Por uma infância saudável

A infância saudável requer muito mais do que brinquedos de alta tecnologia
A infância saudável requer muito mais do que brinquedos de alta tecnologia

Cotidiano e Bem-estar

23/04/2014

Não há pretensão de criar um manual com passo a passo de como lidar com os próprios filhos e tampouco aprofundar em assuntos comportamentais quando se desconhece a respeito do histórico familiar e também claro por não ser um profissional da área de comportamento infantil o que com certeza traria maior conhecimento e clareza acerca de questões pessoais que pais passam com seus filhos no período da infância.

O que se pretende com este texto é algo pessoal. Mostrar um pouco da essência de ser mãe. Da participação efetiva que ela precisa ter na vida de seus filhos e o que isso remete ao comportamento infantil.

Quando tive minha primeira filha, mãe de primeira viagem, assustei-me com muitas coisas. Mesmo tendo ajuda médica, de outros profissionais, ser mãe não tem manual. Você aprende com seus instintos. Entretanto, você precisa seguir os instintos em conjunto com a razão.

Muitas vezes, esperamos que o pediatra nos diga o que fazer na hora de tirar as mamadas noturnas, as fraldas e estímulos que os pequenos precisam no que tange ao desenvolvimento motor, psicomotor e de linguagem e expressões.

Descobri que, se você esperar alguém te dar um manual de passo a passo sobre isso, será como uma receita de bolo. Jamais será igual ao da amiga, pois cada ser é único. Cada criança traz consigo um perfil psicossocial. Seu desenvolvimento dependerá de reações sobre ações que ele vê e sente. Lar briguento, pais em desavenças, refletem crianças nervosas, choronas, impacientes ou mesmo quietas demais, sonolentas, desinteressadas.

A criança precisa do pai e da mãe, ainda que estes sejam separados. A infância saudável requer muito mais do que brinquedos de alta tecnologia, grandes festas de aniversários com temas de super heróis e princesas. A infância saudável é aquela em que o pai e a mãe estão sempre presentes. É aquela infância da década de 90, onde a maior das brincadeiras era pular corda na rua, era se sujar de terra brincando de escavar. São os pais contando histórias, participando da vida dos filhos como seus melhores amigos.

Já ouvi dizer que uma mãe não é a melhor amiga de sua filha, pois amiga encoberta. Desacreditando disso, proponho a reflexão de que os pais podem e devem ser os melhores amigos de seus filhos. Isso porque pais éticos, comprometidos com a educação, preocupados com a formação moral e pessoal de seus filhos, que proporcionam valores para o desenvolvimento de seu caráter de forma saudável, jamais irão acobertar filhos, em momentos em que eles percebam que os seus estão errados. Por uma infância saudável, sugiro por um lar amigo, não perfeito, mas humano, menos urbano e mais interiorano.

É um verdadeiro pedaço de bolo de chocolate em uma tarde de céu azul, com um copo de toddy ao lado de seus pais e irmãos. É o ensino de valores, respeito para com o próximo, com a natureza e consigo mesmo. É amor incondicional!

A essência de ser mãe está na correção do que se aprende fora de casa e que não condiz com uma formação de caráter saudável, está em ser receptivos às dificuldades e conquistas dos filhos, mas não acobertá-los quando perceber que estão errados. É resgatar os filhos das emboscadas do mundo e orientá-los como uma bússola para que vivam suas vidas de forma digna, prazerosa e saudável.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Ana Cristina Medeiros Silva

por Ana Cristina Medeiros Silva

Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário Newton Paiva. Pós graduanda em Psicologia da Educação. Fundadora e administradora de dois grupos no Facebook na área da Educação. Educação Corporativa e Pedagogia/RH em Foco

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