A arte de conciliar vida pessoal e profissional

Administração e Gestão

23/07/2017

“Até a morte, tudo é vida."
(Cervantes)


Pesquisa realizada em 2011 pela GfK Internacional junto a mais de 30 mil pessoas em 29 países indicou o equilíbrio entre vida pessoal e profissional como a preocupação mais relevante dos executivos. E muitos outros estudos poderiam ser mencionados apontando para o mesmo resultado.

Todavia, minha experiência pessoal ensinou-me que família e carreira constituem apenas dois de sete pilares que nos sustentam. Os demais são representados pela saúde, a cultura, a comunidade, a matéria e o espírito. A este conjunto denominei “Sete vidas”.

O conceito inerente às Sete Vidas consiste em buscar a felicidade a partir do equilíbrio dinâmico entre estes aspectos que governam nossa passagem por este mundo. A questão é que não nos apercebemos disso e cultivamos o hábito de priorizar ora a vida profissional, com objetivos meramente materiais, ora a vida afetiva, entregando nosso destino nas mãos de outrem. No primeiro caso, temos os workaholics; no segundo, os passionais. Em ambos, encontramos o desequilíbrio, acompanhado num futuro, próximo ou distante, da frustração, da desilusão e da melancolia.

Quando cuidamos de nossos negócios (ou do negócio dos outros, com atitude empreendedora) costumamos assumir uma postura extremada, engajando-nos de corpo e alma, labutando 14 horas diárias, negligenciando nossa saúde, familiares, vida social e cultural.

Os dias tornam-se curtos, insuficientes para a realização das atividades propostas. O almoço mostra-se supérfluo. Dorme-se pensando nas duplicatas vencidas e a vencer, nos clientes que deixaram de ser atendidos, nos atrasos na linha de produção. Dificilmente lembramo-nos dos aspectos positivos, do que aconteceu de bom naquele dia. Os problemas são recorrentemente mais pujantes.

Os finais de semana são comemorados no escritório ou em casa, porém regados a “trabalho atrasado”. Sentimo-nos quase reféns de uma espiral interminável, mas sempre com a impressão de que ela está por findar-se. “Em três meses poderei tirar férias”, ou ainda, “Estou concluindo esta etapa de crescimento da empresa em uns seis meses e então poderei trabalhar menos”. Você já disse frases similares a alguém (ou a si mesmo) recentemente?

Enquanto isso, a vida vai passando. Seus filhos crescem e você deixa de participar de suas apresentações na escola ou no clube, da perda de seu primeiro dente. Seus relacionamentos pessoais desgastam-se, namoros perdem o encanto e casamentos são rompidos. A dieta saudável e as atividades físicas ficam relegadas a um segundo ou terceiro plano.

Sempre que escrevo algo o faço na esperança de que o leitor tire proveito de uma única frase que seja. Se isto ocorrer, terei cumprido meu objetivo.

De todos os contatos que tive com profissionais variados, impressionou-me observar como a maioria dá-se conta de aspectos como os mencionados anteriormente apenas após 45, 50 anos ou mais. Nesta fase da vida, realizaram-se profissionalmente, mas uma lacuna em suas vidas pessoais deixou flancos que infelizmente não podem mais ser preenchidos, pois ficaram no passado. Sob este prisma, são ricos materialmente, mas estão pobres.

O ensaísta francês André Gide, disse certa feita: “Todas as coisas já foram ditas, mas como ninguém escuta, é preciso sempre recomeçar”. Por isso, o que apresento a seguir será percebido por muitos como elementar. A virtude maior está menos no conteúdo e mais na forma. Ter a consciência, integrar, conciliar e harmonizar estas sete vidas pode significar o caminho mais curto, a menor distância para você encontrar o sucesso e a felicidade.

 

Vida 1 – Saúde e esporte

Seu corpo em primeiro lugar. Não é uma questão de egoísmo ou de narcisismo, mas de necessidade. Mantendo-se bem você estará apto a buscar o melhor em todas as suas demais vidas. Se não tomar conta de seu corpo, onde vai viver? Você pode optar por passar metade de sua vida arruinando sua saúde desde que esteja disposto a transcorrer a outra metade tentando restabelecê-la. Henri Becque pontuou assertivamente: “A liberdade e a saúde se assemelham: o verdadeiro valor só é dado quando as perdemos”.

Por isso, cuide-se. Alimente-se bem, fazendo ao menos quatro refeições diárias, adequadamente balanceadas. Beba dois litros de água ou sucos por dia e durma o número de horas que seu corpo solicita – seis horas ou menos para alguns, oito horas ou mais para outros. Procure estabelecer uma regularidade em seus horários. Em outras palavras, se for para dormir às duas horas da manhã, porque você apresenta um melhor rendimento durante a madrugada, faça-o sempre. Se o seu metabolismo mostra-se desejoso pelo almoço apenas às três da tarde, está ok. Em suma, não brigue com seu biorritmo. Faça as pazes com ele. E obrigue-se a um check-up anual, visitando do dentista ao cardiologista. Prevenção custa menos e apresenta resultados mais favoráveis.

Além de seguir a receita acima, lembre-se de praticar esportes. Truco e “halterocopismo” (levantamento de copo) estão descartados. Você terá que encontrar uma atividade física capaz de mexer com seus pulmões e seu coração, praticando-a com frequência. Pode ser uma caminhada diária, um futebol com os amigos duas vezes por semana, uma visita ao clube com seus filhos e amigos em num domingo. Realmente não importa. Escolha uma opção que lhe seja agradável – busque prazer no que vai fazer ou não conseguirá dar continuidade, correndo o risco de frustrar-se.

Pare de fumar, ou troque o cigarro por um bom charuto eventual, ou fume menos. Seja criterioso com as bebidas alcoólicas. Escolha suas “baladas” com sabedoria, tirando o máximo proveito de cada investida. Aprenda a observar sua respiração, especialmente nos momentos de exaltação e atente para uma boa postura ao caminhar e ao assentar-se. Pratique a meditação ocidental, reservando alguns instantes ao final do dia para refletir sobre as coisas boas que lhe aconteceram.

E sorria. Cultive o bom humor, o olhar confiante e o riso autêntico, mesmo diante das adversidades. Sua visão, outrora turva, tornar-se-á espantosamente lúcida. Existe um velho ditado entre os pilotos: “O principal é fazer o avião voar”. Para tanto, não basta conhecer de navegação: é necessário ter um bom equipamento.

 

Vida 2 – Família e afetividade

A coisa mais importante da vida é saber o que é importante. E apesar de o trabalho ser muito relevante, as coisas mais fundamentais são a família e os amigos.

Muitos têm grandes famílias – aquelas em estilo italiano. Alguns, famílias reduzidas aos pais e irmãos. Outros, famílias distantes, na geografia ou na memória. Independentemente de onde você se situe, cuide bem de todos eles. Seja a nona, com sobrinhos, primos e toda uma árvore genealógica em volta; sejam os pais idosos, aposentados ou na ativa; sejam irmãos, com os quais tanto se discute e discorda; sejam entes queridos, presentes apenas em filmes super-8, retratos em preto e branco, cartas amareladas pela ação do tempo. Respeite e aprecie suas origens.

Aproveite hoje para dizer o quanto ama seus pais, sem medo de parecer clichê. Infelizmente, pode não existir chance melhor para isso. Telefone, peça perdão e aprenda a perdoar. Descubra o poder de um abraço revestido de ternura e sinceridade. O dinheiro pode trazer conforto, mas não constrói uma boa família.

Dê toda a atenção possível a seus filhos, se ou quando os tiver. A melhor herança que podemos dar-lhes são alguns minutos diários de nosso tempo. Eles precisam de nossa presença mais do que de nossos presentes. Diz um provérbio latino: “Bendito aquele que consegue dar a seus filhos asas e raízes”. Nossa postura profissional pode estimulá-los a criar asas, vislumbrando sonhos e um futuro brilhante. Mas apenas a convivência será capaz de criar as raízes dos valores e da cultura que embasarão adequadamente estas visões.

Compartilhe cada pequena vitória do desenvolvimento deles. Elogie-os constantemente. Policie-se no uso da palavra não – você pode negar algo de forma construtiva, propondo-lhes alternativas. Brinque com eles de cavalinho no meio da sala, atire travesseiros quando estiverem no quarto – e aproveite para ensiná-los a colocar tudo em ordem depois. Cole os desenhos deles nas paredes da garagem, do corredor e de seus quartos como se fossem obras-primas – você ficará admirado com o brilho orgulhoso que irá reluzir daqueles pequeninos olhos. Participe de suas atividades escolares, das festinhas de aniversário dos colegas e beije-os antes de dormir, mesmo que ao chegar eles já estejam no sétimo sono.

Cultive também seus amigos – não estou falando de networking, são coisas bem diferentes. Aprendi com Richard Edler que não se constrói um relacionamento por telefone ou e-mail. Sempre existirá a necessidade de se fazer as coisas “cara a cara”, pois as pessoas acreditam em quem elas veem regularmente. Por isso, mantenha contato com seus amigos. Não deixe que as relações se percam. Como disse Dave King, um bom amigo é como um bom cachorro – com ambos é preciso dar uma volta e exercitar-se regularmente. E, citando Fred Kushner: “Eu deveria ter visitado mais meus amigos e lhes contado como me sentia em vez de só encontrá-los em enterros”.

Um telefonema inesperado para quem não se vê há muito tempo é incrível, mas você não imagina o poder que uma carta tem! Passamos pelos mensageiros, percorremos os telégrafos, conhecemos o telex e o fax, vivemos através do e-mail e das redes sociais e logo estaremos no uso da telepatia. Mas nada supera uma mensagem escrita.

Finalmente, cuide de seu coração. Não do nível de colesterol e triglicérides – isso você já fez na sua primeira vida – mas do nível de ansiedade, de desejo, de paixão. Procure escolher as pessoas certas, mas também não tente escolher muito. Seja seletivo, porém flexível. Faça de seus relacionamentos fontes de alegria e prazer. Nietzsche dizia que as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas com base no diálogo. Assim, se você se imagina conversando agradavelmente, daqui a 25 anos, com a pessoa que está ao seu lado hoje, é porque este é seu companheiro ideal.

Valorize virtudes, seja condescendente com os defeitos. Seus e dos outros. Abdique de amores impossíveis ou não correspondidos – ou aprenda, por opção, a conviver com eles, evitando penitenciar-se. Nunca haverá sentimentos únicos, pois eles estão sempre em mutação.

 

Vida 3 – Carreira e vocação

A construção de uma carreira profissional de sucesso depende em grande medida de ouvir o que sua voz interior tem a lhe dizer. Trata-se daquele sussurro divino que vem desestabilizá-lo quando sua carreira parece tão próspera. Exatamente quando você conquistou poder e bens materiais, mas não consegue entender o porquê de certa frustração latente todos os dias ao voltar para casa. Aquela voz é sua vocatione, o chamado de Deus, dizendo-lhe para mirar não onde está o dinheiro, não onde está o poder, não onde está o status, mas onde está a felicidade – e onde você encontrará todas aquelas outras coisas que lhe cercavam antes, porém as usufruirá com um olhar maroto, um sorriso de canto de boca e uma sensação de alívio bem dentro do peito.

A tão desejada competência é fruto de conhecimento, de habilidades e de atitudes. O conhecimento você adquire a partir do estudo. As habilidades são desenvolvidas através da destreza, do treino, da prática continuada. Mas o que realmente faz a diferença, num mundo onde todos estão comoditizados, são as atitudes.

Os principais atributos de um profissional com atitude empreendedora são: iniciativa, exigência por qualidade, comprometimento, ousadia, persistência, criatividade, curiosidade, independência, autoconfiança, liderança, planejamento, capacidade de persuasão, de estabelecer e cumprir metas, de administrar o tempo e de promover seu marketing pessoal.

Todas as pessoas bem sucedidas são unânimes em afirmar que chegaram onde estão porque aprenderam a gostar do que fazem. Este é um pressuposto básico. Sem prazer e entusiasmo, não há produtividade no trabalho, não há paixão no beijo.

Trabalhe muito, mas principalmente inteligentemente. Seja verdadeiro, mas esteja atento às armadilhas dos escritórios. Desenvolva relacionamentos cordiais e invista em sua rede de contatos. Aprenda a planejar, estabelecer – e escrever – metas factíveis e desafiadoras e procure enxergar-se dali a um, cinco, dez e 25 anos. Administre seu tempo para dar o melhor de si sem comprometer suas demais vidas. Parafraseando Augusto, “Apressa-te devagar”. Se o deadline chegou, mude-o, pois a maioria dos prazos são artificiais e flexíveis. Os viciados em trabalho estão sempre seguros de que têm apenas esta vida – além de um copo d’água e quatro horas de repouso, é claro.

Evite levar os negócios para casa. Aprenda a separar sua vida profissional de todas as suas outras vidas. Mantenha-se num equilíbrio saudável. Acenda e apague as luzes. Pessoas e lâmpadas têm uma durabilidade maior com esta prática. Trabalhe com paixão e com entusiasmo, com amor e com empolgação. Porém, lembre-se: o trabalho irá esperar enquanto você mostra às crianças o arco-íris, mas o arco-íris não espera enquanto você está trabalhando.

 

Vida 4 – Cultura e lazer

Sua quarta vida é um complemento natural da anterior. Sua carreira não é construída apenas pelo seu dia a dia no trabalho. É, na verdade, fora dele que você se projeta. Para auxiliar o processo de descoberta de sua vocação você deverá investir em conhecimento e autoconhecimento. Ler jornais, revistas, livros, gibis e bulas de remédio. Ouvir rádio e ver televisão. Saber dos planos de guerra dos EUA e do último eliminado no reality show tornarão você mais sociável e interessante para outras pessoas, pois lhe permitirá conversar sobre tudo e com todos.

Assista a filmes no vídeo e no cinema, vá ao teatro, shows, bares, museus, exposições. Aprenda uma nova palavra em outro idioma todos os dias e faça cursos diversos, desde especializações em sua área, até culinária, massagem e pintura. Desenvolva novas habilidades. Utilize mais a mão direita se você for canhoto e coloque suas calças a partir da perna esquerda pela manhã. Mexa com seus sentidos.

E tire férias com regularidade, sem confundir um final de semana emendado com férias de verdade de, no mínimo, dez dias. Nestas ocasiões, esqueça o notebook e o celular e leve junto sua família. Mais importante ainda, leve junto você!

 

Vida 5 – Sociedade e comunidade

O homem é um ser social e deve aprender não apenas a viver, mas também a conviver. Por isso, busque a integração em seu meio. Participe de happy hours com seus colegas de trabalho, das reuniões de condomínio, do bingo beneficente da escola. Convide um casal de amigos para jantar, leve-os para ir juntos ao clube ou para jogar carteado.

Integre-se na vida comunitária, exercendo sua solidariedade na medida de suas possibilidades. Você poderá começar doando sangue, evidentemente se preencher os pré-requisitos necessários, visitar creches ou asilos ou apenas participar de uma campanha para arrecadação de agasalhos ou alimentos. O menor ato será sempre grandioso. Responsabilidade social é uma ação consciente e voluntária, mas comprometida com os impactos decorrentes. Não se deixe enganar: solidariedade pratica-se no dia a dia, com uma palavra de carinho e conforto a quem está entregue à melancolia e é colocado diante de você pelo Homem lá de cima...

 

Vida 6 – Bens e possessões

A vida material existe sim, é claro. Muitos que escrevem sobre comportamento parecem desejar negligenciar este aspecto e acabam por reduzir a credibilidade de suas argumentações.

A maioria de nós, mortais, associa a felicidade ao bem-estar, este ao conforto, este à posse de bens materiais. Guardadas as devidas proporções, cada qual tem suas ambições, seus desejos. Não há nada de errado em se desejar morar bem, ter um belo carro, roupas de fino corte, mesa farta. Ao contrário, devemos mais é promover a prática desta ética protestante. A maior inquietude está no fato de tantos privilegiarem a sexta vida em detrimento de todas as demais, buscando a acumulação de riqueza como finalidade em si mesma.

Como bem nos alertou Tom Morris, a grande chave para a satisfação é algo que quase sempre nos escapa. Não é conseguir o que queremos, e sim querer aquilo que conseguimos.

 

Vida 7 – Mente e espírito

A última das sete vidas deveria ser, na verdade, a primeira. Mas prefiro tratá-la como a cobertura do bolo de chocolate: coloca-se ao final, mas saboreia-se primeiro. Se você deixar de lado a cobertura, não vai sentir assim tanta satisfação com o bolo, por mais tenra e macia que esteja a massa. Por outro lado, se comer cobertura demais, poderá experimentar terríveis dores abdominais – daí porque o beato acaba sendo persona non grata.

Paulo Coelho foi emblemático ao afirmar que “A fé é uma conquista difícil, que exige combates diários para ser mantida”. Acostumamo-nos a exaltar a presença divina por força de nossas dificuldades, mas raramente o fazemos para enaltecer nossos méritos.

A sétima vida é base para todas as outras. É a vida que contempla o mundo dos valores, do caráter, da ética e da moral. Ainda que você não tenha se encontrado dentro de nenhuma doutrina específica, sua crença particular está dentro de você. Mesmo para o agnóstico, seu cérebro é seu refúgio. As religiões, disse Gandhi, são como caminhos diferentes que convergem para um mesmo ponto. Que importa que tomemos itinerários diferentes, desde que cheguemos à mesma meta? Por isso, explorem este sentimento. Necessitamos da fé para transpor obstáculos, para nos superarmos, para nos compreendermos.

Palavras finais

A verdade está no caminho do meio, disse Sócrates. Por isso o equilíbrio tem o poder de trazer a felicidade. Fumar dois maços de cigarros diariamente com certeza custar-lhe-á um enfisema, mas um bom charuto com os amigos será muito prazeroso. Beber em demasia poderá causar-lhe desde um acidente de trânsito até uma cirrose, mas uma taça de vinho no jantar contribuirá positivamente com sua saúde. Todos os excessos, até mesmo o amor obsessivo, o sexo compulsivo, acabam sendo tratados, em última instância, como assunto de cunho médico...

Os dois únicos fatos verdadeiros na vida são que você nasce um dia e vai morrer em algum outro dia. O que acontece entre essas duas datas depende de seu modo de vida. Por isso, tente apreciar as coisas simples. Aprenda a dizer NÃO. Lembre-se de que pequenas coisas só afetam mentes pequenas e que somente quem pensa grande também erra e acerta grande. Reconheça sempre o que já conseguiu, deixando de mirar no que você não tem: a inveja destrói a felicidade e a gratidão a assegura. Aceite o perfeccionismo não como uma virtude, mas como um excesso, pois mesmo os campos mais verdes têm partes queimadas, ou seja, nada é perfeito. Você não será nada se quiser ser tudo.

Dia destes deparei-me com uma frase, atribuída ao publicitário Jay Chiat, que dizia: “Passei minha vida procurando ordem e produzindo o caos”. A partir de então me coloquei a investigar porque estávamos sempre tão distantes do aclamado equilíbrio. Foi quando percebi que não bastava buscar a ordem em um único campo do conhecimento. Não bastava obter o equilíbrio em apenas um dos papéis desempenhados na minha vida pessoal. Era preciso identificar todos os papéis, ouvi-los e harmonizá-los. Do contrário, a vida seria um eterno recomeço.

Hoje, conhecedor de minhas Sete Vidas, já não sei mais se me exijo à altura do que desejo. Sei apenas que me espero na medida exata do que eu preciso.


* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de nove livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br, www.setevidas.com.br e www.zeroacidente.com.br.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Tom Coelho

por Tom Coelho

Formação em Publicidade pela ESPM e Economia pela USP, especialização em Marketing e em Qualidade de Vida no Trabalho, mestrado em Gestão Integrada. Diretor da Lyrix Desenv. Humano e da Editora Flor de Liz, diretor do NJE/CIESP e CJE/FIESP, membro do Consocial/FIESP. Palestrante em temas sobre gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de 8 livros.

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