Rir é o melhor remédio?

Quando usar o humor para vender produtos ou serviços?
Quando usar o humor para vender produtos ou serviços?

Administração e Gestão

16/04/2015

Nos últimos tempos a publicidade e a propaganda têm recorrido ao marketing de experiência e a comerciais bem bolados que enveredam pelo caminho do sentimentalismo, do amor, da solidariedade, do bom humor.


Usar o humor como alavancador de marcas é uma excelente escolha, pois dificilmente ela não será lembrada. O humor alivia a mensagem de venda, não é chato, deixa a mensagem fluir, por vezes se torna caco para brincadeiras e expressões se consolidam nos grupos de amigos.


Estudos comprovam que propagandas com forte carga emocional tendem a ser memorizadas com grande facilidade. Propagandas dramáticas marcam e nos fazem refletir. Propagandas que remetem à ação nos agitam. No caso do humor, a propaganda engraçada nos faz rir e relaxar, permitindo que a mensagem de compra seja leve.


Na era das redes sociais, as propagandas bem humoradas são facilmente replicadas, se beneficiam disso para conseguir publicidade espontânea e viral, atingindo um público muito maior e o melhor, sem custo.


Mas nem toda propaganda de humor é entendida como engraçada. Antes de se produzir a propaganda, deve-se ter noção do impacto de determinada piada ou situação na percepção das pessoas. Uma piada de mau gosto pode surtir o efeito inverso e tornar-se um grande abacaxi e isso, obviamente, é péssimo para uma marca.


A propaganda tem que ser verdadeira em relação ao produto, isto significa que é preciso descobrir “se” e “qual” tipo de humor cabe na marca, para não correr o risco de virar escárnio e o tiro sair pela culatra.


A propaganda é um investimento e, como qualquer investimento, ela precisa trazer retorno. Esse retorno pode ser financeiro, institucional ou social, mas se ela não gera nada mais do que views, likes ou shares, ela é apenas custo.


Ultimamente, no mundo inteiro, as marcas têm se comportado com humor de forma diferente: negro, pastelão, bordão, satírico, fino, sutil, melancólico, sarcástico, nonsense, irônico, politicamente correto. Humor não é só piada. As marcas hoje buscam experiência e uma causa. Mas não é nada fácil fazer humor hoje em dia. Reflexo de uma época onde os consumidores mudaram e já não aceitam qualquer coisa, são mais críticos e intolerantes, divididos em grupos de afinidade bastante atuantes.


Agências de propaganda e empresas precisam se concentrar em criar propagandas eficazes, que aumentem as vendas, atraiam novos clientes e fortaleçam as marcas. Com humor ou sem ele.


Publicidade custa caro, por isso é preciso definir objetivos claros e acompanhar os resultados. Propaganda engraçada é ótima para compartilhar com os amigos, viralizar, criar bordões, mas leva clientes à loja? Às vezes sim às vezes não…


Pergunto:
você passou a assinar a Folha de SP por conta do ratinho? Comprou twix? Toma mais Pepsi? Tem Seguro Bradesco? Usou a OLX? Quantas vezes você comprou um Head & Shoulders?


Assim caro leitor, rir é um ótimo remédio, mas no mundo dos negócios quem ri por último ri melhor.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Poranga Miranda

por Poranga Miranda

Há mais de 20 anos na área de marketing, com ênfase no setor de serviços e larga experiência no setor de educação. Compartilhar conhecimento é a forma mais lúdica de crescimento profissional. O marketing, para mim, é um instrumento para que as empresas se tornem conhecidas e reconhecidas. Criei o Blog Comunicaê com o intuito de propor reflexões aos estudantes e novos profissionais de marketing.

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