Boca do bebê

Geralmente, os lábios apresentam na parte mediana, uma saliência volumosa
Geralmente, os lábios apresentam na parte mediana, uma saliência volumosa

Cotidiano e Bem-estar

12/01/2012

Os dentes do bebê ainda não aparecem, mas já estão em formação dentro da gengiva. Os restos de leite que ficam na boca do bebê ajudam os micróbios da cárie a se desenvolver. Por isso, é preciso limpar a boca do bebê .

Geralmente, os lábios apresentam na parte mediana, uma saliência volumosa, com descamação e modificação da coloração mais para pálida.

O recém-nascido pode apresentar:

Podemos observar em alguns bebês assimetria facial. Um lado do queixo apresenta-se deprimido em relação ao outro lado. Esse episódio deve-se geralmente a posição forçada no útero, onde estaria sendo comprimido por um dos braços. Com o tempo, se não houver dano à mandíbula, ficará em condições normais.

A orientação é que o bebê seja amamentado no peito, para que seu queixo cresça adequadamente.

Rosto edemaciado, inchado, coloração violácea ou arroxeada: o bebê pode se apresentar assim logo após seu nascimento, o que desaparece com o tempo, sem quaisquer consequências. Deformações bucais congênitas no recém nascido

As fissuras labiopalatais situam-se entre os defeitos que mais afetam o ser humano tanto esteticamente como funcionalmente e representam as mais comuns das malformações congênitas que envolvem a face e a cavidade bucal. Sua manifestação clínica se expressa pela ruptura do lábio e/ou palato. Os problemas encontrados nestes pacientes são complexos, pois em decorrência das alterações morfológicas e funcionais, os mesmos carregam um estigma marcante que pode alterar seu comportamento psicossocial.

De forma geral o tratamento destes pacientes é instituído logo após o nascimento e a abordagem de uma equipe interdisciplinar. Esta equipe envolve profissionais de diversas áreas como: médicos, enfermeiros, nutricionistas, odontolólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos, assistente social, etc.

As fissuras labiopalatais acometem todos os grupos raciais e étnicos, independente do sexo e classe socioeconômica, embora fatores como raça, sexo e áreas geográficas interfiram nas estatísticas. Segundo um levantamento realizado no Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo em Bauru, as fissuras que acometem o lábio e o palato unilateral do lado esquerdo ocorrem com maior frequência, perfazendo cerca de 20% dos pacientes cadastrados neste hospital.

Quanto ao sexo, de um modo geral, as fissuras ocorrem com maior frequência no sexo masculino, mas quando analisadas as fissuras isoladas de palato, ocorre uma predileção pelo sexo feminino. Entre as etnias, a amarela demonstra maior suscetibilidade e a raça negra apresenta pouca relação com este tipo de malformação. A raça branca permanece em uma faixa intermediária.

A fissura de lábio e/ou palato manifesta-se precocemente, uma vez que a face completa-se até a oitava semana e o palato até a décima segunda semana de vida intrauterina.

A etiologia das fissuras labiopalatais é bastante controversa, sendo que hoje podemos apenas enumerar possíveis agentes etiológicos agrupados em dois grandes grupos: fatores genéticos e fatores ambientais.

A genética, mediante a herança e alterações cromossômicas, responde por 30% dos casos, enquanto os outros 70% restantes são associados a fatores adversos ao meio uterino (agentes teratogênicos) como, por exemplo, infecções viróticas (rubéola, sarampo), deficiência nutricional, radiação ionizante, estresse emocional (liberação de corticosterona), fumo, alcoolismo, idade dos pais, drogas anticonvulsivas (fenobarbital, primidona), drogas medicamentosas (salicilatos, benzodiazepinas, esteróides) e drogas ilícitas.

A associação genética normalmente está relacionada à presença de uma síndrome como: síndrome de Van der Woude, síndrome de Apert, síndrome de Crouzon, etc.

Lábio leporino: é uma fenda congênita uni ou bilateral. Pode ir desde um simples rasgo da mucosa e da pele do lábio até uma grande abertura atingindo as fossas nasais. O lábio fendido é um problema estético que não compromete a alimentação. As aberturas amplas excepcionalmente dificultam a sucção por muito tempo, porém o bebê acaba se adaptando à malformação.

O tratamento é exclusivamente cirúrgico. Quando as condições físicas são favoráveis, pode-se fazê-lo entre um mês e meio e dois meses, caso contrário, espere até os três meses, aguardando que a curva de peso assuma um curso favorável. Aproximadamente um terço das crianças apresenta lábio de lebre ou goela de lobo tem um ou mais parentes com o mesmo defeito. Não está provado que estas irregularidades possam ter como causa qualquer influência materna antes ou durante a gravidez.

Fenda palatina: também conhecida popularmente como “goela-de-lobo”. Consiste em uma abertura que pode variar desde uma simples fenda da “campainha” (úvula bífida) até um amplo rasgo que divide em dois o “céu da boca”, permitindo a comunicação das cavidades bucal e nasal. Geralmente inicia-se a alimentação por meio de sonda nelaton numero 06, sob forma de gota a gota; sem seguida passa-se ao uso de colherinhas, e dentro de uma ou duas semanas fazem-se as primeiras tentativas com a mamadeira. A intervenção cirúrgica não deverá ser feita antes de a criança completar um ano de idade (é mais recomendável por volta dos dezoito meses), por sua dificuldade técnica, devido ao tamanho da cavidade bucal. Se a brecha for muito ampla e o estado geral da criança não for conveniente, pode-se esperar até os dois ou três anos para realizá-la.

Úvula bífida: é o nome médico da “campainha” do céu da boca quando está partida, dividida. Algumas vezes ela está associada a um defeito no céu da boca, a abóboda palatina; os bebês que a têm são suscetíveis a otites e a problemas de fala e audição.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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