Conceitos da ergonomia

Ergonomia.
Ergonomia.

Biologia

02/09/2015

Segundo Santos e Fialho (1995), o trabalho é uma forma de atividade própria do homem, enquanto ser social.

A atividade humana pode ser de dois tipos:

Lazer: todas as atividades sem remuneração seja qual for o tipo;

Trabalho: se relaciona diretamente com algum tipo de retorno, preferencialmente de ordem monetária e/ou material.

A partir deste momento, começamos a mudar a percepção do Homem para a Ergonomia no chamado modelo antropocêntrico. Neste, o homem aparece como centro, dentro de um sistema homens-tarefas.

A definição, segundo Merino (2005), de Ergonomia pode ser definida como um conjunto de conhecimentos a respeito do desempenho do homem no trabalho, com a finalidade de aplicá-los à concepção das tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos sistemas de produção.

A Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) entende ergonomia como o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas.

Evolução da ergonomia: O período dos “homens das cavernas” é considerado ponto de partida do estudo ergonômico. Assim sendo, o homem pré-histórico, provavelmente, adaptou-se ao meio quando escolheu uma pedra com um formato que se adaptasse da melhor forma à sua mão, permitindo o seu uso com maior facilidade, segurança e eficácia. Neste momento, utensílios são criados e reutilizados com maior frequência, sendo o desenvolvimento deste importante parâmetro para mensurar o desenvolvimento das comunidades.

Outro fato importante diz respeito à invenção da roda, entre 3.500 a.C. e 3.000 a.C., que representou um marco importante no progresso da civilização.

A roda se converteu em um sistema mecânico insubstituível para controlar o fluxo da direção e da força.

A Revolução Industrial é um marco na evolução da ergonomia, a partir do século XVIII. Aqui começam as mudanças nas fábricas, que se caracterizavam por serem sujas, barulhentas, perigosas, etc. Bem diferentes das encontradas na atualidade.

Frederick Winslow Taylor (1856-1915) desenvolveu um método empírico que consiste na chamada administração científica. Esta metodologia descreve uma forma própria de trabalho na qual se torna mais eficiente o desempenho homem-máquina com preocupação, em primeiro lugar, com a produtividade.

Isto, a princípio, causou desconforto entre a classe trabalhadora e industriários, pois os primeiros entendiam que estavam sendo explorados sem ganhar nada em troca, porém, o método de Taylor era aplicado para que, dentro do regime de trabalho (carga horária), o trabalhador aproveitasse bem seu tempo, evitando desvios da atividade, por exemplo, deslocamentos desnecessários, conversas paralelas, etc. Lida (2005) considera que a resistência dos trabalhadores das indústrias ao taylorismo provocou uma mudança significativa nas reais condições de trabalho.

O fordismo (1863-1947) se configura como método de produção em série, que é um aperfeiçoamento do taylorismo. Surgem alguns benefícios como união do rendimento e humanização, acomodações amplas, limpas e devidamente ventiladas.

Para Elton Mayo (1880-1949), as principais preocupações que devíamos ter, eram: Bem-estar dos trabalhadores, manutenção de um salário alto e orientação vocacional.

Para Lida (2005), a ergonomia (como ciência) surgiu logo após a II Guerra Mundial, em consequência do trabalho multidisciplinar realizado por vários profissionais, tais como engenheiros, fisiologistas e psicólogos, durante aquele período da história.

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