Cobrança Bancária

Contabilidade e Finanças

02/06/2015

Escolher um sistema de cobrança mais adequado para sua empresa diminui os custos operacionais e adotar o método de cobrança bancária poderá agilizar a forma de recebimento.


Os bancos oferecem atualmente várias modalidades de cobrança, as quais vão atender as mais diversas necessidades das empresas que optam por utilizar este serviço. As modalidades oferecidas pelos bancos permitem às empresas adequar o serviço às suas necessidades. Assim, algumas empresas podem buscar um serviço mais abrangente e personalizado, enquanto outras buscam soluções mais simples e baratas.


Escolha do tipo de Cobrança


Ao escolher o tipo de cobrança, as empresas devem levar em consideração:


• Necessidade do registro das duplicatas no banco;
• Necessidade de protesto;
• Definição da região geográfica de circulação dos títulos;
• Possibilidade de gerar boletos com sua logomarca;
• Quem emitirá e distribuirá os títulos;
• Qual percentual de clientes poderá pagar os títulos em carteira (diretamente à empresa cedente) e qual percentual poderá pagar no próprio banco cedente;
• O valor médio dos títulos.



Essas opções precisam ser bem avaliadas, pois as escolhas afetarão a qualidade da cobrança e seu custo. As pequenas empresas devem estar cientes sobre que tipo de serviço procuram antes de fazerem a escolha.


Um bom exemplo disso é a emissão de título sem registro escritural, o que significa pagar uma tarifa menor pelo serviço, em torno de R$1,60/2,00 por duplicata.


Optando pela cobrança eletrônica registrada, no entanto, apesar de ter um custo maior por título, a empresa controla melhor o fluxo de caixa e pode antecipar os recebimentos, descontando a duplicata. Esse tipo de cobrança também é interessante para quem precisa controlar o recebimento de títulos, pois a instituição financeira envia um arquivo eletrônico com as baixas diárias e a data de crédito para a sua empresa.


Recomenda-se também, que as empresas certifiquem-se do que está sendo cobrado em cada banco, para saber qual é o serviço mais barato.


Alguns bancos cobram tarifas cheias, incluindo todos os custos de cobrança (registro, impressão, envio de borderô, postagem, etc.); outros cobram por serviço, podendo dar a ilusão de que o preço seja menor.


Depois de saber o que quer e quanto custa o serviço em cada banco, a empresa deve pleitear redução de tarifa. Sempre haverá espaço para negociação. Quanto maior for a reciprocidade com o banco, mais chances haverá de se conseguir um desconto.
Para baratear o custo de impressão e postagem dos boletos de cobrança, alguns bancos criaram a cobrança via e-mail. O banco instala um software no computador da empresa, que envia o boleto eletronicamente para o cliente.


Tipos de Cobrança


Cobrança sem registro com emissão parcial


O banco entrega bloquetos pré-impressos de cobrança à empresa, que acaba de preenchê-los e distribui aos seus devedores. É utilizada sempre que existe um prazo curto entre faturamento e recebimento.


O banco não tem nenhum registro prévio das duplicatas, conhecendo somente os bloquetos no ato do pagamento.


O banco cobrará pela emissão dos bloquetos (custo pequeno) e um valor por título liquidado, além da chamada tarifa interbancária. Esses boletos são impressos em impressoras e são mais indicados para uso via internet.


Vantagens:
• Baixo custo;
• Possibilidade do não pagamento da taxa de liquidação, se o título for recebido em carteira;
• Agilidade na emissão de boletos.


Cobrança direta – borderô – emissão parcial

O banco fornece bloquetos pré-impressos para empresas que os completam e distribuem para seus clientes. Por uma via do bloqueto, os títulos são registrados no banco, permitindo à empresa a gestão completa do “contas a receber”, como verificação de atrasos, etc.


Cobrança simples ou com título/borderô

Usada normalmente para cobrança de títulos em que conste a assinatura do devedor, como nota promissória e duplicatas. O título físico é enviado para o banco, que emite o bloqueto e o entrega ao sacado. Também permite uma gestão completa do “contas a receber”.


Cobrança – carnê

Permite o envio de várias parcelas para o mesmo cliente, de forma ordenada. A impressão é feita pelo banco com o logotipo da empresa impressa no carnê. A empresa fica responsável pela sua distribuição.


Cobrança por e-mail

O produto é disponibilizado por um software específico e permite a empresa cedente que envie, pela internet, suas cobranças diretamente aos clientes. Oferece rapidez no envio, elimina a emissão, o manuseio e postagem de papéis e a possibilidade de extravio.


Cobrança sem registro com emissão integral

A própria empresa emite integralmente os bloquetos de cobrança. O banco fornece o sistema para impressão.


Cobrança escritural – eletrônica

Elimina completamente o trânsito de papéis na empresa. A empresa encaminha as informações dos títulos a receber ao banco através do modem ou internet e o banco emite os bloquetos e os entrega aos sacados. Oferece uma gestão completa do “contas a receber”.


Cobrança partilhada e/ou com rateio de crédito

Possibilita que o crédito da cobrança seja rateado em diversas contas pré-definidas. Ela permite à empresa repassar a seus representantes a comissão resultante da cobrança de cada título.


Débito automático

Modalidade de pagamento desenhada especialmente para empresas e operadores de serviços (água, telefone, assinatura de tv, jornais, revistas, etc.)


Caso sua empresa opte pela cobrança bancária, sugerimos que, em alguns casos, se adote a "cobrança com registro" - sua grande vantagem é a possibilidade de o banco enviar para protesto, após alguns dias do vencimento, as cobranças não liquidadas. Nesse tipo de cobrança, a empresa transfere a responsabilidade de enviar para protesto para o banco.


Depois dessas informações sobre a cobrança bancária, é importante falarmos dos cobradores. Infelizmente, muitas empresas possuem em seu quadro este tipo de funcionário. Acompanhe no próximo tópico algumas dicas que possam ser eficazes no recebimento.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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