Profissão Crítica

O docente não tem o domínio sobre o assunto que se propôs a ensinar
O docente não tem o domínio sobre o assunto que se propôs a ensinar

Cotidiano e Bem-estar

05/06/2014

De todas as profissões que possa existir ou ser gerada no útero de uma sociedade capitalista ou não, duas são as mais críticas: a profissão ser professor e a profissão ser aluno, no decorrer dos tempos ou na batalha travada entre as duas, temos um impasse que nos impossibilita de presentearmos com a responsabilidade, qual delas é a precursora do despreparo de muitos profissionais e a falta de qualificação no mercado de trabalho.

Para o professor, os alunos não estão interessados no aprendizado, ficam muito tempos distraídos e com a atenção nas novas tecnologias, com a preocupação nos meios de comunicações e nos sites de relacionamentos, dificultando a transmissão do conteúdo proposto pedagogicamente e dessa forma gerando indivíduos despreparados.

< http://dialogandocomaalma.blogspot.com.br/2013/02/a-dificil-tarefa-de-ensinar.html - O trabalho do professor não termina ao fim do expediente, pois o mesmo é desafiado a criar estratégias para que os alunos aprendam o conteúdo que é ministrado em aula. A heterogeneidade de uma turma dificulta ainda mais a criação de estratégias de ensino, pois cada aluno aprende de um jeito e em um determinado tempo>.

Para o aluno, a desmotivação se dá por perceberem que alguns professores não estão preparados; observam que o docente não tem o domínio sobre o assunto que se propôs a ensinar, por isso a dificuldade em preparar e apresentar uma boa aula e manter a atenção do educando na sala de aula.

Vejamos, em cursos técnicos e profissionalizantes onde o conteúdo e a experiência do docente, são à base do aprendizado para o futuro profissional, aqui se um especialista em determinada área resolve se aventurar em outra no ambiente acadêmico, ele está desafiando o desconhecido, podendo prejudicar todo o modulo, a não preparação da aula obriga a leituras de slides, deixando claro o desconhecimento do assunto por parte do docente e uma má interpretação de texto, criando argumentos duvidosos.

O êxodo nas escolas “técnicas” ou em qualquer outra instituição, não se dá somente pelo fato do estudante ter escolhido o curso errado ou por outras dificuldades que possa estar enfrentando para prosseguir com os estudos, mas também pelo despreparo de muitos professores, que se ariscam a lecionar um assunto, o qual não tem total conhecimento, e desprovido, não tem argumento para apresentar de maneira esclarecedora o conteúdo programático, fazendo com que muitos alunos desistam no primeiro momento e outros tardios por perceberem, que a instituição não está preparada para repassar o conhecimento necessário tal qual é esperado.

Aos olhos de algumas instituições de ensinos, a graduação está em um nível de informação onde o conteúdo programático é repassado resumidamente em caráter simplesmente informativo, mas se esquece de que nos cursos “técnicos” apesar de se diferenciar dos cursos profissionalizantes, o conteúdo deve se apresentado para o educando como formação e o mais completo possível, respaldado pela experiência do docente responsável.

( https://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/52803/o-browser-e-nos - Muitos cursos técnicos são denominados profissionalizantes por terem um foco ainda maior no mercado destinado àquela profissão. Esses cursos técnicos profissionalizantes reúnem as características principais de cada um dos cursos, formando profissionais aptos a ingressar no mercado de trabalho. Além do conhecimento teórico, característica marcante nos cursos técnicos, o aluno recebe treinamento prático para situações que certamente irá enfrentar no dia a dia da profissão...).

Por fim, tenhamos de mudar nosso ponto de vista para o assunto e sermos mais críticos para como as coisas estão acontecendo, ou logo teremos um mercado cheio de meios profissionais, criados por um ambiente acadêmico de meia ou nenhuma informação “técnica” pedagógica.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Francisco Roberto da Silva

por Francisco Roberto da Silva

Tecnólogo em Redes de Computadores, Especialista forense Aplicado a Informática, Consultor

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