Ecologizar, esverdear ou tornar sustentável

Administração e Gestão

06/06/2016

Ecologizar, esverdear ou tornar sustentável?

Afirma-se que os termos ecológico, verde e sustentável são adjetivos. A cor verde esta relacionada à preocupação com as árvores, vegetais e parques. Desta associação surgiram os termos economia verde, emprego verde, tecnologia verde, combustível verde, ecologia política, dentre outros.

Atualmente o adjetivo sustentável se aplica a tudo, desenvolvimento, economia, crescimento, planeta, agricultura, arquitetura e construções, turismo, Propaganda Sustentável, design, embalagem, modalidade, sociedade, cidade, empreendimentos sustentáveis, ideia, visão e projetos. (RIBEIRO, 2012).

Esverdear, tornar sustentável e ecolizar são verbos que expressão o modo de ação amigável e a mudança no tipo de relacionamento do ser humano com o ambiente. (RIBEIRO, 2012).

Quando falamos em esverdear a economia estamos nos referindo a um tratamento superficial da questão.

Tornar sustentável transmite uma conotação de permanência, de continuidade de perdurar no tempo, como se fosse possível dar sobre vida a algo que se encontra em estado terminal afastando rupturas e mutações radicais (RIBEIRO, 2013).

Muitas atividades buscam melhorar a ecoeficiência, torna-se sustentável colaborando para evitar um colapso ambiental. Esse esforço é aplicado na produção de bens e serviços, na indústria, na agricultura e no comercio. Podemos afirmar que a responsabilidade social e ambiental empresarial encontra-se nesta direção.

Ecolizar significa aplicar os conhecimentos da ciência ecológica e da consciência ecológica as ações humanas. Sendo preciso adotar formas de pensar, de se comunicar e de agir menos agressivo ao meio ambiente.

Tudo pode e precisa ser ecologizado, inclusive as demandas, o capital, a economia, os impostos, o consumo; o governo, a administração pública, as empresas, os bancos, os escritórios, as fábricas; a indústria, a agricultura; os serviços;o direito. A ecologizaçao por meio de uma multiplicidade de pequenas e grandes ações em todos e em cada um dos setores, da economia, da administração pública, das profissões e ramos de atividade. Ela é feita por meio da ação individual ou coletiva, realizada em varias escalas, do local ao global. Em todos os campos, sociedade, organizações e indivíduos já vem se ecologiando por meio de adoção de princípios e valores ecológicos, por métodos de ação coletiva e participativo, de estratégias e planejamento de longo prazo e também pela invenção e uso de instrumentos adequados. O modo ecológico de consciência dissemina e traz consigo formas de agir ecológicas (RIBEIRO, 2013, p.277).

Assim, pode-se ecologiar através de aplicação de princípios e motivação clara por meio da ação individual ou coletiva, de ações participativas, estratégia de planejamento de longo prazo e também pela invenção e uso de instrumentos adequados de forma combinada.

 

O QUE É SUSTENTABILIDADE?

Desde a Revolução Industrial com os modelos de produção, consumo e desenvolvimento vem desencadeando uma serie de desigualdades, principalmente em relação à distribuição de renda e aos direitos e garantias fundamentais para que o ser humano tenha uma sobrevivência digna.

“Criamos uma economia que não pode sustentar o progresso econômico, uma economia que não pode nos conduzir ao destino desejado” (BROWN, 2003, p.6).

O novo paradigma da sustentabilidade dispõe de um conceito que está relacionado à interação e cooperação entre governos, organizações e sociedade civil em busca da construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

Uma sociedade é considerada sustentável, “ao atender, simultaneamente, aos critérios de relevância social, prudência ecológica e viabilidade econômica, os três pilares do desenvolvimento sustentável” (SACHS, 2002, p.35).

 

REFERÊNCIA

 

_________ CANDLER, George; GEORGETTE, Dumont. Responsabilidade Cívica na Sustentabilidade da Sociedade e o Papel dos Governos. In: PHILIPPI, Arlindo Jr. (Coord.). Coleção Ambiental: Gestão de Natureza Pública e Sustentabilidade. São Paulo: Manoele: 2012. p. 91-116. 28.

CHADHA, Dhaval. Marcas Sustentáveis em Empresas Sustentáveis. Disponível em: <http://marcassustentaveis.com.br/category/empresas-sustentaveis/>. Acesso: 23 Dez. 2013.

ROXO, C. A. Influência dos Sistemas Internacionais de Certificação Florestal: propostas de estratégias. Rio de Janeiro: Aracruz Celulose, 1999. 30

_________RIBEIRO, Mauricio Andrés. Articulação e integração institucional para ecologizar governos. In: PHILIPPI, Arlindo Jr. (Coord.). Coleção Ambiental: Gestão de Natureza Pública e Sustentabilidade. São Paulo: Manoele: 2012. p. 269-314.

SERVA, Maurício. Gestão de natureza Pública e Sustentabilidade. Barueri, SP: Manole, 2012.

LEE, K.N. Urban Sustainability and the Limits of Classical Environmentalismo.Environment&urbanizatiom. [s.l.:s.n.]: 2006. v.8. 29.

MAGALHÃES, Isa. Sustentabilidade nos Negócios: valores, comportamentos e relações humanas no trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009.

MALVEZZI, Mariana. Sustentabilidade e Emancipação: a gestão de pessoas na atualidade. SENAC: São Paulo, 2013.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Kelee Cristina Pinesso

por Kelee Cristina Pinesso

Bacharel em Direito, pela UNIDERP, pós graduada em Direito Publico pela UNIDERP e pós graduada em Gestão empresarial pela UCDB.

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