnicos competentes, seleção de talentos nas escolas, treinamento, treinamento, treinamento e, por fim: resultado! TODAS AS MODALIDADES INCENTIVADAS! Espaço na mídia, patrocínio, INVESTIMENTO!

Como relatei em minha coluna intitulada “Futebol: nosso esporte nacional”, tirando o futebol (onde nossa seleção nunca ganhou uma olimpíada), o vôlei, a natação e a ginástica, quais outras modalidades recebem efetivamente incentivos governamentais e apoio da grande mídia?

A Educação Física nas escolas é a base! As chances de bons resultados nos jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 dependem de seleções e decisões desde já! Equipar e capacitar os professores que atuam diretamente nas escolas para identificação de talentos, de alunos que possuem aptidão esportiva e criação de programas de treinamento e aperfeiçoamento de diferentes modalidades (o maior número possível).

Se não houver URGENTEMENTE uma mudança no “espírito olímpico” nacional, com efetiva atitude governamental, acredito que seremos um país-sede sem muitas perspectivas de chegarmos ao topo do quadro de medalhas olímpicas, ou pelo menos melhorarmos significativamente os últimos resultados obtidos...

* Artigo publicado originalmente na obra Opinião Pública - Reflexões de um professor num programa de rádio (nº 2), de autoria de Cassiano Noimann Leal, pág. 10, Editora CinnamonTeal Publishing, Goa: 2012, ISBN 978-93-81542-45-3.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Cassiano Noimann Leal

por Cassiano Noimann Leal

Graduado em Educação Física , especialista em Psicopedagogia, MBA em Gestão Administrativa e Marketing e Master of Education Honoris Causa. Professor das redes públicas de educação do município de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul, além de ser Tutor Acadêmico da ESAB desde 2002. Autor de livros, colunista de Rádios. Currículo completo http://lattes.cnpq.br/8862806506155545

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