Percepção, Empatia e Feedback

Administração e Gestão

03/06/2015

Como o líder percebe os seus liderados e lida com eles para alcançar resultados?


Nós, seres humanos, criamos símbolos e signos para descrever o mundo. Sendo assim, quando transmitimos a nossa visão do mundo, descrevemos conforme a nossa percepção individual. Dessa maneira, estamos “criando” o mundo sob o nosso ponto de vista.


Percebemos o mundo através dos nossos sentidos, tato, visão, paladar, olfato e audição. Atentamos também para aquela sensibilidade existente, que nem sempre explicamos, que é a intuição, adquirida pelas histórias e experiências de vida formadas em nossa mente.


Nós nos relacionamos com o mundo de acordo com a forma com que o percebemos. Essa forma de perceber e de ver depende de como fomos criados e educados.


É preciso perceber que cada pessoa que convive conosco é um ser único, que merece todo o nosso respeito e cuidado. E é preciso conhecer as características de cada um para podermos melhor nos relacionar com ele e criar um canal de confiança.


Sabemos que cada um percebe o mundo à sua maneira. As habilidades, e principalmente, a experiência de vida nos dão instrumentos para perceber e avaliar as pessoas de forma particular.


Como isso influi na sua vida pessoal e profissional? O que podemos fazer para utilizar a percepção a favor da liderança?


PERCEPÇÕES SELETIVAS E RELAÇÃO INTERPESSOAL:


O processo perceptivo é individual. Para haver uma relação inter-pessoal sadia, convém que cada pessoa mantenha uma atitude positiva em relação às outras, até mudando de atitude, se for o caso. O líder deve manter perante o liderado uma atitude tão positiva ou receptiva quanto possível.


EMPATIA


Já que possuímos formas de perceber e sentir diferenciadas, é necessário ao líder desenvolver algumas habilidades para que ele possa se relacionar com as pessoas de sua equipe. Uma habilidade básica para se ter relações efetivas é procurar visualizar as situações sob o ponto de vista de outrem, tentar perceber como ele percebe. A essa habilidade, dá-se o nome de EMPATIA.


A prática da empatia favorece as relações, possibilitando a motivação das pessoas, direcionando e dimensionando comportamentos; contribuindo para a confiança recíproca, acelerando o crescimento pessoal, fortalecendo a comunicação, e,principalmente, respeitando a individualidade em prol do bem-estar de todos.


Feedback é um termo da eletrônica significando retro-alimentação, retorno de informações, utilizado com frequência na Administração de Pessoas e Empresas.


No processo de desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um processo de ajuda para mudança de comportamento, é comunicação a uma pessoa, ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informação sobre sua atuação profissional, e como a mesma está afetando as outras pessoas.


O feedback eficaz ajuda o líder a melhorar seu desempenho e, assim, alcançar seus objetivos.


Para tornar-se realmente um processo útil, o feedback precisa ser, tanto quanto possível:


Ser descritivo em vez de Avaliativo: Quando não há julgamento, apenas o relato de um evento, reduz-se a necessidade de reagir defensivamente e, assim, o indivíduo pode ouvir e sentir-se à vontade para utilizar aquele dado como achar conveniente.


Ser específico em vez de generalizado
: Quando se diz a alguém que ele é “dominador”, isso tem menos significado do que indicar seu comportamento numa determinada ocasião: “nesta reunião você fez o que costuma fazer outras vezes, você não ouviu a opinião dos demais e fomos forçados a aceitar sua decisão, para não receber suas críticas exaltadas”.


Deve ser dirigido para o comportamento que o Receptor possa modificar: Se o receptor reconhecer falhas naquilo que não está sob seu controle mudar,
sua frustração será apenas incrementada.


É oportuno: Em geral, o feedback é mais útil, quando dado o mais próximo possível do comportamento em questão, dependendo, naturalmente, da prontidão da pessoa para ouvi-lo, do apoio dos outros, do clima emocional, etc.


Deve ser esclarecido para assegurar Comunicação Precisa


Um modo de proceder é fazer com que o receptor repita o feedback recebido, para ver se corresponde ao que o comunicador quis dizer.


Os insucessos frequentes na comunicação inter-pessoal têm indicado, entretanto, que esses requisitos, embora preenchidos e aceitos intelectualmente, não são fáceis de serem seguidos, tanto no processo de dar feedback, quanto no de receber feedback.


POR QUE É DIFÍCIL RECEBER FEEDBACK?


A questão de confiança na outra pessoa é crítica, especialmente em situações de trabalho ou outras que podem afetar nosso status ou imagem. Podemos também recear o que a outra pessoa pensa a nosso respeito. Podemos sentir que nossa independência esteja sendo violada ou que o apoio que esperávamos nos esteja sendo negado.


Quando percebemos que estamos contribuindo para manter o problema e que precisaremos mudar para resolvê-lo, podemos reagir defensivamente: paramos de ouvir (desligamos), negamos a validade do feedback, agredimos o comunicador, apontando-lhe também seus erros, etc. Às vezes, a resolução de um problema pode significar descobrir e reconhecer algumas facetas de nossa personalidade que temos evitado ou desejado evitar até de pensar.


POR QUE É DIFÍCIL DAR FEEDBACK?



Gostamos de dar conselhos e, com isso, sentimo-nos competentes e importantes. Daí o perigo de pensar no feedback como forma de demonstrar nossa inteligência e habilidade, em vez de pensar na sua utilidade para o receptor e para seus objetivos. Podemos reagir somente a um aspecto do que vemos no comportamento do outro, dependendo de nossa motivação, e com isso tornamo-nos parciais e avaliativos, servindo o processo de feedback como desabafo nosso (alívio de tensões), ou agressão velada ou manifesta.


Podemos temer as reações do outro – sua mágoa, sua agressão, etc., isto é, que o feedback seja mal interpretado, pois, em nossa cultura, feedback ainda é percebido como crítica e tem implicações emocionais (afetivas) e sociais muito fortes em termos de amizade (ou sua negação), status, competência e reconhecimento social. Se o receptor se torna defensivo, podemos tentar argumentar mais para convencê-lo ou pressioná-lo. Assim, reagimos à resistência com mais pressão e com isso aumentamos a resistência (defensividade).


Muitas vezes, a pessoa não está preparada, psicologicamente, para receber feedback, ou não deseja nem sente necessidade dele. É preciso atentar para esses aspectos de nula ou fraca prontidão receptiva, que constituem verdadeiros bloqueios à comunicação inter-pessoal. Se insistirmos no feedback, a pessoa poderá duvidar dos nossos motivos para tal, negar a validade dos dados, racionalizar, procurando justificar-se etc.


COMO SUPERAR AS DIFICULDADES:


• Estabelecer uma relação de confiança recíproca para diminuir barreiras entre líder e liderado;
• Reconhecer que o feedback é um processo de exame conjunto;
• Aprender a ouvir, a receber feedback sem reações emocionais (defensivas) internas.



Todos nós precisamos de feedback, tanto do positivo quanto do negativo. Necessitamos saber o que estamos fazendo inadequadamente, como também o que conseguimos fazer com adequação, de modo a podermos corrigir as ineficiências e manter os acertos.


Quando recebemos feedback de uma pessoa, precisamos confrontá-lo com as reações de outras pessoas, para verificar se devemos mudar nosso comportamento de maneira geral ou somente em relação àquela pessoa.


Como o líder deve fazer para que a Comunicação seja Assertiva?



Fazendo as seguintes perguntas:


Quem? - Com quem você está se comunicando e o que ele sabe?
O quê? - O que você tem a comunicar?
Onde? - Onde a comunicação vai ocorrer?
Por quê? – Por que a comunicação é necessária?
Quando? - Quando vai acontecer?
Como? - Como e por quais meios a mensagem pode ser transmitida da melhor maneira possível?


Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Colunista Portal - Educação

por Colunista Portal - Educação

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