Histórico do Mercado de imóveis no Brasil

A transação era realizada pelo proprietário
A transação era realizada pelo proprietário

Contabilidade e Finanças

14/03/2014

Para elegermos uma cronologia do mercado de imóveis no Brasil, precisamos voltar aos tempos da criação do regime de capitanias hereditárias, período de incremento da ocupação de nosso território. As capitanias tinham por objetivo colonizar o litoral brasileiro por intermédio da iniciativa dos donatários e sesmeiros.


Em 1548, época em que a administração no Brasil passou a ser exercida por um Governador Geral, formaram-se as primeiras vilas, ao redor de igrejas erguidas, para a catequização dos indígenas e dos depósitos onde era guardado o pau-brasil extraído.


As tarefas de exploração, povoamento e defesa da terra forçaram Portugal à fundação de localidades mais organizadas. É óbvio que a coroa portuguesa não se esqueceu de cobrar impostos sobre as atividades dos novos colonos. Daí por diante, aconteceram os clássicos ciclos de produção que conhecemos nos estudos do ensino fundamental.


O primeiro deles, ciclo da cana-de-açúcar, fez com que as vilas crescessem, embora neste período, não aparecessem registros referentes à comercialização de imóveis.


Na fase da mineração, como consequência da busca de metais preciosos; novos povoamentos surgiram além da grande imigração, urbanização, maior mobilidade social e desenvolvimento cultural. Neste ciclo da economia, aconteceram muitos deslocamentos do litoral para o interior.


Como Portugal e os mercadores portugueses tinham exclusividade sobre todo tipo de comércio, só em 1649 surgiu a primeira Companhia Geral do Comércio do Brasil.


Apesar da não existência de negócios imobiliários nos primórdios do Brasil, o Conselho Federal de Corretores de Imóveis atribui a Pero Vaz de Caminha o adjetivo de primeiro “corretor” a evidenciar as qualidades da terra, em sua famosa carta de sete folhas.


Propriedade por Tradição


Naqueles tempos de Governadores Gerais, a propriedade era adquirida pela "tradição". Assim, sustentava-se a propriedade pelo fato material da entrega do bem imóvel, pela transferência da posse ao adquirente, não sendo registrada a presença formalizada de um intermediador na comercialização de imóveis.


A transação era realizada pelo proprietário e, esporadicamente, por um comerciante local que, em sua venda, fazia a divulgação de imóveis para a compra, venda ou aluguel, a pedido do proprietário.


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