Os cupins e suas características

Cupins.
Cupins.

Biologia

15/01/2016

Os cupins possuem várias denominações dependendo da região podendo ser chamados de siriris, aleluias, entre outros, eles pertencem a Ordem Isoptera e a Classe Insecta. São considerados insetos eussociais, eles habitam em colônias com indivíduos especializados em suas funções, estes indivíduos estão organizados nas seguintes castas, primeiramente temos os operários que são a casta mais numerosa na colônia, esta casta de cupins não possui asas, não apresentam as estruturas reprodutoras desenvolvidas e são cegos, sua função é a coleta de alimentos da colônia, atuam também na construção de ninhos e galerias e cuidando dos jovens e ovos.

A casta dos soldados também é de extrema importância nas colônias e eles são facilmente identificados pela presença de mandíbulas fortes e desenvolvidos, porém não é uma característica comum a todas as espécies, não possuem asas, são estéreis e cegos assim como os operários, tem como função principal a defesa da colônia através da poderosa mandíbula e algumas espécies podem apresentar uma glândula situada na cabeça que expeli substâncias irritantes.

A última casta presente em uma colônia recebe o nome de reprodutora, os indivíduos representantes desta casta possuem características diferente das outras duas anteriores, os reprodutores apresentam asas e são denominados   alados ou imagos, e são estes indivíduos que se tornaram reis ou rainhas das futuras colônias, eles possuem olhos, órgão reprodutores bem desenvolvidos, e devidos a estes fatores a sua principal função na colônia e gerar novos indivíduos para a colônia (CARVALHO, 2004).  

Assim como os demais artrópodes, o processo de crescimento dos cupins se da através da ecdise, que ocorre através da perda do seu exoesqueleto quitinoso, que funciona como defesa, mas também limita o crescimento do animal por isto é necessário a troca do exoesqueleto periodicamente, e como efeito da ecdise a membrana onde se alojam os micro-organismos simbiontes dos cupins é perdida causando assim a redução de sua fauna intestinal, porém eles possuem uma estratégia interessante para recuperar estes micro-organismos que recebe o nome de trofalaxia anal, que consiste em uma troca de alimentos provenientes do intestino entre os indivíduos da colônia.

Os cupins vivem em ninhos que são construídos a partir de uma mistura de solo, fezes, saliva e partículas de madeira (CASTRO JUNIOR, 2002), eles podem ser encontrados em diversos ambientes e locais como interior de peças de madeira, em paredes de construções, madeiras estruturais no solo e em montes de terras que são observados geralmente em pastagens. Os ninhos de cupins podem conter de centenas a milhares de indivíduos, e também podem ser encontrados nesses ninhos várias espécies de animais segundo Santos (2008), os cupins geralmente se locomovem dentro das galerias dos ninhos, pois estão protegidos de predadores e dessecação, visto que são muito sensíveis a exposição ao sol.

O ninho dos cupins são formado por camadas que possuem estruturas diferentes entre si, primeiramente temos a camada externa, que é formada por uma camada de terra muito rígida que protege a colônia, esta rigidez desta camada se deve a saliva dos operários que é misturada a terra, depois tem a endoécia ou câmara nupcial que é destinada ao casal real, se trata do local onde são colocados os ovos de darão origem aos novos indivíduos da colônia, a próxima camada é a paraécia ou canais de comunicação que é responsável por levar o cupim ao meio externo e também gera a comunicação com o alimento, a paraécia ou bolsa de comunicação climática é formada pela região do solo que circunda o cupinzeiro, esta região e de extrema importância na manutenção de uma temperatura constante, e também atua no equilíbrio da umidade do ninho, e por fim temos a câmara de celulose que é a maior parte no ninho, é o local onde é depositada a matéria orgânica, e também onde os jovens são criados.

 

Referências bibliográficas:

SANTOS, T. Associação entre Cornitermes spp. (Isoptera: Termitidae) e cupins inquilinos em uma área de floresta de terra firme na Amazônia Central. Disponível em: . Online. Acesso em: 15 jun. 2008.

CARVALHO, G.A. Biologia e manejo integrado de cupins. Lavras: Departamento de Entomologia, Universidade Federal de Lavras, (Notas de aula da disciplina Entomologia aplicada (ENT-108). 2004.

THYSSEN, P. J. et al. The role of insects (Blattodea, Diptera, and Hymenoptera) as possible mechanical vectors of helminths in the domiciliary and peridomiciliary environment. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, n. 4, p. 1096-1102, 2004.

CASTRO JÚNIOR, P.R. Dinâmica da água em campos de Murundus do planalto dos Parecis. Tese (Doutorado em Geografia Física) - Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade de São Paulo, SP. 2002. 193f.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Luiz Roberto de Oliveira

por Luiz Roberto de Oliveira

Possuo graduação em licenciatura em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências e Tecnologia de Campos Gerais - FACICA, Cursando Técnico em Análises Clínicas pelo IF - Sul de Minas campus Muzambinho e também Pós-graduação em Educação especial e Neuropsicopedagogia pela Universidade Cândido Mendes - UCAM.

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