Os vírus possuem relações íntimas com as células, podendo causar doenças de gravidade variável de acordo com a intensidade de seus efeitos. Os vírus são estruturas simples, medindo em média não mais que 200 nm, sendo visíveis somente ao microscópio eletrônico.
Os vírus não possuem a capacidade de se multiplicar sem que estejam parasitando alguma célula, da qual utilizará algumas enzimas que atuarão na síntese de macromoléculas que irão constituir novos vírus. É justamente a falta destas enzimas que faz com que um vírus sozinho não possa originar novos vírus sem parasitar uma célula, sendo, portanto, considerados obrigatoriamente parasitas intracelulares. Segundo Junqueira & Carneiro (2005), os vírus são na verdade parasitas moleculares, pois fazem com que todo o aparato molecular das células sintetize as moléculas que irão formar os novos vírus ao invés de trabalharem e benefício da própria célula.
Um vírus é formado basicamente por duas partes: a porção central concentra toda a informação genética, sendo o genoma constituído por RNA (ácido ribonucléico) ou DNA (ácido desoxirribonucléico). O genoma reúne todas as informações necessárias para a síntese de novos vírus. A outra parte, chamada de porção periférica, é constituída de proteínas que protegem o material genético, possibilitando ainda ao vírus reconhecer as células que potencialmente podem ser parasitadas, facilitando ainda o acesso para o interior da célula. Um aspecto importante a ser ressaltado diz respeito ao material genético: um vírus jamais possui os dois tipos de ácido nucléico, ou seja, ou apresenta RNA ou possui DNA em seu interior.
Alguns vírus de maior complexidade apresentam um invólucro lipoprotéico, sendo que a porção lipídica deste invólucro é originada a partir das membranas celulares. Já as glicoproteínas são de natureza viral, codificadas pelo ácido nucléico do vírus.
Os vírus apresentam alto grau de especialização, sendo que aqueles que parasitam células animais não parasitam células vegetais, e vice-versa, distinguindo-se desta forma em vírus vegetais e vírus animais. Entretanto, existem alguns exemplos de vírus vegetais que são capazes de se multiplicar nas células dos insetos que os disseminam de uma planta para a outra. Os bacteriófagos ou fagos são os vírus que ocorrem em bactérias.
O vírus HIV pode ser considerado um dos vírus mais conhecidos e estudados de todos os tempos. Pode ser considerado um vírus estruturalmente mais complexo, uma vez que apresenta uma membrana lipídica juntamente com a camada de glicoproteínas em sua porção periférica. Trata-se de um retrovírus, pois possui o RNA como material genético em seu genoma.
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por Colunista Portal - Educação
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