Risco de crédito: o que significa?

O analista de crédito também é uma espécie de vendedor
O analista de crédito também é uma espécie de vendedor

Contabilidade e Finanças

16/11/2012

O risco de crédito trata-se da possibilidade de não receber o valor principal negociado por causa da inadimplência, que não pode ser evitada, mas prevenida ou controlada pela análise de crédito. A facilidade de comprar a prazo seduz o cliente, que deixa de fazer um investimento à vista, ou compra simplesmente sem a intenção de pagar. Futuramente, poderá sofrer imprevistos, deixando de honrar compromissos financeiros, e a empresa ficará com o prejuízo conforme temos visto frequentemente.

Sabemos que crédito envolve riscos, afinal, confiamos na palavra do cliente e acima de tudo nas provas que ele nos apresenta. Sabemos também que as provas muitas vezes podem ser diferentes da realidade vivida por este cliente, por isso, é preciso desenvolver bem a técnica de ouvir, “ouça primeiro e fale depois”, aprenda a ouvir o que a outra pessoa tem a dizer, e não o que seus ouvidos já receberam do cérebro em forma de conclusões precipitadas. Isso vale para todos os clientes, pessoas físicas ou jurídicas, pois quando vão ao setor de cadastro e crédito, estão preparados para falar de sua realidade ou de sua empresa. Não conhecemos ainda essa realidade ou essa empresa, portanto, precisamos conhecer sua necessidade e saber de suas preferências, para poder atender melhor.

O analista de crédito também é uma espécie de vendedor, tendo ou não contato direto com o cliente. Ele não está interessado, como muitas vezes outros profissionais possam imaginar, em barrar vendas, diminuir comissões ou sabotar salários alheios. O analista é o vendedor dos prazos e condições; seu setor visa lucratividade através do valor do dinheiro em determinado período de tempo. Porém, como não pode prever se todos os clientes terão condições de honrar seus compromissos financeiros, deve cercar-se de cuidados e garantias antes de autorizar a venda a prazo, ou seja, conceder crédito.

Através da audição é possível antever os problemas que o cliente pode enfrentar futuramente, e as dificuldades de receber os valores solicitados caso sejam concedidos. Quem fala demais não consegue ouvir e avaliar, portanto, o ideal é ouvir mais e falar menos. É muito comum também encontrar clientes muito simpáticos e falantes, e o funcionário não deve ser antipático, mas deve acautelar-se para não se desviar do objetivo principal de estarem frente a frente. Em uma negociação qualquer deve haver ganhos para as partes envolvidas, se uma das partes não vai lucrar nada então não há vantagem, significa que algum risco, por menor que seja existe.

Normalmente os riscos são classificados em duas categorias básicas, são eles: Riscos de primeira categoria e riscos de segunda categoria. Os riscos de primeira categoria representam o maior nível de risco de crédito, ou seja, a possibilidade maior de perdas e de não recuperar os valores perdidos em operações de crédito. Por isso, é muito importante pedir garantias para assegurar o recebimento, seja um avalista, entrada em dinheiro (representando um percentual do valor do bem à vista) ou o penhor de algum bem.

Os riscos de segunda categoria equivalem a bens tangíveis como: móveis, veículos, casas, terrenos, apartamentos, máquinas. Isso quer dizer que, em caso de não pagamento é possível recuperar o bem e tentar ganhar algum dinheiro com ele, pelo valor de mercado que ele apresenta no momento de seu resgate. Outra forma de garantia são as altas taxas de juros. Os juros formam uma ciranda, os clientes tomam empréstimos ou financiamentos e pagam parcelas acrescidas de generosas taxas de juros, assim o mercado fica assegurado de que quando alguns falham com o pagamento, outros pagam por essa falha. Um cliente compensa a falta de outro.

Vejamos alguns fatores que interna ou externamente podem influenciar de forma prejudicial à análise de crédito: profissionais desqualificados; política de crédito inadequada e altas taxas de juros.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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