Os fósseis - Evidências da evolução

Biologia

01/05/2016

O processo de transformação pelo qual passam os seres vivos através dos tempos, incluindo a origem de novas espécies, chama-se evolução. Esse processo vem acontecendo desde que a vida surgiu na Terra.

Quando começamos a estudar a evolução dos seres vivos, surge-nos sempre uma dúvida: como é que os cientistas podem afirmar tanta coisa sobre os seres que existiam há milhões de anos, se naquela época nenhum ser humano habitava o planeta?

Na verdade, os pesquisadores agem mais ou menos como detetives. Eles pegam alguma pista e vão seguindo-a. Quando faltam dados para explicar os fatos, levantam hipóteses. Muitas vezes, quando acham que estão perto de descobrir a verdade, surgem outras pistas que modificam tudo o que já pensavam estar certo.

Conhecer nossas origens é importante porque permite compreender nossas conexões com outras formas de vida. Antigamente, por exemplo, os cientistas pensavam que os homens, os animais e as plantas tinham sido sempre iguaizinhos ao que são hoje.

No século XVIII era amplamente aceita a ideia de que o mundo havia sido idealizado com extrema perfeição por Deus (a origem da vida, segundo o livro do Gênesis-1,1-27).

Para os Kaingang (povo indígena do Brasil meridional, atualmente ocupando áreas reduzidas de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com população aproximadamente de 29 mil pessoas), os primeiros homens da sua nação saíram do solo em dois grupos, chefiados por dois irmãos, e por isso têm cor de terra. Cada um trouxe consigo um grupo de gente, o primeiro grupo; todos com corpo delgado, pés pequenos, ligeiros tanto nos movimentos como nas resoluções, cheios de iniciativa, mas de pouca persistência; o segundo grupo, pelo contrário, eram de corpos grossos, pés grandes e vagarosos nos movimentos e resoluções. É possível conhecer sua descendência pelos traços físicos e pelo temperamento.

Para a maioria dos cientistas, a vida na Terra surgiu há cerca de 3 a 4 milhões de anos, de uma série de reações químicas ocorridas sob condições especiais, a partir de matéria não viva, rica em carbono. Mas também não há consenso a esse respeito.

A história dos seres vivos na Terra pode ser reconstruída com base em evidências chamadas de fósseis. Os fósseis são pistas muito importantes, sendo uma prova consistente de que nosso planeta já abrigou espécies diferentes das que existem hoje. Esses registros são uma forte evidência da evolução porque podem nos fornecer indícios de parentesco entre esses e os seres viventes atuais ao observarmos, em muitos casos, uma modificação contínua das espécies.

Um fóssil pode ser representado por partes ou restos do corpo ou ainda por simples vestígios de seres que viveram em épocas remotas. Ossos, dentes, conchas, carapaças, pegadas, trilhas, moldes e outras evidências diretas do passado representam fósseis. A Arqueologia investiga épocas mais recentes, tendo em vista que seu foco é reconstruir a história das sociedades humanas. Já os paleontólogos estão mais preocupados em compreender a biologia (bio = vida, logia = studo) das espécies antigas.

Assim, os fósseis têm grande importância para o estudo dos seres vivos, auxiliando a compreender as transformações neles ocorridas ao longo do tempo e a entender a história da vida na Terra.

A história da evolução humana tem sido comparada a um livro com várias de suas páginas arrancadas. De tempos em tempos, porém, os cientistas conseguem descobrir novos fósseis que servem como pistas para algumas das páginas que estão faltando. Tudo indica que a espécie humana tenha se sujeitado aos mesmos processos naturais que conduziram à formação de outras espécies. Assim, a seleção natural deve ter atuado selecionando os indivíduos mais adaptados. A busca de alimento fez com que o ser humano sobrevivesse e se apossasse de todos os ecossistemas, adaptando-se a cada um, sendo assim a espécie que mais proliferou; em consequência disto, o homem tem conseguido modificar os ambientes de uma forma tão profunda como nenhum outro ser vivo deste planeta, interferindo na capacidade de perpetuação de todas as espécies, inclusive na dele.

Em outras palavras, a seleção sobre a espécie humana deixou de ser natural à medida que o ambiente ocupado pelo homem passou a ser mais e mais controlado por ele mesmo.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Alexandre do Prado Caldas Serafim

por Alexandre do Prado Caldas Serafim

Especialista em Biologia Celular e Molecular. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior. Especialista em Metodologia do Ensino de Biologia e Química pelo Centro Universitário Internacional. Licenciatura em Ciências Biológicas. Licenciatura em Ciências Naturais pela USP. Licenciatura em Pedagogia.

Portal Educação

UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93